Um Amor Proibido (15/15)
(Imagem retirada da Internet)
O título do livro diz tudo. Escrito na primeira pessoa esta é a história verídica de Florent Gonçalves, um luso-descente, director de uma cadeira , que se apaixona por uma das suas presioneiras. Se nem os 20 anos de diferença lhes impede o amor, as grades muito menos. Um caso que tomou enormes proporções em França e na sua justiça, atraindo todos os média para a história única de um amor impossível.
Ao ler este livro apercebi-me que é impossível não se fazerem juízos de valor, mesmo que este seja um amor enorme como descrito pelo autor. A meu ver apenas foi um amor obcessivo que perdeu os seus limites, magoando tudo e todos sem medida. Florent esqueceu-se de que tinha uma família e inumeras vezes afirmou que não sentia estar a trair a sua companheira ao encontrar-se regularmente com Léa (em pesquisa posterior verifica-se que o seu nome é Emma). Não censuro que se tenha apaixonado, não censuro que vivesse para esse amor. Censuro o facto de esquecer-se quem podia magoar e que se transforma-se numa pessoa totalmente diferente apenas por estar apaixonado. O amor deve-nos acrescentar sentimentos e ensinamentos, não tornar-nos obcessivos e desíquilibrados, o que inevitavelmente aconteceu com Florent.
É um livro de uma escrita simples que traz para o novo milénio um conto de fadas sem um final feliz, pois fez em muitos momentos lembrar-me Anna Karénina (não pela escrita, mas pela sua moral). Florent quis com ele eliminar todas as lacunas dos jornalistas e todas as mentiras que escreverem a seu respeito e de Léa. Demonstrar que era um amor verdadeiro, que o fez viver de outra forma e que o arruinou para o resto da vida. Apesar de tudo gostei de ler uma história verídica, recente e com a qual consegui criar uma opinião sobre tais situações.
No fim do livro apenas penso, amor é para trazer alegria, não a desgraça.
"Quando nos apaixonamos por alguém, preocupamo-nos em sarar as feridas do passado, a fim de olhar o futuro com essa pessoa, de modo que ele seja o melhor possível..."
P.S.: IUPI! Consegui terminar o meu desafio de leitura de 2015!