The Minimalists: Less Is Now
(Imagem retirada daqui)
Já há alguns anos que vi pela primeira vez o documentário de Joshua e Ryan Minimalism: A Documentary about the important things. Este documentário, na altura, estimulou ainda mais a minha vontade de um estilo de vida minimalista. Já tinha entrado neste conceito há algum tempo, mas na altura veio apenas reforçar que a felicidade não está nas coisas que adquiridos, mas naquilo que fazemos com as nossas prioridades e com as nossas experiências. Lembro-me que na altura ainda não se falava muito de minimalismo e ver este documentário foi uma espécie de lufada de ar fresco, para uma nova realidade que tanto ambicionava.
Este novo documentário mostrou-me a nova maturidade destes dois minimalistas. No primeiro documentário eles tinham chegado a um ponto em que realmente tinham nas suas posses as coisa mais básicas, dois pratos, dois talheres, 5 t-shirts (estou a inventar que não me recordo de números, mas sei que eram poucos), neste momento conseguiram equilibrar o minimalismo com uma vida familiar que exige muito mais. As suas casas já não estavam tão despidas, demonstrando o conforto minimalista que tanto ambiciono para a minha casa. Já não tinham só 2 pratos, já estavam preparados para receberem amigos, mas sem nada de extremos. Notei nestes dois colegas uma maturidade acrescida quanto ao conceito do minimalismo, reforçando a ideia de que para ser feliz não precisamos de muito, não precisamos de não ter quase nada, mas de encontrar esse equilíbrio tão difícil que simplesmente dê resposta às nossas necessidades.
Less is now, vem demonstrar às pessoas que a premissa de que com mais somos felizes está errada. Que a felicidade tem de partir de nós próprios e não daquilo que adquirimos e a história de Joshua e Ryan demonstra isso mesmo. Ao longo deste documentários, ambos focam-se mais na sua história pessoal, na sua infância e de como ambos viveram com pouco, mas como conseguiam ser felizes. E é ao irmos buscar esta última premissa que conseguimos compreender que a felicidade está em tantas outras coisas, que não objectos e posses. Este documentário relembra a importância de sermos críticos perante a sociedade e não seguir tudo o que as publicidades e o marketing nos diz, que não necessitamos do último gadget da moda para sorrirmos, que não precisamos do carro mais estiloso para nos sentirmos tranquilos e que andarmos em busca de felicidade de coisa em coisa não nos faz alcançar rigorosamente nada.
Este novo comentário dos minimalistas veio apenas demonstar o que já sei, mas acho que vale a pena ver. Toda a gente o deveria ver, principalmente nos dias que correm poderá ajudar a encontrar algum aconchego.