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justsmile

08
Abr15

Serei antissocial?

(Imagem retirada da Internet)

 

Nunca fui de me considerar uma pessoa antissocial. Sempre tive amigos, sempre consegui interagir com desconhecidos e nunca tive problemas em conhecer pessoas novas. No entanto, com o crescer (para não dizer envelhecer, pois com 24 anos parece demasiado ridículo) tenho tido mais dificuldade em desenvolver essas competências na minha vida pessoal, já que na profissional estou mais que habituada a interagir com o mais variado tipo de pessoas e a socializar com elas. Quando comecei a dar conta desta situação? Quando iniciei no final do ano passado este novo emprego. Entrei na clínica com pezinhos de lã, sabendo bem que apenas estou lá para substituir alguém de forma temporária. No entanto, ao fim de quase meio ano de trabalho continuo sem ter qualquer tipo de relação de amizade, simpatia ou seja lá o que for, apenas tenho relações estritamente profissionais. Compreendendo a situação de estranha temporária ao serviço tenho-me mantido no meu canto.

Inicialmente ia, nas minhas quase três horas de almoço, até ao café à internet e ficava por lá a ler e ia mais cedo trabalhar. Gradualmente, comecei a mudar os meus hábitos. Tomo o café, vou à internet só ver os emails e novidades breves e vou para o carro ler. Inúmeras vezes referi-me a Ele como uma deprimente que se fecha nos livros e que não convivi com ninguém do trabalho e comecei a considerar que já não sabia criar novas relações de amizade.

No início achei que quem me visse a ler no carro diria que eu era uma triste antissocial que não tinha amigos para conviver nas horas de almoço e que por isso ia para o carro. Mas tenho-me vindo a aperceber que afinal, na zona onde trabalho existem muitas pessoas que fazem exactamente a mesma coisa. E sei-o porquê? Porque estacionam de manhã o carro à mesma hora que eu e cruzo-me com elas enquanto me dirijo para o carro na hora de almoço, em que estão tranquilamente a ler, a jogar no tablet, a falar ao telemóvel ou simplesmente a dormir, nomeadamente, uma dessas pessoas trabalha na mesma clínica que eu.

Primeiro pensamento aqui da Just: "Afinal não sou assim tão deprimente, há mais pessoas que não têm com quem estar na hora de almoço."

Segundo pensamento da Just: "Mas será que agora não sabemos ser seres sociais?".

Será que é verdade? As pessoas que observo e que se comportam da mesma forma que eu são mais velhas, entre os 30 e os 40 anos, metem-se no carro, tal como eu e fogem de qualquer tipo de contacto social. Achei que o fazia por ser a novata e a temporária na clínica, pois achei que se não me abriam um espaço para 'entrar' que não valia a pena tentar, mas se calhar não é por isso. Será o receio? Mas que receio poderei eu ter? O de ser rejeitada, o de não encontrar factores em comum para criar algum tipo de amizade ou mesmo o de receber uma enorme desilusão como tem acontecido nos últimos tempos? Será que não nos queremos dar com pessoas do trabalho para conseguirmos respirar ar puro e não estarmos em constante competição? Será para conseguirmos manter ambas as matérias separadas sem as misturarmos? Será que é pelo receio de mostrarmos um bocadinho de nós e se aproveitarem automaticamente disso? Não sei a resposta, talvez até seja um bocadinho de cada coisa, mas a verdade é que me tenho sentido bem assim.

Não sei qual será a parte mais assustadora, sentir-me bem assim ou ver-me tornar num ser antissocial e não conseguir lutar contra esse instinto natural.

Serei só eu que ando assim?

25
Set14

Mas sou só eu que não vejo?

(Imagem retirada da Internet)

 

Nos últimos dias tenho andado pouco pela blogosfera. Tenho andado perdida entre os sobrinhos, lidas da casa e concursos para escolas, mas cada vez que cá venho vejo um post sobre a bendita 'Casa dos Segredos'. Abro o post, porque normalmente é de um blog que sigo, e o texto começa com 'toda a gente diz que não vê, mas depois sabe tudo.' e começo mesmo a achar que quando digo que não vejo me acham hipócrita. Mas vou dizer a verdade, verdadinha 'EU NÃO VEJO A CASA DOS SEGREDOS'. Admito que a primeira vez ainda vi um episódio ou outro, para perceber o programa, mas nunca acompanhei seguido e nunca voltei a ver outra temporada. Não sou apreciadora de reallity shows deste género, nem gosto muito de 'ídolos' ou 'Factor X', mas muito mnos da 'Casa dos Segredos'. Por isso, eu faço parte daquela minoria que realmente não vê o programa, a única coisa que sei deste programa foi o vídeo que o Nilton fez a comentar o mesmo.

Sei que é um tipo de programa que o povo adora, que faz rir com tanta parvoíce, mas eu em vez de rir fico extremamente irritada e sempre achei que a ignorância era 'argumento' do próprio programa. Não sou pessoa de rir deste tipo de situações e acho triste a imagem que este programa passa do nosso país e das novas gerações, como a minha. Acho que demonstra a ignorância que há e o à-vontade e orgulho que se tem em se ser ignorante e em se manter assim. Prefiro não me prolongar, pois ainda poderei vir a ser alvo a abater com estes comentários.

Isto para questionar, mas sou só eu que não vejo a Casa dos Segredos? Até os meus amigos vêm.

25
Jul14

Férias em casa

(Imagem retirada da Internet)
A última semana foi absolutamente maravilhosa. Os meus pais foram passar uns dias ao Algarve com o meu irmão e os meus sobrinhos e eu fiquei com a casa só para mim. Foi uma liberdade absolutamente maravilhosa. Criei os meus próprios horários e não tive de os gerir em função de ninguém, apenas quando estritamente necessário. Estas férias em casa sem pais tiveram inúmeras vantagens, cozinhei aqueles pratos que nunca faço porque há sempre alguém que não gosta. Pus a música alto e bom som sem ter o receio de incomodar ninguém. Tomei banho e percorri até ao quarto sem ter de correr. Fiz a cama às horas que me apeteceram. Subi e desci as escadas a meio da noite sem ter receio de fazer barulho. Vi filmes com o namorado no sofá sem ser necessário ter o som baixo. O namorado até tentou cozinhar para mim. Acordei de manhã sem ninguém me chamar e deixar-me espreguiçar na cama. Consegui manter a casa e a cozinha arrumada como gosto. E até as velas acendi mais vezes sem ninguém se queixar.
Estes dias para mim foram absolutamente maravilhosos, precisava desta paz e deste silêncio apenas para mim.

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