E como vai essa vida de casada?
(Imagem retirada daqui)
E que tal tem andado a vida de casada, Just? Devem vocês andar a questionarem-se (ou não!).
A nossa vida tem andado um caos, seja a minha, como a d'Ele. Desde que casamos que nos conseguimos ver e passar menos tempo de qualidade juntos do que quando éramos solteiros, as vidas profissionais levaram um abanão e as pessoais pareceram complicar-se. Aliás, complicaram-se mesmo. Já para não falar da dificuldade que foi conseguirmos habituarmo-nos às manias de cada um durante os primeiros meses de casados. No entanto, apesar do caos que anda 'lá fora', parece que finalmente conseguimos equilibrar a nossa rotina e que a nossa relação está mais forte que nunca. Ao pensar no ponto em que estamos neste momento, sinto um orgulho enorme n'Ele e em nós.
Ao fim de quase nove meses de casados já temos a capacidade de nos organizarmos sem ser necessário dizer nada. Já não existem discussões de quem faz isto e aquilo e já nem sequer argumentamos sobre a melhor forma de fazermos seja o que for. Enquanto casal, chegamos àquele equilíbrio perfeito que tanto desejava. Tenho ao meu lado um marido fantástico, que continua a deixar a porta do guarda-fatos aberta (eu sei, paranóia minha!), mas que não preciso de dizer seja o que for para arrumar, limpar ou outra coisa qualquer. Sou capaz de chegar a casa e Ele estar a arrumar a louça da máquina ou a arrumar a roupa, já não chego a uma casa de banho caótica e nem sequer tropeço nas sapatilhas d'Ele. Tenho um marido fantástico que faz tanto como eu ou até mais, principalmente quando passo o sábado com aulas ou a trabalhar. Não se trata apenas de ter alguém ao meu lado que faça as tarefas domésticas, mas trata-se de alguém que compreende aquilo que faço e pelo qual trabalho, trata-se de ter ao meu lado alguém que se vê tão responsável pela nossa vida como eu. É esta partilha, este equilíbrio que tantas vezes vejo falhar em outros casais e que não queria (de todo!) para mim. Compreendemos a necessidade de cada um ter o seu momento, as sextas-feiras d'Ele são passadas com os amigos até tarde e isso não me incomoda nem um bocadinho (ao contrário do que muita gente possa pensar), até porque gosto do meu momento ou de simplesmente ter a oportunidade de descansar um bocadinho mais cedo porque os sábados têm sido piores que qualquer dia da semana. Ao fim de quase nove meses conseguimos encontrar o equilíbrio, conseguimos encontrar-nos no meio do caminho e isso para mim é o objectivo de qualquer relação.
Há dias em que deixamos as tarefas de lado e deixamos a preguiça instalar, não que tenham sido muitos dias, mas até na preguiça somos compatíveis (tirando quando Ele tem de sair de manhã da cama). Os sábados à noite têm sido preferencialmente passados no sofá e os domingos que mais ansiamos, e que têm sido muito reduzidos, são passados a ver filmes e séries. Nesses dias, por vezes dou por mim no sofá ao lado d'Ele e sinto-me a pessoa mais sortuda deste mundo, ao meu lado tenho o meu melhor amigo e o melhor companheiro que poderia encontrar, e já viram a sorte que tenho em essa pessoa me amar da mesma forma que a amo? Isso sim, é sorte!