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justsmile

11
Out23

10 meses de Lar

       IMG_20231011_155146.jpg

(Imagem de Just Smile)

        Quem me acompanha há muito tempo sabe que construimos a nossa casa. Quem por cá passa há muito tempo sabe que a saga de construir casa (teve direito a uma própria hashtag #construircasa) remonta ao ano de 2019 e foi uma verdadeira saga construir de raiz a nossa casa. A verdade é que a vida continuou ao longo do caminho desta saga, mudei de emprego mais que uma vez, ingressei no mestrado, engravidei, tive um filho e só depois disso tudo é que a casa ficou terminada. Hoje festejam-se 10 meses desde que nos mudamos para a nossa casa. 

      A mudança ocorreu toda num dia. Com um bebé de 3 meses, e com a família e os amigos (que tanto nos valeram nessa altura), conseguimos num único dia empacotar a nossa vida, desmontar os nossos móveis e mudarmo-nos para a nossa casa. Tudo num dia ficou montado, arrumado é que levou uns quantos meses, mas agora as coisas estão finalmente orientadas (apesar de às vezes ainda me questionar sobre coisas que desapareceram durante as mudanças). A mudança foi boa, era também necessária e como sempre tínhamos idealizado conseguirmos passar o nosso primeiro Natal, enquanto família de três, na nossa casa a coisa tinha mesmo de acontecer. Mas admito, foram tempos difíceis. Subestimei o facto de ter um bebé de 3 meses e o facto das mudanças serem simplesmente para a rua de cima. Subestimei a necessidade de compras que as mudanças me iriam obrigar, desde as coisas mais básicas às mais urgentes, como saboneteiras, toalheiros, espelhos e outros tantos afins que na altura das mudanças nunca me tinham ocorrido. Subestimei o facto de estar de licença de maternidade, considerando que isso me iria dar um avanço e permitir arrumar todas as caixas das mudanças. Fui ingénua, achando que as coisas iriam ser mais fáceis. Mas não foram, na altura o Xavier tinha cólicas, o pequeno estranhou imenso a casa acabando por nos dar dias e noites difíceis, as coisas encaixotadas e por arrumar criaram um stress enorme porque nunca sabia onde estavam coisas de que precisava e a tudo isto começou-se a juntar a aproximação do meu regresso ao trabalho. Assim que regressei, Ele partiu um pé. Ou seja, tudo o que ainda faltava fazer na casa, tudo o que ainda faltava arrumar, juntamente com uma mudança drástica de rotina, criou um verdadeiro caos em mim. Foram efectivamente tempos difíceis e talvez por isso tenha demorado a sentir este espaço como a minha verdadeira casa.

       Hoje sei que fizemos a coisa certa, 10 meses depois sinto que esta casa foi pensada por nós, para nós e para dar resposta às nossas necessidades. Ainda há dias comentava que quanto mais cá vivo, mais certezas tenho de que todas as decisões que tomamos foram as acertadas (vá, quase todas!), cometemos os nossos próprios erros, mas é sem dúvida a nossa casa. Aos poucos vai-se recompondo, o Xavier já tem o seu quarto mobilado, a nossa sala já tem móvel e televisão nova (não tivesse a outra tido um AVC) e o hall de entrada também já está ao nosso gosto. Faltam ainda imensos pormenores, mas agora é no exterior que queremos focar a nossa atenção. Mas hoje sei que a nossa casa é realmente a nossa cara e é sem dúvida o nosso lar. Se teria feito as coisas de outra forma? Não, apenas gostava que o processo tivesse sido menos longo e prolongado no tempo, mas hoje olho e sei que esta é a minha casa e em nada voltaria atrás nessa decisão. É a casa onde quero ver o meu filho crescer e onde quero envelhecer. 10 meses depois tenho um dos meus sonhos de vida realizado.

15
Dez20

E os objetivos de 2020?

        Tinha tantos planos para 2020, queria fazer tanta coisa, queria concretizar outra tanta e... e parece que tudo foi adiado. Quase que parece que este ano ficou entre Janeiro e Março e de repente estamos novamente em Dezembro. Apesar disso os objectivos parecem não terem sido tão desleixados quanto isso, alguns aconteceram e outros se não aconteceram foi por causa do bicho cujo nome não deve ser pronunciado. Um dos objectivos que tinha na minha mente, mas que não escrevi em todo o lado foi encontrar um emprego melhor e esse foi sem dúvida um caso de sucesso na minha vida! Outro objectivo concretizado foi realmente o processo da casa estar finalmente aprovado e ainda ter conseguido fazer o empréstimo, foi sem dúvida um dos maiores sucessos que eu e Ele tivemos este ano (e nenhum deles estava totalmente dependente de nós...). Por isso, apesar de 2020 ter sido uma 'nhaca' algumas coisas boas aconteceram e a concretização de alguns dos meus objectivos é uma dessas coisas boas! 

         Fazer pelo menos 12 receitas novas provavelmente até fiz mais! Este ano experimentei imensa coisa, até porque cozinhar tornou-se num verdadeiro prazer nos dias em que ficamos fechados em casa. Fiz pães de leite, fiz maravilhas de chocolate, fiz caril de legumes, fiz hambúrgueres de feijão preto, fiz bifanas, fiz imeeeensa coisa! E sabem a melhor parte? Tenho feito várias vezes receitas novas, apanhei-lhe o gosto e adoro experimentar fazer coisas diferentes, principalmente agora que temos tentado mudar a nossa alimentação.

        Ler pelo menos 12 livros tenho de admitir que aqui a pandemia foi uma bênção, até hoje não sei se não tivessem sido aqueles meses de isolamento se tinha conseguido ler tantos livros e todos eles enormes! Foram muitas páginas de boas leituras. Terminei na semana passada o meu 13º livro e que é uma Biografia (um verdadeiro passado na minha variação de leituras)! Reading challenge complete!

         Visitar uma capital europeia este ponto nem comento, só não choro porque, porque!

 

        Manter as idas à Ioga e ao ginásio acho que nunca fiz tanto exercício como este ano. A verdade é que o ginásio ficou pelo caminho em Março, mas desde aí que nunca parei totalmente de fazer exercício em casa com uma app pela qual me apaixonei. Não só sou uma das maiores fãs de ioga neste momento, já estive em melhor forma antes de começar este ano lectivo, mas a ioga serviu-me de escape e salvação para as minhas dores de costas. Aliado ao ioga comecei a fazer Hiit da app e tenho tentado manter uma certa rotina, é verdade que mudar de emprego ainda não me permitiu criar uma rotina, mas é um dos meus objectivos para o próximo ano, até porque na Black Friday aproveitei e paguei a anuidade da app por um valor simbólico e preciso de fazer render esse valor.

 

        Dizer mais vezes que não, não me meter em tanta coisa ao mesmo tempo e manter a tranquilidade na minha vida. Mais uma vez, bendita pandemia que me permitiu dizer que não a muita coisa. Aliás, poucas sugestões surgiram e tudo por causa do bicho cujo nome não deve ser pronunciado, mas compreendi que preciso desta calma na minha vida. Dentro de mim, bem lá no fundo, sinto saudades de alguma actividade extra que me permitia alguns convívios sociais, mas o meu corpo e a minha mente está a adorar ter tempo para relaxar. Então agora que aprendi a limpar a casa à sexta-feira, sou fã do fim-de-semana de relax!

          No meio de tanta coisa estranha que aconteceu ao longo deste ano, tenho de estar orgulhosa com tudo o que conquistei, com cada passo que dei e, no fundo, estar grata por tudo o que recebi em 2020. E vocês o que conseguiram alcançar em 2020?

23
Set20

Sonhos de criança podem concretizar-se

(Imagem retirada daqui)

           Quando era pequena sonhava em construir a minha própria casa. Os meus pais tinham-no feito, os meus padrinhos, tios, avós e por aí adiante. Construir, um dia, a minha própria casa parecia fazer parte do percurso natural da vida. Na terrinha quase todos os pais dos meus amigos também tinham construido as suas casas, o que me fazia parecer ainda mais natural ter esse objectivo na vida. Sonhava em construir uma casa tradicional, com o seu telhado vermelho e uma vedação branca em volta, com um bocadinho de jardim e até um bocadinho de horta para ter sempre tomates e alfaces no verão. Crescer na aldeia dava-me esses sonhos de criança, tão naturais como respirar.  

          Lembro-me de ter cerca de 12 anos e desenhar plantas de como gostaria de um dia ter uma casa, de a planear na minha cabeça e de como um dia teria a minha casa bem pertinho de toda a família. No entanto a vida levou-me a crescer, inevitabilidades, e esse sonho começou a parecer-me algo impossível de concretizar. Comecei a deixá-lo para trás, para o fundo da caixa, o meio financeiro em que crescia não me proporcionava a sonhos financeiramente elevados e os apartamentos começaram a parecer a solução mais natural. O tempo passava e parecia-me ser o novo normal, sair da terrinha e ir crescer para uma cidade. A verdade é que a cidade nunca me atraiu, apenas de uma forma temporária e sabia que o meu maior desejo era ficar pela terrinha, no entanto a falta de construção para venda na terrinha me fez acreditar que nunca seria um local para criar a minha família. Até que o conhecia a Ele.

         Ele que não queria sair da terrinha por todas as razões e mais algumas e eu no fundo sabia que era ali que queria estar, mas nunca achei que isso fosse possível. Contudo, até a cigana me tinha dito que um dia ia realizar o meu maior sonho e construir a minha própria casa (claro que na altura ri-me feita perdida e não acreditei em nada até ela ter dito o nome d'Ele). Na altura que começamos a procurar casa, perdemos imediatamente a expectativa de construir, os terrenos na nossa aldeia estavam absurdamente caros, casas nem vê-las e até chegamos a encontrar um apartamento pelo qual me apaixonei e a um preço bastante amigável. Mas, quis o destino, que na véspera de dizermos que sim ao apartamento nos aparecesse a proposta de um terreno a um preço também ele amigável e na terrinha. Eu queria o apartamento, Ele o terreno e ficamos ali horas a matutar sobre a decisão ideal a tomar, até que seguimos o coração e lá compramos o terreno.

          Admito, que até hoje não achava possível, parecia demasiado longínquo, um empreendimento inalcançável, mas a verdade é que começou a acontecer. Na semana passada começamos a ver as coisas acontecerem, mesmo com toda a minha incredulidade, receios e medos (a coisa é tão definitiva) parece que o sonho se começou a concretizar. Se calhar, a cigana sempre tinha razão, afinal acertou que Ele era o amor da minha vida, só falta ver se casa se concretiza a 100%.

 

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