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justsmile

08
Abr21

Do Minimalismo ao Slow Living e à Yoga

(Imagem retirada daqui)

        Nos últimos anos existe uma enorme procura sobre um estilo de vida mais saudável. A correria do dia-a-dia, o stress do trabalho, o trânsito, a pressão social, tudo isso faz chegar a um ponto em que o nosso maior desejo é conseguirmos abstrair-nos de todas as energias negativas que estão lá fora. Todos procuramos um equilíbrio entre os vários campos da nossa vida e todos procuramos o caminho certo para nos sentirmos melhor. Há uns anos enveredei numa pesquisa intensiva sobre o Minimalismo, e encontrei nas experiências dos outros o desejo de alcançar uma tranquilidade sem tanto materialismo e ao longo dos anos tenho vindo a aprender a largar as coisas físicas com maior facilidade, a ser mais contida nas minhas compras e até bem mais ponderada sobre o que compro. A mim o Minimalismo foi sei dúvida um virar da página quando mais precisava, uma conquista para mim mesma e para mudar o meu mindset em relação às coisas, aos meus objectivos e até à minha vida social. Encontrei no Minimalismo uma espécie de paz que recorre ao interior e exterior para o equilíbrio, muito mais do contar as minhas posses o Minimalismo proporcionou-me uma mudança de mentalidade e de forma de ver a vida. 

        Ao longo dos anos o Minimalismo esteve sempre no meu vocabulário (nem sabia que já se tinham passados tantos anos!), mas a verdade é que novos conceitos foram surgindo, como o Slow Living e a minha vontade em ter uma vida menos 'corrida' manifestou-se de forma bastante evidente. Recomecei a minha investigação, voltei a mudar prioridades e até voltei a mudar os objectivos de vida de forma a conseguir sentir na minha vida diária esta espécie de Slow Living. Este é um conceito que nos incentiva a aproveitar todos os momentos do dia, que nos obrigada a diminuir o acelerador e que nos faz desejar por dias mais calmos e mais lentos. Se consigo seguir este estilo de vida, tão adepto dos nórdicos? Não, nem lá perto, mas há momentos da vida em que o tenho conseguido fazer e sabe-me tão bem, sabe tão bem estar longe de estímulos que nos fazem acelerar o passo, que nos fazem correr a todo o momento e parar é essencial, à mente, ao corpo e à nossa visão da vida.

         E com tantas pesquisas ainda fui dar à temática do Zero Desperdício, algo que diariamente estou a tornar-me mais consciente, que tento implementar na minha casa. É uma questão de Minimalismo, é uma questão de Slow Living, mas também uma questão de ajudar o planeta e deixar uma casa melhor do que a que encontramos. Mais do que um estilo de vida é uma obrigação enquanto cidadã e ser vivo deste planeta. Se faço tudo o que deveria fazer? Infelizmente ainda não, mas tenho vindo a mudar os meus hábitos e todos temos de começar por algum lado. 

         E ao ler sobre todas estas temáticas, ao ver todos os blogs e pessoas reais que seguiam alguns destes idealismos ainda descobri a Yoga, onde ainda sou uma pequena semente mas que tem vindo a crescer com curiosidade, interesse e com uma sensação de pleno equilíbrio entre a saúde e a mente. Com mais mil informações sobre uma boa qualidade de vida e com a ambição de um equilíbrio emocional e físico para viver estes tempos loucos que nos rodeiam. Ainda investi mais no Vegetarianismo com todos estes conceitos e estilos de vida, ainda invisto em mudar a minha alimentação e em melhorar a minha pegada neste planeta. E agora que também decidi pesquisar sobre a Medicina Ayurvédica e que me tem dado algum gosto de ler sobre isso?

         E toda esta conversa porquê? Porque me tenho apercebido do crescente número de pessoas, onde me encontro incluída, que procura formas de encontrar o seu equilíbrio. Não importa a área ou o conceito que tentamos desenvolver, o que importa é conseguir encontrar aquilo que se adequa às nossas necessidades, ao nosso modo de vida e até aos nossos objectivos. Não é necessário escolher uma destas temáticas e dedicarmo-nos apenas a ela, a verdade é que tudo isto, todos estes conceitos, todos estes idealismos têm o mesmo objectivo e acabam por estarem todos relacionados, todos proclamam que nos trarão o equilíbrio que tanto desejamos. Mas a verdade, é que o nosso equilíbrio pessoal poderá estar entre todos eles e é assim que me sinto. Sigo as 'regras base' do Minimalismo no meu dia-a-dia, faço de tudo para diminuir o meu lixo, tento o mais que posso aproveitar o conceito do Slow Living e encontrei na Yoga o meu equilíbrio entre o bem estar físico e o emocional. Se sigo todas as regras de cada um deles? Não, nenhum se consegue encaixar nos meus objectivos de forma plena, mas em todos eles conseguir retirar o necessário para me sentir bem e acho que isso é o essencial. Todos desejamos melhorar o nosso estilo de vida, apenas basta focarmo-nos no que realmente importa e encontrar o nosso equilibrio, seja ele qual for.

13
Fev21

Estes fins-de-semana de confinamento

(Imagem retirada daqui)

       Desde Março de 2020 que os fins-de-semana têm sido passados em casa, uns com obrigatoriedade outros com uma obrigatoriedade intrínseca e outros com pequenos passeios (esses já devem ter sido no verão...), mas sempre sem amontoados de gente, sem planos em família e sem ajuntamentos de amigos. Estar em casa nunca foi um sacrifício, mas os fins-de-semana, ao fim de quase um ano, têm sido uma espécie de monotonia de relaxamento em que descanso o corpo e a mente e me permito a coisas que durante os dias laborais é completamente impossível. Os fins-de-semana em casa têm sidos passados com doces caseiros, com comida gostosa e novas receitas, mas com o sabor de aconchego nestes dias frios e chuvosos.

         Nesta rotina de pós-confinamento e novo confinamento, aprendi que é essencial ter o fim-de-semana para os pequenos prazeres, para descansar o corpo e a mente desta nova realidade que vivemos. Aprendi a despachar as tarefas domésticas à sexta-feira e permitir-me a relaxar ao sábado e ao domingo. Tenho passado esses dias a fazer pequenas coisas que gosto, cozinhar com prazer e não só por obrigação, sentar-me no sofá a ver séries românticas sem Ele, porque Ele tem andado a viver para o trabalho, e tenho-me permitido desligar da realidade que está lá fora. Um livro, um filme ou até uma breve sesta de manta no sofá, quando o silêncio em casa se instala. Se estes fins-de-semana têm sido produtivos? Não, rigorosamente em nada, acabo sempre por fazer pequenas tarefas que se vão acumulando no dia-a-dia, organizar faturas, organizar documentos para a casa nova ou até limpar o faqueiro da gaveta que tanto precisava, mas permito-me a não fazer nada.

         Esta nova realidade, se por um lado alterou tanto a nossa rotina, trouxe realmente um bocadinho do conceito de slow living e gosto de o conseguir saborear. Gosto de, quando possível, ir dar a minha caminhada pela minha terrinha, gosto de me sentar à mesa ao sábado à noite com um copo de vinho e uma comida saborosa. Gosto de beber a minha meia de leite ao lanche com uma tosta mista caseira e até de deixar o telemóvel perdido pela casa e esquecer os grupos de Whatsapp e das redes sociais. Gosto desta forma lenta de passar o dia. É verdade que começo a necessitar mais de ar livre, tenho saudades do mar, tenho saudade dos parques e de simplesmente me sentar numa esplanada com uma bebida fresca. Sinto saudades dessas pequenas liberdades que nos eram permitidas, mas sei que hão de chegar. Anseio por elas, também é verdade, mas até lá vou permitir-me a saborear estes fins-de-semana caseiros.

            E como têm sido os vossos fins-de-semanas de confinamento?

 

06
Jul20

Hábitos que ficaram do confinamento

(Imagem retirada daqui)

         Estive em casa quase três meses seguidos, tempo do qual apenas saía para coisas importantíssimas, farmácia, talho ou uma ou outra caminhada pelos montes da terra. Foram três meses em que a qualidade de vida melhorou, pode soar estranho, mas a verdade é que consegui organizar-me bem e o que mais me custou foi voltar para o local de trabalho (estupidamente) e perder a qualidade de vida que tinha adquirido. Voltei a perder horas no caminho para o trabalho, a levantar-me mais cedo do que deveria ser legal e a ter horas marcadas para ir dormir. A pressão dos horários voltou, o trânsito voltou, mas existiram coisas que ficaram desta quarentena, que ainda consegui preservar na volta à rotina desta, estranha, nova forma de 'normalidade', nomeadamente:

        - Compras online, continuo a comprar tudo online, desde que voltei ao trabalho que apenas fui uma vez a um supermercado (e o quão estranho foi) e comprar camisas para Ele, porque Ele não confia nas compras online. Já era um hábito que tinha, mas aumentou de forma evidente. Já decidimos que iríamos renovar o nosso plano de Entrega Zero do Continente por mais um ano, é uma despesa que compensa e que todas as semanas nos traz os produtos que precisamos. Além de que ajuda nas poupanças, pelo simples facto de comprar quase tudo em promoção.

         - Compras locais, apercebi-me durante o confinamento que afinal tenho tudo o que preciso perto de mim. O pão está todos os dias de manhã à porta de casa, a farmácia é na freguesia, a carrinha dos legumes e da fruta para todos os sábados à porta de casa com produtos locais e o talho da freguesia não é muito mais caro que os outros e tem produtos de qualidade. Desde Março que não compro produtos alimentares fora da freguesia, tirando as compras online do Continente. Afinal tudo o que é essencial está bem perto de mim.

        - Exercício em casa através da app Downdog, ainda não tive coragem nem tempo para voltar ao ginásio. Com isto tudo tenho aproveitado o final do dia para dar algumas consultas online do privado, o que não facilita os horários para ir às minhas aulas preferidas do ginásio. Contudo, isso não me tem impedido de fazer exercício (só o joelho o tem feito), é muito mais fácil gerir os meus horários e as tarefas domésticas ao fazer exercício em casa.

         - Take way, ainda não fomos a nenhum restaurante desde que isto tudo do covid-19 começou. Temos ficado em casa e quando nos dá algum tipo de desejo, coisa rara, encomendamos e mandamos vir ou vamos buscar. Já não éramos pessoas de ir comer fora com muita frequência, mas tenho tido um certo prazer em não ter de cozinhar em alguns dias e conseguir matar os meus desejos na mesma.

      - Cozinhar novas receitas, antes do confinamento dizia que a rotina me impedia de experimentar novos pratos, durante o confinamento fui experimentando uma ou outra receita e a verdade é que tenho mantido esse hábito. Tenho também tido uma maior vontade de melhorar, ainda mais, a nossa alimentação e isso tem-me dado motivação para experimentar novas receitas.

        - As caminhadas, agora com menos frequência porque semana sim, semana não andamos com horários bastante desfasados, mas temos tentado fazer algumas caminhadas e preferencialmente pela terrinha, o que tem sido bastante agradável.

        - O tempo da leitura e das séries, é verdade que temos tido menos tempo para isso, mas até considero que durante o confinamento não tivemos tanto quanto isso, mas agora tenho-me conseguido organizar melhor para continuar a ler e ver séries. Os dias mantêm-se corridos e durante a semana é impensável ver séries, mas pelo menos tenho pegado no meu livro.

           Sinto que o confinamento me deu o slow living que tanto desejava, consegui aprender a viver de forma mais tranquila, voltar ao trabalho tirou-me bastante dessa qualidade de vida. Mas existem coisas boas que ficaram, estes pequenos pormenores fazem do meu dia-a-dia um lugar melhor e um bocadinho mais tranquilo (até porque os últimos tempos têm sido difíceis) e vou dar tudo de mim para um dia conseguir introduzir este slow living outra vez na minha vida. E o que hábitos conseguiram vocês manter depois do desconfinamento?

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