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justsmile

06
Ago19

Perdida por Terras Marroquinas

        Este ano as férias foram mais do que merecidas. Inicialmente, o desejo d'Ele era sol e comida, o meu era passear um pouco, por isso tivemos de misturar um bocadinho das duas coisas. Não foi fácil chegar a Marrocos, pensamos em Cabo Verde, Cuba, mas acabamos por ir para um sítio beeeem mais barato e em que o desejo era que a água do mar fosse bem amena. Resultado? Fantástico! Saïdia é uma zona costeira de Marrocos que faz fronteira com a Argélia, é conhecida por ser uma zona de contrabando e de alguma insegurança, apesar de se ver policiamento por todo o lado. Assim que chegamos ao hotel foi nos aconselhado a não sairmos sem guia, com excepção para a Marina de Saïdia, devido à possibilidade de assaltos devido à zona em nos encontrávamos, mas a verdade é que não senti qualquer tipo de receio ou medo, até porque apenas visitamos Fes na companhia de guias especializados.

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       Optamos por ir para Saïdia para estarmos mais próximos do Mar Mediterrânico e não me arrependi nadinha. A água do mar era perfeita, no ponto em que adoro, calma mas com algumas ondas. A temperatura fantástica e apenas apanhamos um dia com algas. O hotel? Admito que quando me informaram que o Hotel Ibertostar era um bocadinho antigo e quando li os comentários do Tripadvisor, acabei por ficar um bocadinho de pé atrás, no entanto o hotel superou as minhas expectativas. A simpatia dos empregados e de todo o pessoal do hotel marcou pela diferença, nunca tinha sido tão bem recebida num hotel, sempre preocupados com os clientes e de uma simpatia como nunca tinha visto, já para não falar da animação. A comida era boa, apesar da confusão que por vezes se instalava na zona de restauração, mas nada tenho a apontar.

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       "E o que fizeste durante sete dias Just?" Nada! Foram umas férias de comer, beber e dormir muito. Coloquei a leitura em dia e aproveitei para relaxar, aproveitar a companhia d'Ele e para nos afastarmos dos problemas do dia-a-dia. Contudo, lá consegui convencer o maridinho a fazer uma viagem de 8h para conseguirmos visitar Fes. Fes é uma das principais cidades de Marrocos onde o Islamismo e o Judaísmo se junta harmoniosamente, onde a Medina é onde se concentra a vida e onde os cheiros e cores confundem os sentidos.

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         Fes é uma cidade completamente diferente daquilo que estamos à espera, apesar das minhas expectativas estarem altas devido a já ter visitado Tunis na Tunísia. Fes é uma cidade cheia de movimento, de cheiros e cores que nos estimulam de uma forma incrível. Se fechar os olhos, quase que consigo voltar a sentir os cheiros da Medina de Fes. A cultura é super diferente, a higiene não é a melhor, mas são todos os pormenores daquela cidade que nos fazem gravar na memória Fes.

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        E em Fes fomos conhecer algumas das coisas mais tradicionais da cultura Marroquina. O guia levou-nos pelas estreitas ruas da Medina, onde facilmente me perderia, para conhecer a forma tradicional de fazer os têxteis lindíssimos da cultura Marroquina. Adorei as cores, os tecidos até ao tecto e o barulho dos teares num espaço tão pequeno, mas tão elevado. Ainda tivemos oportunidade de conhecer uma farmácia de medicinas naturais e de experimentar a comida Marroquina num restaurante tradicional, não daqueles de comer comida com a mão no meio da rua, mas daqueles que quase parecem chiques naquele meio. A comida Marroquina tem uma enorme particularidade, é extremamente doce. Seja qual for o prato, devido ao elevado número de especiarias (algo que seria de esperar) qualquer tipo de comida parece demasiado doce ao meu palato, não é má, mas não é bem o meu gosto.

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       Tivemos ainda oportunidade de ver a coloração das peles, algo também bastante tradicional. O cheiro é terrível, são peles de animais e a verdade é que o odor é demasiado forte, aliás, talvez por isso na entrada nos tivessem logo entregue ramos de hortelã para refrescar o olfacto. Apesar disso as cores e o trabalho é algo que deve ser apreciado. E é isso que faz com que esta cultura seja tão diferente e tão boa de se conhecer, pois a apenas uma hora e meia de Portugal, Marrocos é sem dúvida algo a que não estamos habituados e é um país e uma cultura cheia de surpresas. É verdade que de Saïdia a Fes são 8h exaustivas de viagem, sobre um sol quente, mas o sacrifício compensa. É bom poder sair do hotel e da nossa zona de conforto para conhecermos coisas verdadeiramente novas aos nossos olhos.

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        De regresso a Saïdia e ao hotel temos a uma curta distância a pé a marina da cidade, a única zona aconselhável a percorrermos sozinhos devido à insegurança que se sente nas ruas de Oujda. A marina parece uma pequena amostra de uma cidade fantasma, apercebemo-nos da ambição dos edifícios e das lojas serem direccionadas para turistas, contudo a maioria das lojas, restaurantes e outros afins estão totalmente entregues ao abandono. Os edifícios, devido à localização, estão bastante degradados e poucas são as lojas que se encontram abertas. É estranho caminhar por entre lojas fechadas e marcas de degradação, faz realmente lembrar uma cidade fantasma. 

      Marrocos foi uma óptima surpresa. Adorei o mar e a praia, acho que a expectativa ia um bocadinho baixa e por isso teve a capacidade de ser superada. Conhecer uma cultura completamente diferente da nossa vale sempre a pena, são momentos de memórias e de aprendizagens. Esta foi sem dúvida uma viagem deliciosa. Vale a pena conhecer Marrocos, espero vir um dia a lá voltar.

P.S.: Imagens de Just Smile.

18
Set16

Dia do Porto de Leixões

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Ontem o Porto encheu-se de vida, entre Matosinhos e o centro do Porto, iniciativas de actividades e divertimento não faltavam. Se por um lado tínhamos o NOS D'Bandada, por outro o Porto de Leixões esteve aberto ao público, dando a conhecer o seu novo terminal de cruzeiros e visitas guiadas pelo próprio porto, com direito a muita animação e entrada em barcos de carga. Na dúvida entre o concerto de Miguel Araújo no Silo-Auto e a visita ao Porto de Leixões, lá optamos por ir ver algo que nunca tínhamos visto antes. A minha esperança era simplesmente uma, que tivesse menos gente que o centro da cidade do Porto. Ora, erro meu. Matosinhos estava cheia de gente, apesar do sol não ser intenso, o calor fazia-se sentir e com tanta animação espalhada, desde música a insufláveis e animadores, era impossível ficar-se indiferente à romaria que ali havia.

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Depois de anos e anos a ouvir falar da construção do Terminal de Cruzeiros, lá consegui ir visita-lo e admirar a bela obra de arte que se ergue sobre o mar do norte. Ia com pouquíssimas expectativas. Imaginava um lugar frio, cheio de modernices e que nada tivesse de acolhedor, mas enganei-me. Aliás, enganei-me redondamente, saí de lá completamente fascinada com a arquitectura e designe do edifício. Se é funcional? Isso já não faço ideia, mas que é realmente fantástico e cheio de ideias inovadoras, ninguém o pode negar.

A poucos metros de distância do edifício começa-se a aperceber das suas 'escamas' que surgem no exterior, o fascinante é que o jogo de sobras é que dá essa ideia de diferentes cores, pois todos os seus azulejos são da mesma cor branca. As variações de profundidade dão uma sensação de jogo de peças que dá vontade de tocar, e foram tantas as pessoas que tocaram nas suas paredes, assim como eu toquei. 

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No seu interior o aspecto escamado não desaparece e sobe numa espécie de caracol interior que dá continuidade ao seu exterior. Os jogos de vidro, azulejos e luzes é realmente fantástico e impossível é ficar-se indiferente. Mas o que gostei mais? O seu topo. No topo deste caracol existe uma espécie de anfiteatro ao ar livre que permite contemplar a paisagens sobre as praias de Matosinhos, a uma enorme distância. É uma paisagem tranquila e simplesmente fantástica. Os barcos? Esses tiveram de ficar para uma nova oportunidade, pois o vento frio começou a fazer-se sentir e a hora de encerrar as actividades aproximava-se. Sem dúvida que saí de lá maravilhada, aquele edifício no meio do mar é simplesmente fantástico e eu? Eu fiquei com o desejo de lá voltar.

Alguém já conhecia?

 

 

27
Jun16

Eu, Ele e as (não) férias

(Imagem retirada daqui)

 

Desde que namoramos que Ele me fala de umas férias de não fazer nada, nadinha. Apenas praia, sol, comida e descanso. Ele toda com umas férias no paraíso com tudo incluído (palavras mágicas estas) e eu tenho nos últimos anos conseguido levá-lo para outros sítios (nunca no verão), como Paris, Madrid, Sintra e outras pequenas localidades portuguesas que não trazem muito descanso. Queixa-se sempre que eu quero ver tudo e mais alguma coisa e que o descanso desaparece. Prometi-lhe então que as próximas férias seriam ao gosto dele, com um 'tudo incluido' e sem o chatear para passear (muito, vá). Mas a verdade é que não temos tido muita sorte, aliás, muito pouca.

O primeiro verão que passamos como namorados eu estava desempregada e Ele num estágio profissional.

O segundo verão juntos Ele estava desempregado e eu a trabalhar e quando tive 15 dias de férias Ele começou o estágio PEPAL.

O terceiro verão juntos (e o presente) eu comecei a trabalhar há nem um mês e Ele só terá férias no fim de Agosto.

Mas que sina a nossa, por muito que queira dar ao homem as suas férias de SÓ descanso nunca temos tido oportunidade. Acho que férias só mesmo como as da imagem em cima.

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