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06
Set21

Feira do Livro do Porto: E o Covid-19?

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       Como manda a tradição aqui de casa, este ano voltamos à Feira do Livro do Porto.  No últimos anos temos ido sempre no primeiro fim-de-semana da Feira, por uma simples razão, conseguir comprar os melhores livros em segunda-mão nos alfarrabistas. Nos últimos anos tenho encontrado verdadeiras pechinchas a bons preços, tenho vindo sempre com uma sacada de livros a bons preços, apenas porque vou nos primeiros dias da Feira. Este ano achei que iria acontecer exactamente a mesma coisa, mas errei

       No ano passado, quando fui à Feira do Livro do Porto, admito que estava receosa, era o primeiro evento com muita gente que ia desde a presença do Covid-19 nas nossas vidas, mas correu tudo tão bem que achei que este ano ainda fosse sentir-me mais à vontade, afinal as regras tem vindo a ser diminuídas com o tempo e eu tenho tentado implementar na minha vida alguma normalidade. BIG MISTAKE! Fomos no primeiro sábado da Feira, por norma não costuma ter muita gente de tarde e ao final da tarde (mesmo em tempos considerados normais), mas o nosso erro foi considerar que as coisas iriam estar iguais ao ano passado ou a uma 'época de normalidade' anterior. A verdade é que estava imensa gente. Na entrada vimos o limite máximo de 1000 pessoas no espaço e entramos imediatamente, achando que iríamos encontrar a tranquilidade que conhecíamos, mas não. Estava imensa gente, quando digo imensa refiro-me a mesmo muitas pessoas nos espaços e bancadas de livros. Tentamos começar o nosso percurso, mas em qualquer espaço as normas de distanciamento, de percurso e até de educação não estavam a ser mantidas. Era praticamente impossível chegar às bancas, mesmo daquelas editoras tão pouco conhecidas, e quando chegávamos existiam encontrões e uma falta de respeito enorme. As setas no chão para a direcção pouco eram respeitadas e mesmo ao tentarmos pagar as pessoas não se mexiam, fosse para chegarmos ao vendedor, ou até para pormos o código de multibanco.

       Ao fim de quatro bancadas, uma tentativa inútil de ver livros nos alfarrabistas e com poucas compras desistimos. A confusão de pessoas, os empurrões e a falta de respeito começou a desenvolver em mim uma ansiedade que me provocou dores de cabeça (e não tenho dores de cabeça com frequência). Ou sou eu que já não sei estar no meio de tanta gente, provavelmente também é verdade, ou as pessoas perderam totalmente a noção do que são as boas regras de educação e cidadania. Não sei se era por estar mau tempo para as pessoas irem para a praia, se por ser o final do mês, se os últimos dias de férias de alguns por que a li passavam ou até se a pandemia levou tanta gente a começar a ler, mas a verdade é que nunca, NUNCA tinha visto tanta gente numa Feira do Livro. De uma forma a despachar os livros do dia que tinha visto no Facebook da Feira, dirigi-me às duas editoras que procurava e vim-me embora. 

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        Nunca tinha trazido tão poucos livros da Feira do Livro e só dois deles foram realmente a um bom preço, os outros vieram porque me chamaram à atenção e por pura "gula", até porque nem tive oportunidade de procurar as minhas pechinchas de 5€. "A Amiga Genial" e "A Arte Subtil de Saber Dizer que se F*da" já há algum tempo que os desejava e estavam como livro do dia nas suas editoras (se virem bem aqui só estão duas editoras) e por isso foram uma boa poupança, mas tirando isso não aproveitei rigorosamente nada. Uma das coisas que mais gosto de fazer na Feira do Livro é encontrar essas pechinchas, passar por todas as bancas, conhecer novos autores, mas a verdade é que não encontrei nem vi nada, simplesmente porque não tive a oportunidade.

      Se poderia voltar à Feira? Poderia, mas senti-me tão desconfortável (e Ele também) que ao fim de uma hora viemos embora, desiludidos e sem vontade de voltar a repetir a proeza. Por momentos, se não fossem as máscaras, pensava que o Covid-19 tinha totalmente desaparecido, que em seu lugar tinha apenas ficado um egoísmo que esqueceu as regras básicas da boa educação e que me impediu de dar um dos passeios que mais gosto, percorrer a Feira do Livro. Ao vir embora vimos que a Feira tinha fechado a entrada devido a ter enchido a totalidade de pessoas no espaço, a fila já era enorme para entrar e eu só pensava em quantas pessoas se teriam arrependido de lá pôr os pés, tal como eu.

        Para o ano haverá mais Feira do Livro do Porto, certamente, só espero que compense a desilusão deste ano.

01
Set20

Feira do Livro do Porto em tempos de Covid-19

          Admito que este ano, eu que faço a minha ida à Feira do Livro uma tradição, fiquei na dúvida se o deveria fazer. Cá por casa temos sido bastante cautelosos, tentando evitar sítios com muita gente, poucas vezes fomos jantar fora (três desde março, talvez?) e compras não tem sido uma coisa que nos assiste. Acabamos por ir para a praia, caminhadas e espaços com menos gente e ao ar livre. Mas caramba, o Covid-19 já me tinha tirado a viagem de sonho a Itália e agora ia-me tirar a Feira do Livro? No way!

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        Como tenho vindo a comentar ao longo dos anos, opto sempre pelo primeiro fim-de-semana da feira para conseguir apanhar boas promoções e os melhores livros dos alfarrabistas. Fala-me a experiência que é a melhor altura para escolher livros em segunda mão, o que dá uma poupança enorme na carteira e uma felicidade enorme por encontrarmos determinados livros. Então no sábado ao final do dia lá fomos nós para os Jardins do Palácio de Cristal enquanto o sol se começava a pôr.

       Admito que já não estava no meio de tanta gente há imenso tempo, admito até que estava mais gente na Feira do Livro do que aquilo que estava habituada. Pela primeira vez nos últimos anos, para alguém que costuma ir sempre ao final do dia e no primeiro fim-de-semana da feira, fiquei surpreendida com tanta gente. Na entrada apenas nos indicaram para colocar a máscara (o novo adereço obrigatório para tudo que é sítio!) e circular pela direita, no entanto achei que havia pessoas a mais. É verdade que todas as bancas tinham desinfectante, é verdade que era ao ar livre, mas existiram duas coisas que me incomodaram: 1º as pessoas que se puseram em cima das outras para ver as bancas, que irritação! Gente, esperem pela vossa vez! Juro que me senti incomodada e ainda olhava para a pessoa para que se apercebesse do quão exagerava, mas não serviu de muito; 2º o facto de alguns vendedores não terem forma electrónica de pagamento, eu sei que há pessoas que ainda não sabem mexer muito bem com tecnologias, mas gostava de que os alfarrabistas tivessem pensado nessa hipótese, pois nesta altura evito ao máximo mexer em dinheiro. São coisas pequenas e que me incomodaram mais por estarmos em época de pandemia, mas realmente deixaram-me desconfortável.

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          Apesar dos 'ses' desta experiência acabei por me perder e comprar umas quantas pechinchas. Adoro, mas adoro mesmo ir à descoberta de novos autores e comprar verdadeiras pechinchas que depois se comprovam ser verdadeiras relíquias. Cada vez mais gosto de ir para a Feira do Livro sem qualquer tipo de ideia do que quero comprar, apenas ir vendo e adquirir aquilo que me soa mesmo bem. Este ano adquiri um bocadinho de tudo, acho que o romance levezinho ficou perdido algures pela feira (não encontrei nenhum que me chamasse à atenção) mas adquiri livros de autores conhecidos, alguns que já há algum tempo que queria conhecer e outros ainda que gostava de conhecer. Comprei quase todos os livros a 5€, com excepção do infantil e d'Os Médicos da Morte (pelo tamanho é compreensível o preço, mas realmente após verificar online estava realmente a bom preço), mas vim outra vez cheia de livros que são novidade para mim. Adoro esta sensação de descoberta e este ano a Feira permitiu-me isso mais uma vez.

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         Depois de uma caminhada por entre os livros e da sensação de termos estado no meio de demasiada gente, decidimos pedir um take-away na nossa hamburgueria preferida. Chegar a casa com livros novos para a estante e terminar o dia com uma comida deliciosa da Real Hamburgueria fez com que o fim-de-semana tivesse um sabor especial. Se foi um ano em que a Feira do Livro do Porto foi diferente? Foi, não parei tanto, não voltei a dar uma segunda ronda pelos livros, mas saí de lá bastante satisfeita com o que tinha adquirido e não podia ter terminado o meu serão de melhor forma. E vocês já foram espreitar as Feiras do Livro deste ano?

25
Ago20

Fim de Férias com Porto Legends

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        Como já referi este ano as férias foram caseiras e num dos últimos dias das férias decidi dar ouvidos à Mula e fomos ver o Porto Legends na Alfândega do Porto. Sinceramente não sabia bem ao que ia, sabia que era um programa maioritariamente digital e que aprenderia algumas lendas sobre a cidade do Porto. Lá fomos nós à aventura para descobrir o que era então esta experiência.

       Numa das caves da Alfândega vários projectores mostravam imagens mágicas nas paredes de pedra que nos rodeavam, no meio do carril que ainda se encontra no chão, víamos imagens como que por magia. O espaço estava vazio, apenas as imagens preenchiam as paredes, todas as paredes, com variadíssimas imagens e raramente a mesma, levando-nos para uma espécie de mundo mágico, cheio de pózinhos de perlim-pim-pim.

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       Com o auxílio de auscultadores o narrador começa a contar as lendas da cidade do Porto e à nossa volta as imagens vão ilustrando aquilo que vamos ouvindo. É fantástica a forma como as coisas acontecem à nossa volta, como as imagens são dinâmicas e como podemos percorrer a cave da Alfândega e observar as diferentes perspectivas das histórias. Achei toda a experiência bastante criativa, no entanto, como eu e Ele já tínhamos feito a Scary Porto Stories Tour em 2014 a verdade é que já conhecíamos algumas das lendas perdendo o factor "Uau". Outra questão que se levantou foi o valor inicial desta experiência, apanhamos uma oportunidade de dois bilhetes por 15€, achando um valor acessível, no entanto, se tivéssemos dado o valor inicial por cada bilhete sairíamos de lá bastante desiludidos. A experiência é interessante, aprendem-se coisas novas sobre a nossa cidade, mas 15€ seria realmente demasiado.

           Apesar de não termos tido o factor "Uau" durante a experiência toda, soube bem ver algo novo e criativo e acho que quem tiver oportunidade deveria experimentar.

 

 

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