justsmile

Depois de três dias desligada, praticamente, vá, desligada do mundo entrar na realidade custa bastante. Foi um fim-de-semana que permitiu descansar, mas também fazer muitas coisas que já andavam a ser adiadas há muito tempo. Na quinta-feira fomos finalmente ver a Bela e o Monstro, nas sexta-feira foi dia de dormir, tratar de mim e apanhar sol, muiiiiito sol, ainda deu tempo para pôr as séries em dias. O sábado já foi dia de maior correria, depois de nos termos perdido pelo caminho lá tivemos a reunião com o fotógrafo, e entre ajudar a mãe e fazer dois pães-de-ló ainda fomos limpar o lixo do terreno que adquirimos. O domingo? Esse foi só andar de casa em casa a encher o bandulho. Depois de um fim-de-semana que se torna um aliado no colesterol e nos diabetes, hoje sinto-me a ressacar. E ser a única da família a ressacar, mas a ter de ir trabalhar devia ser considerado um crime. Sinto-me cheia de doces, mas no almoço couberam bem umas amêndoas e uns docinhos. Sinto-me cansada e em vez de estar com Ele a apanhar sol numa esplanada qualquer, estou aqui agarrada ao computador a trabalhar no escritório.

Ninguém merece!

P.S.: Apesar de cansada, acho que pelo menos recuperei um bocadinho da minha sanidade mental e isso é tãoooo bom!

(Imagem retirada daqui)

Os dias têm sido atolados de trabalho, tenho tido na cabeça mil e quinhentas coisas, não tenho praticamente parado. Mas nestes próximos três dias estou disposta a desligar-me do mundo. Quero esquecer o trabalho e preparar-me para os tempos que se avizinham que ainda vêem com mais trabalho. Quero pôr-me fresquinha para tomar decisões importantes e estar relaxada para tudo o que ainda tenho para fazer. Quero aproveitar estes dias para estar comigo própria e com a família. Bem sei que tenho pães-de-ló para fazer, que tenho reunião com um fotografo, mas acima de tudo quero desligar. Usar aquele botãozinho maravilha que me permite viver e esquecer tudo o que tenho para fazer. Nestes próximos três dias comprometo-me a cuidar de mim, a apanhar o sol que houver, a terminar de ter o livro que parece não ter fim e ainda a relaxar. Sim, é mesmo disso que estou a precisar, de relaxar e preparar-me para a próxima época que aí vem que não me parece ser fácil.

A vocês vos desejo uma óptima Páscoa que aqui a Just vai desligar o botão 

(Imagem retirada da Internet)

Cresci no ceio de uma família católica e desde pequena que aprecio algumas das tradições desta religião. A Páscoa é uma delas, gosto dos doces, gosto do almoço em família e gosto até mesmo da missa. A verdade é que sou uma católica muito pouco praticante mas gosto bastante de por vezes ir à missa, apenas porque me sinto bem. A tradição da minha terra, como de muitas outras terras do norte, ou até mesmo de algumas terras espalhadas pelo resto do país, é o compasso visitar a casa das pessoas que assim o querem. Para quem não sabe o que é o compasso, e ainda sei que são umas quantas pessoas, o compasso é organizado por um grupo de pessoas de cada paróquia que com uma cruz enfeitada com flores vai a casa das pessoas que decidem abrir a sua porta para festejar a ressurreição de Jesus Cristo. É uma tradição agradável que faz a familia reunir-se e passar um bom tempo de qualidade. Tenho uma memória em particular da páscoa, em 2003 o meu pai e o meu padrinho de baptismo foram no compasso, nessa altura o meu avô já estava acamado e com poucos momentos de lucidez, mas eles entraram na mesma no seu quarto para que pudesse beijar a cruz. Lembro-me perfeitamente de o meu pai e o meu padrinho aproximarem-se da cama dele e o meu avô esboçar um enorme sorriso inocente, como se fosse uma criança a quem mostravam uma prenda. São memórias que me marcaram para sempre mas que todas as páscoas, involuntariamente voltam à minha mente. São estas pequenas memórias e estes pequenos momentos que vão tornando especiais, todos os anos de páscoa que vão passando.

Espero que a vossa páscoa tenha sido boa, amanhã voltarei com novidades^^