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justsmile

14
Fev24

(Re)Apaixonar e (Re)Amar

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       O amor assume várias formas na nossa vida, todas elas dignas de se chamarem amor. Através de um gesto, de uma palavra, de um abraço, de um serviço ou até no silêncio. O amor tem o seu jeito peculiar de nos criar mil emoções, borboletas na barriga, até sorrisos parvos quando vemos uma mensagem ou o aconchego no coração num momento de aperto e por sabermos que temos alguém ao nosso lado para nos apoiar. O amor não é linear e bendito seja por isso. O amor é uma montanha russa e acredito que ao longo do tempo existam momentos em que nos voltamos a apaixonar pela mesma pessoa, por aquela que está sempre ao nosso lado, mas que a vejamos sobre uma nova perspectiva. Juntos há mais de dez anos e já quantas vezes me voltei a apaixonar! Sim, pela mesma pessoa, por Ele que sempre esteve aqui, Ele que me ensina tantas coisas e tantas formas de amor e de amar. São mais de dez anos a ser o apoio mútuo um do outro, a motivação para ser mais e melhor, o alicerce para enfrentar novas batalhas. O amor, esse nunca se extinguiu, muito pelo contrário, cresceu, aumentou com o tempo, mudou a sua forma e se em alguns momentos encontrou o seu equilíbrio, noutros mostrou uma nova forma de paixão, de ternura, de amor crescente. É possível voltarmos a apaixonar-nos sem nunca o termos deixado de fazer, basta um novo olhar, uma nova surpresa, num dia banal, num dia normal. Dou por mim muitas vezes com a sensação de que me voltei a apaixonar por Ele, vezes e vezes sem conta, e Ele nem se apercebe, simplesmente porque vi algo novo na sua essência. Algo novo que surgiu, que se calhar ainda nem tinha reparado, mas que me faz voltar a sentir as borboletas na barriga, assim, algo simples num dia normal. E assim volto a (re)apaixonar com um novo olhar sobre a pessoa de sempre.

        Sei que é dia dos namorados e eu nem sou dada a essas coisas, mas não é sempre bom falar de amor?

20
Nov18

O amor real

(Imagem retirada daqui)

       Amor, aquele sentimento inexplicável que nos mexe com todos os sentidos. Aquele sentimento que nos deixa nauseados quando começa, que nos enche de borboletas na barriga com um simples toque, que nos faz ansiar, desejar e ter momentos de pura loucura. Aquele sentimento tão estranho que nos faz voar, ter aquela sensação de leveza como se tudo à nossa volta fosse perfeito, como se o mundo fosse apenas constituído por aquelas duas pessoas. Amor, aquela palavra tão difícil de ser pronunciada, que não se gosta de utilizar em vão, que tem de ser dita pela primeira vez num momento especial. Uma palavra que não pode ser dita aos quatro ventos, deitada ao ar como se apenas se trata-se de uma palavra banal. Amor. Tantas definições para o amor, a sensação de conforto, aconchego e segurança que nos preenche a alma nos dias difíceis, que nos faz sorrir como se o mundo fosse apenas nosso e nada mais importasse. Uma palavra e mil sentimentos que não podem ser entregues a qualquer um. Não pode ser entregue àquele que nos quer como sua posse, àquele que não nos trata bem, que não nos respeita.

       A palavra amor só pode ser entregue a quem faz parte de nós, a quem mexe com o nosso mundo, a quem nos trata como um igual. Esse sim, é o amor real. Amor não são só as palavras bonitas, os momentos de pura paixão e as prendas de arrependimento. Não é feito de desculpas, mas de coisas que fazem acontecer a felicidade. Não é amor quando nos sentimos presos, quando achamos que tudo o que é mau é feito por amor. Esse é o amor de ilusão, mas que não é sentido. É verdade que o amor real não é um mar de rosas, mas há respeito, há dedicação, não há traves, nem prisões. O amor real, por mais difícil que seja, é livre. Livre de opinião, livre de decisões. O amor real é feito de ti primeiro e depois o outro, porque amar-te é dar ao outro a possibilidade de te amar. O amor real é feito de momentos menos bons, mas em que o amor é uma constante e em que a dúvida nunca se levanta. O amor real é feito de ti, para ti e por ti e simplesmente partilhado. O amor real é mútuo, bilateral. O amor real dá trabalho, obriga a cedências, mas só ele é que perdura, só ele é que faz tudo valer a pena. O amor é a melhor coisa que o mundo tem, mas só o amor real, porque o de ilusão nada mais é do que um sonho que nunca pára de pairar no ar. E o que precisamos de ensinar? A diferença entre o conceito de amor que se aprende na televisão e o amor real, porque o segundo é muito mais valioso do que a ilusão do primeiro.

        Tudo isto porquê? Porque a violência no namoro é cada vez mais uma problemática, assustadora nos dias que correm e é necessário partilhar com o mundo, com os adolescentes e jovens que o amor real é o verdadeiro amor. Já conhecem a Associação Corações de Coroa?

09
Nov18

Namorados vs Casados

(Imagem retirada daqui)

 

       Sempre achei que quando nos casássemos, altura em que começamos também a viver juntos, que muita coisa se iria manter. Nunca fomos um casal muito romântico, nunca fomos muito melosos e sempre nos conseguimos encaixar muito bem. Sempre nos sentimos confortáveis ao lado um do outro, no tempo que namorámos deu perfeitamente para conhecermos alguns hábitos que tínhamos e não me imaginava a ter qualquer tipo de desconforto ao lado d'Ele. Já éramos o casal que passava serões em casa, que nos víamos um ao outro de pijama e até que nos acompanhamos nas gripes, viroses e constipações, nunca em momento algum criamos a ilusão de sermos aquilo que realmente não éramos. Achava mesmo que a única diferença que aconteceria na nossa relação era irmos viver juntos. Achava que as nossas noites iriam terminar na mesma num sofá a ver televisão ou uma série que ambos gostássemos, agarradinhos um ao outro antes de ir dormir. Achava que o nosso hábito de mandar mensagens logo de manhã, quando chegávamos ao trabalho, se iria manter e que até a frequência de mensagem entre nós se mantivesse (visto que nunca foi excessiva). Sempre achei que a rotina de nos vermos diariamente e de estarmos diariamente juntos e conversarmos se mantivesse. É claro que algo iria mudar, já não o teria de mandar embora na hora de ir dormir, jantaríamos todas as noites juntos e partilharíamos as tarefas domésticas, até já imaginava as vezes que iria resmungar com Ele por causa da arrumação (coisa que efectivamente aconteceu). Aliás, até considerava que iríamos estar mais tempo para estarmos juntos. Erro de sonhadora.

         Apercebi-me esta semana que eu e Ele conseguíamos estar mais vezes juntos, com tempo de qualidade, quando éramos solteiros do que agora casados. Dantes, tirando as sextas-feiras que são dia d'Ele se encontrar religiosamente com os amigos, todos os dias conseguíamos estar juntos e terminar a nossa noite deitados no sofá da sala dos meus pais. Aquele momento diário era o nosso momento de aconchego e conseguia fazer milagres no final de um dia de trabalho. Achei que esse momento continuasse a ser o nosso momento sagrado, mas a vida mudou drasticamente e neste momento tenho a sensação que era mais fácil estarmos juntos enquanto namorados, do que agora casados. Apesar de agora conseguir chegar mais cedo a casa, Ele continua a chegar, frequentemente depois de mim e quase todos os dias tem actividades ou vai jogar futebol ou vai dar treino a crianças (nova função desde que casamos) e a sexta-feira continua a ser o seu dia sagrado, fazendo com que chegue quase todos os dias tardíssimo a casa. E eu? Apesar de tudo isso, eu ando sempre em reuniões, em trabalhos voluntários e para já ainda nem me agarrei aos estudos (coisa que ando a adiar e estou com a sensação que me ando a desleixar...). Nos dias em que Ele acaba por chegar mais cedo a casa ou até estar em casa, eu por alguma razão não estou, ou quando estou Ele chega mais tarde e se nos cruzamos dez minutos no sofá já é muito tempo. Para além do facto de vivermos juntos, esta foi uma das maiores mudanças na nossa relação, passamos de ter sempre tempo para nós os dois, para não conseguirmos encaixar as nossas agendas profissionais. É verdade que dormimos na mesma cama, mas quase não nos cruzámos e isso tem-me feito alguma confusão (apesar do orgulho que sinto n'Ele pelo trabalho que tem feito com os miúdos). A maioria das noites janto sozinha e acabo no sofá a ver os programas que gosto sozinha, enquanto Ele acaba de jantar ou de tomar banho, algo que não acontecia quando éramos solteiros.

      Casamos e como se já não bastasse a mudança que isso cria nas nossas vidas, passar a fazer todas as tarefas domésticas sozinhos, habituarmo-nos à presenta e aos hábitos de outra pessoa, as nossas vidas profissionais também levaram um grande abanão. De repente, tornou-se difícil de conseguirmos conjugar horários para estarmos juntos, mesmo vivendo debaixo do mesmo tecto. É então que penso que passava mais tempo com Ele quando éramos só namorados, do que agora casados. Seremos só nós a termos estas vidas?

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