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justsmile

10
Nov17

O que o minimalismo não é!

(Imagem retirada daqui)

 

    Tenho falado pouco sobre o minimalismo com quem me conhece. A palavra minimalismo tem estado muito em voga, no entanto quando a refiro vejo que ainda está associada a uma casa de paredes brancas e sem coisas nenhumas. A palavra minimalismo está ainda associada a uma espécie de estilo de vida 'hippie', uma imagem de famílias a viverem em minúsculos apartamentos e com peças de roupa desgastadas e sempre iguais. Tenho-me apercebido que o conceito de minimalismo ainda está com um estereótipo bastante negativo, o que para mim não representa de todo o minimalismo, pelo menos não representa aquilo que tenho tentado incutir na minha vida. Aos bocadinhos tenho trazido o minimalismo para a minha vida, um passo de cada vez, e a transformação, para breve, da minha vida tem-me levado a priorizar os meus sonhos, os meus objectivos e principalmente a minha felicidade. Consciente e, por vezes, inconscientemente, tenho conseguido seguir alguns passos na minha vida que têm melhorado a qualidade da mesma. E se não falo com quem me conhece é porque das duas uma, ou não me compreendem e descredibilizam o minimalismo ou vêem o minimalismo como algo absurdo, como se fosse uma crise de identidade que alguém está a passar e intitula-a de 'é uma fase'!

       Sei que sou nova nestas coisas do minimalismo, sei que ainda tenho um longo caminho para considerar-me minimalista e até acredito que só depois de algum tempo a viver com Ele poderei verificar a praticabilidade de tudo isto na minha vida. No entanto, tenho andado focada em introduzir o minimalismo à minha volta e no fundo não o tenho partilhado com mais ninguém a não ser com vocês e com Ele (e até com Ele a partilha é limitada, Ele não acredita muito na liberdade que isto me traz). Hoje partilho com vocês o que o minimalismo não é para mim, no fundo acredito que cada pessoa tem uma definição muito própria do que é o minimalismo e está tudo bem assim. Afinal o minimalismo apenas tem como objectivo a felicidade e a leveza. Para mim o minimalismo não é:

 

      1. Não é ficar com a casa vazia, apenas com as paredes brancas e sem completamente nada à vista. Se pesquisarem minimalismo as primeiras imagens que vos surgem são casas brancas sem quase nada, para mim parecem-me pouco confortáveis e pouco vividas. Gosto de casas arrumadas, com espaço de organização, mas gosto de uma casa que conte a minha história e por isso gosto de fotografias, de plantas, dos meus livros à vista e de uma manta em cima do sofá. Minimalismo não quer dizer esterilidade na casa, não quer dizer ficar sem nada, pode funcionar para muita gente, mas não é preciso ser para todos os que se intitulem de minimalistas.

 

       2. Não é preciso ficarmos de mãos vazias, dar tudo ou deitar para o lixo. Um dos primeiros posts que li sobre o minimalismo (já li tantos, que nem sei bem onde foi) foi um casal que vendeu tudo e passou a viver numa auto-caravana. Por vontade própria despediram-se dos bens materiais e dizem viverem felizes numa auto-carava apenas com o essencial, acho esta atitude um acto de coragem, vivem sem créditos, vivem sem problemas de limpeza e organização, mas não me imagino a viver como eles. Prezo demasiado o momento no meu sofá, preso demasiado os dias de chuva no sofá a ver um filme e até preso o banho de água quente no final de um dia de trabalho. Mas não é por isso que deixo de querer o minimalismo na minha vida, não é por isso que o meu conforto e a minha forma de ser minimalisma fazem de mim menos que os outros. O conceito de minimalismo indica que viver com menos é mais, mas que devemos ficar com aquilo que nos é útil e que nos faz felizes, não mais que isso. No fundo o minimalismo é despojar de tudo o que está a mais, de tudo o que nos dá energias negativas e de tudo o que não nos preenche.

 

       3. Não é não comprar coisas. Quem disse que não podemos comprar coisas? O minimalismo é apologista de 'comprar para substituir' e eu própria tenho feito muito disso. Comprar para substituir, um entra, outro sai. Mas não proíbe, nem lá perto, de comprar coisas novas, basta tentar compreender se isso nos traz felicidade, se nos é útil e se é necessário. São apenas três questões que tenho de levantar quando compro um objecto novo e acreditem que impede de comprar muita coisa que nunca mais usaria. Neste momento ando a namorar uma carteira para substituir a minha do dia-a-dia e umas sapatilhas para substituírem as minhas azuis que já estão muito velhinhas.

 

       4. Não é desperdiçar dinheiro. Dentro da linha de pensamento dos pontos anteriores o minimalismo ajuda imenso a equilibrar as contas cá de casa. Desde que decidi incutir o minimalismo na minha vida que estou muito mais consciente de para onde vai o meu dinheiro. Compro o necessário, compro o que me interessa e até na saúde isso tem tido os seus benefícios. Deixei de comprar coisas por comprar, deixei de namorar coisas que se calhar nunca me seriam úteis e sou cada vez mais consciente das compras que faço, tento comprar com maior qualidade, produtos mais naturais, o que acaba por não fazer desperdiçar tanto dinheiro, pois apesar de pagar um bocadinho mais por alguns produtos tenho melhores resultados ou maior durabilidade. Poupar dinheiro tem sido uma questão de prioridade e nem por isso deixei de ser feliz e de comprar aquilo que realmente preciso.

 

       5. Não é um objectivo, é simplesmente um caminho. Acredito que não haja um culminar no minimalismo. Acredito que o minimalismo é simplesmente um caminho para atingir a felicidade, para andarmos mais despreocupados e que se adapta a cada um de nós. A minha forma de minimalismo pode não ser igual à de mais ninguém, mas se me traz a felicidade nada mais posso exigir. O que mais quero é continuar este percurso, com esta sensação de leveza que me tem acompanhado. Nem tudo é perfeito, há dias em que deslizo, mas é um excelente caminho que me ajuda a definir as prioridades da vida.

 

       O minimalismo pode não ser para toda a gente, eu que cada vez mais acredito que menos é mais pode ser incongruente para algumas pessoas, mas é a minha forma de lutar por mim, pela minha saúde física e mental e pela minha felicidade. Foi um conceito que quis introduzir na minha vida apenas para conseguir lidar com o stress do dia-a-dia, com as tarefas do quotidiano e com a forma de introduzir a felicidade diariamente na vida. É simplesmente preciso ter uma mente aberta, a vontade de mudar e tudo o resto irá atrás. Todos os dias me inspiro para continuar este percurso e com isso tenho alcançado a felicidade, aquilo que quero manter todos os dias.

27
Jun17

Eu admito... #16

Eu admito que não suporto atum, bananas e batatas (principalmente cozidas). Não como atum de nenhuma das formas. Só o cheiro da banana deixa-me enjoada, quanto mais comer. Não como batatas cozidas, assadas e fritas não são a minha paixão, por mim dispensava as batatas.

Eu sei, é o choque para muita gente. Eu não me considero uma pessoa muito esquisita a comer, contudo estes são mesmo os três alimentos que não como, que não fazem parte da minha alimentação ou dieta. Batatas, só de longe a longe e tem de ser em puré ou fritas, caso contrário nem vale a pena mostrarem-me. De tudo o resto como, seja legumes, frutas, peixes ou carnes, não me armo em esquisita. Mas estes três alimentos estão realmente proibido no meu prato.

 

E que alimento vocês não conseguem comer?

 

 

 

03
Mai17

Eu e o meu ar de jovem

(Imagem retirada daqui)

 

Apesar dos meus 26 anos, ninguém é capaz de me dar a idade que tenho. Tenho uma pele ainda jovem, sou magrinha e apesar da minha altura toda a gente acha que ainda tenho 18 anos. Quando comecei no mercado do trabalho, muitos eram aqueles que achavam que no máximo eu teria 18 anos. Tenho uma voz aguda e pouco envelhecida, apesar de com o tempo ter um ou outro traço de rouquidão, e este corpo de lingrinhas com poucas curvas, juntamente com as jeans e as sapatilhas, dá-me sempre um ar bastante juvenil. Se tento demonstrar o contrário? Desisti de me dar a esse trabalho, sou o que sou e não preciso de viver com o que os outros acham e esse factor nunca importou na minha procura de trabalho. No entanto, tenho-me apercebido que ao longo do tempo as pessoas interpretam este meu ar simpático, sorridente e jovem como sinal de ingenuidade. O que para estes lados é algo completamente incongruente, se há coisa que não sou é ingénua.

Tenho passado algumas situações um tanto ou quanto caricatas nos últimos tempos em que tenho aprendido que as pessoas assumem em primeiro lugar que sou ingénua. Ou porque acham que não sou capaz de manter uma posição ou porque acham que não sei tomar decisões ou porque acham que tenho poucos conhecimentos legais ou até mesmo que não me apercebo quando me tentam fazer de parva. Se até hoje achei que este meu ar jovem apenas colocaria os meus pacientes em dúvida quanto à minha experiência (dúvidas que sempre foram eliminadas), hoje apercebo-me que o meu sorriso transmite, num primeiro impacto, algo que definitivamente não sou. As pessoas têm-se baseado no meu rosto para acharem que sou de fácil manipulação, que não consigo bater o pé ou que não percebo os passos importantes que estou a dar na minha vida. Simplesmente porque me tento manter simpática, porque tento sempre mostrar um sorriso e porque evito conflitos, mas nenhum dos argumentos anteriores quer dizer que não sei a realidade das coisas. Pensam que como sou jovem não me sei defender (basta pensar no meu rico primeiro patrãozinho ou no segundo) ou porque sou magrinha não tenho força para carregar isto e aquilo ou até porque não tenho uma personalidade forte. Pois bem, se este é o primeiro impacto de dou a verdade é que se têm apercebido aos poucos que não sou bem assim. Chegando já a ter ouvido comentários de 'não sabia que eras assim tão teimosa, ' tens uma tatuagem? Mas como? Tens um ar tão, tão...', tem também chegado ao cúmulo das pessoas alterarem versão e mais versão quando se apercebem que não sou a ingénua que pensavam, quando argumento e demonstro que sei mais do que pensavam. Não sei se é por ser jovem, se é este meu ar de santinha, mas não gosto que me tentem fazer de parva. Não gosto que numa primeira instância me considerem ingénua. Sei que não o sou, sei que já aprendi muito com a vida, mas era bom ter um traço em mim que o pudesse mostrar aos outros para não me tentarem enganar logo no primeiro impacto, pois o segundo impacto torna-se bem menos agradável que o primeiro.

Será que ser-se jovem é uma desvantagem na sociedade de hoje?

 

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