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justsmile

22
Nov16

Domingo no Museu dos Descobrimentos

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O Museu dos Descobrimentos do Porto foi inaugurado em 2014, desde aí que a minha curiosidade em lá ir estava presente. Não achava os preços muito apelativos e por isso andei a adiar a sua compra, até que no Facebook (ai as vantagens do Facebook) vi uma promoção e decidi aproveitar para mim e para Ele. A minha mãe ao saber de tal coisa pediu de prenda de aniversário bilhetes para ela e para o meu pai. Quando de lá vieram aguçaram ainda mais a minha vontade de lá ir e no domingo decidimos aproveitar o dia chuvoso num museu.

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O Museu dos Descobrimentos tem uma localização fantástica, mesmo de frente à Alfandega do Porto num edifício (ou serão vários?) reabilitado na zona antiga da cidade. Lá passamos a pontezinha de metal que nos liga ao edifício e entramos no museu com uma versão bem mais barata dos bilhetes. Após a nossa entrada, somos recebidos por uma quantidade de embarcações da época dos descobrimentos, cada uma maior que a outra, com toda a sua descrição em ecrãs tácteis e interactivos. Mas é ao entrar na zona da embarcação que percebemos o funcionamento de uma navegação daquela envergadura, onde figurantes trajados à época nos apanham desprevenidos e nos explicam o funcionamento de todo aquele espaço. É ao ler nos ecrãs tácteis sobre Camões, Colombo ou Fernão Magalhães que percebemos a importância dos portugueses no mundo. A visita termina com um passeio de barco pela Índia, Brasil, Japão, China e Macau, onde ao auscultador um narrador nos conta os feitos de importantes portugueses pelo mundo na época dos descobrimentos.

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Esta tarde no museu fez-me voltar ao 5º e 6º ano da escola em que se aprende mais sobre a História de Portugal, uma viagem no tempo em que facilmente perdemos quase duas horas, mas a verdade? Estava à espera de mais. Gostei do museu, gostei da interacção dos figurantes com as pessoas, ajudando-as a perceber o ambiente em que estávamos. Gostei da forma como demonstraram o interior de uma embarcação, mas estava à espera de algo mais físico. Talvez pedaços da nossa história, pedaços verdadeiros que me levassem a viajar para uma época em que Portugal era tão importante no mundo. Achei o museu perfeito para miúdos, então para aqueles em que estão na idade de aprender a História de Portugal é simplesmente fantástico. Para mim, achei pouco, talvez por já conhecer a sua história, talvez porque nada do que vi acrescentou algo aos meus conhecimentos, mas ainda assim gostei. Um local perfeito para os miúdos.

Uma tarde diferente numa viagem no tempo que nos faz ter a sensação de que foi impossível de já ter algum dia acontecido.

Quem já lá foi?

 

P.S.: Fotografias de Just Smile.

08
Dez15

Perdida por terras Parisienses

Este foi o ano de uma (única) maravilhosa conquista, a minha viagem a Paris. Já há anos que andava a sonhar com ela, desde que perdi a oportunidade de a conhecer, com a minha madrinha de baptismo. Desde então, Paris esteve sempre nos meus sonhos e objectivos dos últimos anos. Finalmente, este ano, com o objectivo da poupança de dinheiro consegui juntar para realizar este meu sonho sem ter de mexer na minha conta de desempregada (apesar de devido aos últimos acontecimentos em Paris ainda ter ficado na dúvida se devia ou não viajar).IMG_1473.JPG

Apesar de tudo, lá fui eu e Ele para Paris que se mostrou ser muito melhor do que as minhas expectativas. É impossível não ficar com ar de parva a olhar-se para a Torre Eiffel, é impossível ser-se insensível aos encantos do Sena ou à magnificência dos edifícios que ficam nas suas margens. De mapa na mão e mochila às costas lá fomos nós percorrer pelos caminhos de uma das cidades mais românticas do mundo, a Cidade Luz.

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Assim que chegamos a Paris, depois de apanhar uma manifestação no metro por causa da Cimeira do Ambiente e de estar numa fila para comprar bilhetes onde não eram vendidos, dedicamo-nos a visitar a emblemática Torre Eiffel. E assim que chegamos, apercebemo-nos, é melhor do que poderia alguma vez imaginar. Ficamos tanto tempo a olhar para ela que nem nos apercebemos do tempo, é que nem o frio se fazia sentir do tamanho que era o encanto. Nessa mesma noite ainda visitamos a Feira de Natal nos Campos Elísios, cheia de cheiros de Natal, onde acabamos por jantar nada tipicamente Francês (eu comi salsicha alemã e Ele Kebab). As horas passaram e nem demos por isso, quando reparamos já estávamos dentro da torre Eiffel depois de nos termos deliciado com um crepe de chocolate (local onde paguei o café expresso mais caro da minha vida (3,50€)).

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O dia seguinte foi dedicado a museus, porquê? Porque durante as minhas pesquisas e preparações da viagem descobrimos que o primeiro domingo de cada mês tem entrada livre para todos os museus em Paris. Todos nos diziam que não valia a pena, que as filas seriam intermináveis, mas a verdade é que a entrada no Louvre não demorou 20 minutos e a do Muséu de Orsay a mesma coisa. Não sabemos se devido aos últimos acontecimentos em Paris, mas a verdade é que se andava perfeitamente nos museus e as filas desapareceram muito rápido. Nestes gigantes museus (só o Louvre tem 14 km) vimos algumas das mais emblemáticas obras de arte, a Mona Lisa (que é ridiculamente pequena comparado com aquilo que tinha em mente) e o auto-retrato de Van Gogh (mas que bela obra!), mas admito que o que mais me encantou foram os próprios edifícios.

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Depois de um dia a andar de um lado para o outro, de museu para museu, de ala Egípcia para ala Napolitana, ainda tivemos a coragem de ir ver o pôr-do-sol a Montmartre, onde se localiza a Basílica de Sacrê Coeur. A paisagem sobre Paris é simplesmente encantadora e tivemos a sorte de apanhar um pôr-do-sol maravilhoso. Daí partimos para o Moulin Rouge que foi uma desilusão, um edifício pequeno que só sobressai pelas suas inúmeras iluminações numa rua muito movimentada. O dia terminou por aí, mas depois de tantos quilómetros a cama foi o melhor destino para o final da noite. (Neste dia, com os museus de entrada gratuita conseguimos poupar cerca de 60€).

No dia seguinte decidimos ir visitar a Notre Dame, a manhã serviu um bocadinho para pôr o sono em dia (até porque Ele amanhã já regressa ao trabalho) e para descansar as pernas de dois dias intensivos a subir e descer escadas do metro e a caminhar de um lado para o outro da cidade. A imagem de Notre Dame fala por si só, um ar misterioso, gótico com uns vitrais magníficos. Durante o resto do dia decidimos passear por Paris, calma e descontraidamente e aproveitamos para visitar os Jardins de Luxemburgo, revisitar a Torre Eiffel e ainda fazer um cruzeiro no Sena, que apesar de frio nos deu uma perspectiva diferente sobre esta cidade encantadora.

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Mas como se pode falar de Paris e não se falar de doces? Claro que provei alguns, sempre com cuidado e muita contenção devido à minha intolerância à lactose, mas tinha de provar. Os marrons são deliciosos, ainda trouxe alguns, mas fiquei a babar-me na mesma (até porque desapareceram tão rápido como chegaram). Ele não gostou nada da tarte de framboesa, mas eu deliciei-me e só não comi mais porque não podia. O éclair e o crepe foram de chorar por mais, cheios de chocolate e com um sabor tão intenso que durou imenso tempo na minha boca. O croissant? Não vi nada que me deixasse a babar, por isso acabei por não comer nem um, mas compensei com as outras coisas. Outra coisa que vimos muito foram chocolates e mais chocolates, mas fiquei chocada com o preço! Caríssimos! Ao ver tamanhos preços achamos que seriam de comer e chorar por mais, compramos alguns, pouquinhos e quando comemos apercebemo-nos que eram mais olhos que barriga. Eram bons, sim, mas nada de outro mundo. Contudo, fomos muito gulosos e comemos tudo.

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A viagem a Paris terminou esta manhã, mas cheguei a casa com um coração tão cheio que só penso em um dia lá voltar. Os últimos atentados em Paris não deixaram nenhuma sensação de insegurança, as ruas estão cheias de gente e a única coisa que nos faz lembrar tamanha desgraça é a segurança apertada e os militares na esquina de cada edifício. De resto, Paris está cheia de amor, de cheiro a arte, de sabores deliciosos e de um encanto difícil de explicar. Paris será sempre Paris, aconteça o que acontecer e só nestes últimos dias percebi os seus encantos e a sua fama. Paris é simplesmente Paris, mais nenhuma palavra a consegue descrever.

 

"And we always have Paris."  Casablanca, 1942.

 

P.S.: Todas as fotografias são da autoria da Just Smile e Ele.

07
Dez08

Visita ao Serralves

Hoje fui ao Serralves ver a exposição de Juan Muñoz e mal entro na sala de exposições deparo-me com uma imagem que me era reconhecida, 'Eu já vi esta imagem...', disse ao meu irmão enquanto ele lia uma pequena biografia do artista e só depois me lembrei. Em Janeiro eu fui a Londres e fui ao Tate Modern e esta era a exposição que lá estava, mas eu apenas vi a entrada porque o museu londrino é ENORME!

Esta imagem foi tirada em Londres e não no Serralves, isto porque a minha tão querida câmara fotografica deu o berro e de vez! Então, ver aquela imagem inicial fez-me lembrar a minha viagem a Londres com a minha Madrinha, um sonho que já realizei.

Ah! Mas quanto à exposição, adorei!

Esta imagem por exemplo representa um acidente de carro, o homem vê a sua alma elevar-se após um acidente mortifero. Adorei a ideia. Vale mesmo a pena ir lá, aproveite quem poder.

 

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