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justsmile

18
Out23

"Estás mais magra!"

 

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       É a frase que mais tenho ouvido nos últimos tempos. 

      Sempre tive problemas em ganhar peso, sempre fui magra e não foi propriamente por não comer. No entanto, antes de engravidar tinha encontrado o meu peso ideal, estava na minha melhor forma física. Na altura fazia exercício de forma regular e tinha conseguido ganhar massa muscular e estava a conseguir mantê-la. Com a gravidez as coisas começaram a sair dos eixos, mas apenas o que era esperado, aumento de peso, inchaço generalizado (não tivesse eu apanhado um verão extremamente quente) e exercício apenas composto por alongamentos. A obrigação de diminuir o ritmo aos 6 meses de gravidez também fez com que o exercício se torna-se praticamente nulo. Verdade seja dita, nessa altura este aspeto não me preocupava, até porque o que sempre ouvi dizer é que após se ser mãe o nosso corpo não volta a ser como era e que provavelmente ficaria com uma estrutura mais alargada, o que na minha perspetiva não era mau de todo.

         No entanto, após as mudanças de casa (3 meses depois de ter sido mãe) a barriguinha extra que tinha desapareceu totalmente e desde aí que o meu peso tem vindo a diminuir gradualmente. Olho ao espelho e não gosto do que vejo, estou magra, mais do que gostaria e até já procurei ajuda médica para me certificar que não existiria aqui algum problema de saúde. Não há. Tenho noção que em alturas de maior stress (o que aconteceu de forma regular no último meio ano) acabo por perder o apetite e comer o estritamente necessário, mas a verdade é que mesmo fora dessas alturas o meu peso continua a dissipar-se. Acredito que grande parte do meu peso tenha diminuido devido à diminuição de exercício físico, a minha massa muscular desapareceu e ainda não consegui reestabelecer a prática de exercício na minha vida desde que fui mãe. 

         Começa a ser desconfortável comentarem sempre o facto de estar mais magra, sei que é preocupação e que se querem certificar de que me encontro bem de saúde, mas estou cansada de ouvir algo com o qual não me sinto confortável. Não gosto de ser magra, nunca gostei, mas a verdade é que não tenho conseguido melhorar esta minha tendência. Nem sempre o excesso de gordura ou de peso é um problema após se ser mãe, o meu problema é exatamente o oposto. Existirão conselhos por aí?

30
Jan23

O regresso ao trabalho depois de ser mãe

         

(Imagem retirada daqui)

      Depois de ter sido mãe pensar em voltar ao trabalho parecia-me algo irreal, algo que não seria capaz de fazer. Durante quatro meses não quis pensar em regressar ao trabalho, era impensável deixar o meu filho ao cuidado de outra pessoa e acabava por sofrer por antecipação com esses pensamentos. Defendia, e ainda defendo, que a mãe deveria estar o primeiro ano com a criança ou pelo menos seis meses, até porque se a Organização Mundial de Saúde defende a amamentação exclusiva até aos seis meses de idade, porque raio temos de ir trabalhar mais cedo? Durante mais de metade da minha licença achava impossível deixar o meu filho, de forma confortável com outra pessoa, mesmo que fosse o pai (em quem confio a 100% para cuidar dele). Contudo, entre o quarto e o quinto mês algo mudou. O stress provocado pelas mudanças para a nova casa, a ansiedade em deixar a casa organizada, a chuva que não me permitia sair com o pequeno e o facto de não conseguir extrair leite para preparar o meu regresso começou a deitar-me a baixo. Não conseguia relaxar e comecei a sentir-me presa, como até ao momento não tinha sentido. Sentia o peso do mundo nos meus ombros, sentia-me abafada e de cada vez que saía a ansiedade dominava-me. Bati no fundo, senti-me desesperar e nunca, nunca foi por causa do meu filho, foi toda a envolvente e o facto de me sentir dependente de alguém para fazer as minhas coisas (desde o mais básico banho a conseguir arrumar a casa). Sei que não é bonito de se dizer, mas senti-me sufocar. De repente, voltar ao trabalho era o meu maior desejo, precisava de ser algo mais do que mãe, precisava de sair de casa (onde tem sempre coisas para arrumar) e precisava de ter um momento meu, nem que fosse nas viagens de carro para o trabalho. 

          Admito que soou estranho a muita gente o facto de um momento para o outro o meu maior desejo ser regressar ao trabalho, muitos me olharam de lado como se isso fizesse de mim má mãe, e acreditem que até eu própria o cheguei a questionar. Já não bastava não ter conseguido amamentar em exclusivo o meu filho até aos seis meses, como sempre tinha desejado, ainda tinha vontade de o deixar? Mas hoje, na minha terceira semana de trabalho, compreendo que foi o melhor que me aconteceu, pois consigo ser uma melhor mãe para o meu filho. Estranho? Talvez nem tanto, sinto que ao sair de casa, ao ter um outro objectivo que não manter a casa arrumada e cuidar do meu filho, recuperei parte da minha paciência, da minha atenção e da minha leveza. Claro que quero sempre regressar o mais rápido possível a casa, claro que quero receber mensagens do meu marido a dizer que o pequenino está bem, mas a verdade é que este meu regresso era mais do que necessário para a minha saúde mental. 

         Ser mãe é realmente das melhores coisas que me aconteceram na vida, aliás, efectivamente a melhor, mas também das mais desgastante e as condicionantes externas não me ajudaram em nada nos últimos meses. O meu regresso era a minha maior necessidade e sei que o meu filho está bem com o pai, que partilhou a licença comigo. Se o pequeno sentiu a minha ausência? Sem dúvida, durante este tempo todo fui a principal cuidadora e custou-me imenso saber que não pegava no biberão, que não fazia a sesta de manhã porque sentia a minha falta, mas a verdade é que acabou por se habituar e compreender que a mãe regressa sempre. E regressa com um enorme sorriso, com muitos beijinhos para dar e com a capacidade de o colocar acima de todas as tarefas domésticas, que as atrasa até à hora de ele dormir apenas para lhe poder dar toda a atenção que merece.

        Ainda me sinto um ser muito estranho quando me questionam: "Deve-te estar a custar muito o regresso ao trabalho.", mas a verdade é que não. Talvez me vá custar quando não for deixar só com o pai, talvez mais tarde me vá custar mais quando o deixar na creche ou quando ele perceber que estou ausente e chorar, mas agora? Agora agradeço o meu regresso, precisava mesmo disto, de ser Terapeuta da Fala.

17
Jan23

Desejos para 2023 (não objetivos)

       

(Imagem retirada daqui)

      O ano de 2023 chegou há 17 dias e ainda não sei o que pedir para este ano. Volto a não ter objetivos definidos, parece-me estranho. Pelo segundo ano consecutivo não tenho objetivos na minha cabeça para este ano, tenho uma enorme lista de desejos que gostava de conseguir alcançar, nomeadamente, integrar algumas coisas na minha nova rotina, mas não lhes consigo chamar objetivos. Objetivos são coisas pelas quais lutamos e nos focamos, a minha lista de desejos tem coisas mais voláteis que por vezes podem ser cumpridas ou não. São pequenas coisas, pequenos cuidados e pequenos prazeres que gostaria de voltar a incluir na minha vida depois de ter mãe e todos eles são: cuidar de mim.

       Quando me tornei mãe a minha prioridade passou a ser inteiramente o meu filho. Era capaz de passar dias sem ter a minha rotina de pele adequada, passei semanas sem pegar num livro e ainda nem sequer voltei ao tapete (por "tapete" entenda-se yoga). O cabelo passou a ser algo secundário na minha vida, a roupa era sempre a mais confortável e até, admito, que me desleixei na alimentação. Este ano de 2023 quero voltar a cuidar de mim, a conseguir voltar a integrar todas estas coisas na minha rotina. Não porque sou egoísta, não porque sou vaidosa, simplesmente porque preciso. A pele começa a ressentir-se (borbulhas? Já não as tinha há anos!), as costas gritam por yoga e a mente precisa de um bom livro (ainda ando a ler o do Jöel Dicker, as mudanças não ajudaram).  Então o que quero para 2023?

  •         Voltar a fazer yoga;
  •         Voltar a ler com alguma regularidade;
  •         Manter uma rotina de pele;
  •         Tratar deste cabelo.

        Não peço mais nada, peço mesmo conseguir organizar-me de forma a conseguir fazer todas estas coisas que dão suporte à minha sanidade mental. Acredito que todas as mães passem por este processo, não o imagino de outra forma, mas agora que o pequenino começa a crescer está na altura da mãe voltar a ver-se ao espelho, porque sei que ao cuidar de mim estou a passar uma mensagem saudável ao meu filho.

         Não são objetivos, são desejos e a criação de uma nova rotina na minha vida. Vamos a isso 2023?

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