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justsmile

18
Out17

O país dos bons juízes

(Imagem retirada daqui)

 

"Galicia faz manifestações por causa de quatro mortos provocados pelos incêndios.

Portugal perde dezenas de vidas por causa dos incêndios e chora-se."

 

    Esta foi uma das frases que li pelo Facebook nos últimos dias. Apesar de concordar, de quem veio impressionou-me. É de alguém que nunca participou numa manifestação, que nunca fez nada pelo país e que apenas sabe falar mal de Portugal. Veio de alguém que fazia parte dos que choram, dos que vêem as coisas passar, que se queixam e que nada fizeram para melhorar o país. E como esta frase vi tantas outras que acompanham este exemplo. E vindas de tantas outras pessoas que sempre se sentaram no sofá, assistiram às notícias e nada fizeram. De pessoas que nunca souberam o que é participar numa manifestação, de pessoas que nunca levantaram a voz para defenderem os seus ideais na escola, quanto mais agora em adultos. São pessoas que apenas se revoltam e se revolucionam nas redes sociais, pois quando chega a hora de se levantarem no sofá dói-lhes as pernas. Já diziam os Deolinda:

"Agora não, que me dói a barriga...
Agora não, dizem que vai chover...
Agora não, que joga o Benfica...
e eu tenho mais que fazer..."

      Pessoas sempre demasiadas ocupadas para fazerem parte da acção, mas que arranjam sempre dois minutos para deixarem as palavras cheias de ira e de revolta pelas redes sociais. Pessoas que têm sempre uma resposta na ponta da língua, uma solução para qualquer problema e uma sugestão pronta a dar. Por incrível que pareça nunca participaram em actividades voluntárias, nunca fizeram nenhum tipo de cartaz e nem sequer fizeram por melhorar o local onde vivem, quanto mais o país. Mas são pessoas sempre cheias de ideias, de argumentação e de soluções! Hoje, são bons juízes das redes sociais. Hoje sabem dar as sentenças a quem surge, sabem dizer qual o problema e sabem como o resolver, mas meter as mãos na massa? Isso que sejam os outros, pois a parte deles, que era apontar, já foi feita.

      Hoje é esta a minha visão do povo português. Sempre prontos para a palavra, que cada vez mais perde o seu 'dom'. Sempre prontos para chorar as desgraçadas e criar a confusão nas redes sociais. Mas e a acção? Já participei em manifestações. Já fiz cartazes. Já levantei a voz sozinha quando achei necessário. Já fiz voluntariado. Já fiz parte de muita coisa na minha terra. E vocês? O que fizeram para melhorar o nosso país? É que falar, de pouco serve. Criticar não muda, senão mudarmos.

 

10
Out16

Isto dos Táxis vs Uber já chateia!

(Imagem retirada daqui)

 

Esta história dos taxistas contra a Uber já começa a atingir o ridículo da coisa. Aliás, acho a situação toda em si absolutamente ridícula e as imagens que têm passado de situações de violência contra seja quem for, clientes ou trabalhadores da Uber, começa a atingir o limite da paciência de qualquer pessoa (já para não falar do bom senso).

Vamos lá pôr uns pontos nos i’s. Existe mais que uma companhia de telecomunicações, certo? Existe mais que uma empresa de produção de electricidade ou pelo menos na sua comercialização, certo? Existe até uma enorme variedade de empresas de transportes públicos, certo? Então porque raio não haverá de haver concorrência para com os taxistas?

Os taxistas durante ano e anos viveram bem (bem, como quem diz, dentro das possibilidades), mas nunca tinham tido ninguém que lhes fizesse frente com um negócio inovador, prático e com custos semelhantes. Durante anos enganaram pessoas a aumentar os quilómetros, a fazerem trocos ou até com a pura antipatia (não tenho boas experiências com taxistas). Basta entrar e alapar o rabo num banco de táxi que pagamos logo uma taxa. Agora que surgiram empresas inovadoras, que utilizam a tecnologia como recurso e que mantêm um serviço de qualidade é que começam a sentirem-se ameaçados. Falamos dos mesmos taxistas que querem aumentar os valores em épocas como o Natal e as férias (como se nessas alturas também nos aumentassem os ordenados). Lamento, mas acho tudo demasiado ridículo e longe do bom senso. Concordo em defendermos os nossos direitos, não concordo em que por ter surgido concorrência, como existe em tudo na vida, se façam as coisas que se têm feito. E tudo isto? Todas estas manifestações, todos estes actos de violência e de imagens animalescas que passam só me fazem pensar: os taxistas estão a perder clientes com tais atitudes.

Lamento senhores taxistas, mas mexam-se, acompanhem a evolução do mundo e tal como em tudo, há concorrência, mas quê? Querem ser únicos?

Arre que já não há paciência!

23
Mai16

Estou cansada das manifes dos colégios privados!

(Imagem retirada daqui)

 

Juro que tenho evitado falar no assunto, mas juro por tudo o que me dá paciência e bom senso, mas tem sido um abuso destas notícias e da argumentação desta gente que defende com unhas e dentes os colégios privados. Aqui na minha zona, as manifestações têm sido notícia quase todos os dias desde que se falou nos cortes que os colégios privados levarão do estado. Vamos fazer aqui um ponto da situação: estamos em crise, certo? O ensino público tem levado cortes a torto e a direito, aumentado turmas, diminuído professores, reduzido actividades, certo? O ensino privado conseguia receber por turma mais do que o ensino público, certo? Privado, supostamente é definido como autónomo e auto-suficiente no que toca à sua gestão, mesmo recebendo apoios do estado, certo? E volto a referir, estamos em crise, certo?

Então expliquem-me qual o alarido de tudo isto! Funcionários irão perder o seu trabalho, é realmente uma pena e só aumentará a nossa taxa de desemprego, mas vejamos, se a própria função pública teve que levar inúmeros cortes, porque raio o privado não terá igualmente de levar? Principalmente quando todo esse dinheiro vem do sector público! O pior nem é este tipo de argumentação, pior ainda são as argumentações do género 'eu tenho o direito de escolher a escola para o meu filho', 'nós queremos ensino de qualidade para os nossos filhos', e eu concordo plenamente com isto, mas que para isso paguem por isso como toda a gente. Admito que sou um bocadinho contra estas políticas da igualdade quando o acesso não é igualitário, até porque eu própria em certa altura da minha vida gostava de ter recorrido ao ensino privado, mas como não tinha possibilidades económicas tive de lutar no ensino público. Por isso, porque deverão os outros serem melhores do que 80% das crianças que frequentam o ensino público? Também essas não deveriam ter todos esses direitos? Ou seremos sempre considerados como 'burros' porque simplesmente frequentamos o ensino público?

Minha boa gente, vamos assentar os pés na terra. Vamos ganhar um bocadinho de bom senso, sim?

 

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