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justsmile

21
Fev18

Ultimamente...

(Imagem retirada daqui)

 

       Ando cansada. Cansada mais fisicamente que até psicologicamente (apesar de o melhor mesmo é não pensar muito no assunto). Desde que o ano se iniciou que a minha saúde tem andado fragilizada e o sistema médico não me tem ajudado em nada, rigorosamente nada. Terminei o ano com umas valentes dores de garganta e comecei a primeira semana do ano novo a ir ao médico. Após uma receita de medicação demasiado básica, acreditei que não iria servir para nada. Bingo! Passadas nem duas semanas estava lá novamente para uma nova consulta e cheia de dores de garganta. Só nesta segunda ida ao médico, em que afirmei que esperava lá não voltar lá tão cedo, não imaginei que em Fevereiro repetisse a proeza.

       De dores de garganta passei para problemas intestinais, novamente. Entre Novembro e Fevereiro é a terceira vez que tenho uma crise enorme, de me deitar fisicamente a baixo (apesar de tentar nunca faltar a este emprego). Achando que bastava, ontem fui novamente ao médico, ainda nem dois meses o ano tem e já fui parar três vezes à sala de espera do posto médico da minha área de residência. Partilhei a minha história e a primeira coisa que a médica me diz, sem sequer ter ainda olhado para o meu rosto, "mas se é recorrente, isso tem de ser com a médica de família, eu não posso fazer nada.". Comecei logo a fervilhar um bocadinho por dentro, mas mantive-me calada, até porque tinha tentado marcar consulta com a médica de família, que não estava, e pensei se seria possível marcar uma crise destas para daqui a dois meses quanto teria uma vaga para consulta com a mesma. Calei-me e segui a doutora que me levou até à sala de enfermagem, que me deu uma injecção (mesmo à carniceira que hoje tenho o braço todo dorido!), e deixou-me ali deitada durante vinte minutos sem aparecer. Já a ficar sem paciência, ainda sem saber como estava a urina, fui atrás da médica. Estava agradavelmente a conversar com a sua estagiária e quando me vê questiona-me se já não tenho dores. "Tenho.", ficou a olhar para mim admirada, como se o seu diagnóstico tivesse falhado, mas afirma que me ia sentir melhor e que me dava a receita para dar exactamente a mesma medicação oralmente, isso e um protector gástrico, ao que ainda afirmei que se calhar precisava era de algo para regular o intestino, mas não, a senhora achava mesmo que era estômago. Respirei e ainda perguntei como tinha sido o resultado da urina "Ah, não fiz, já me esquecia, vamos lá ver!". Ao fim de quase duas horas, depois de uma hora de trabalho perdido que ninguém me paga, depois de uma injecção que ainda hoje me dói o braço e no fim ainda continuar com dores, vim-me embora com uma frustração tremenda. Com a sensação de que não fui ouvida, com a sensação de que o diagnóstico saiu todo ao lado e com a sensação de que fui totalmente ignorada. O mais giro? Ainda me questionou se não seria uma crise de lactose, ao que respondi prontamente que não, que as crises de lactose são bem mais fortes que aquelas, mas ainda ficou a olhar para mim com ar de dúvida. A minha mãe tem uma justificação para tamanha frustração e, infelizmente, vou ter de concordar com ela, o meu problema é saber demasiado. Se não fosse da área da saúde, se não percebesse nada do corpo humano e de como funciona, a verdade é que vinha feliz e contente do posto médico com a medicação que a "sô dôtora" tinha dado.

       Estou cansada, ultimamente ando desconfortável, cansada e sempre com receio de comer as coisas que quero. Não tenho conseguido manter a rotina de ida à piscina que tanto quero porque ando fisicamente debilitada. Não sei se é o cansaço que me tem deitado a baixo, se é inconscientemente o stress, a frustração profissional ou o facto de ter tanta coisa na minha cabeça. Estou cansada de ir ao médico e de não obter resultado nenhum e de nem valorizarem as nossas queixas, eu que só vou quando realmente compreendo que preciso de ajuda. Ultimamente ando mesmo cansada, tenho imensa coisa que me traz felicidade, tenho-me aguentado bem com os problemas e com as decisões, mas quando mexe com a saúde parece que tudo o resto fica mais cinzento. Arre para a minha sorte!

20
Nov17

Como sair frustrada de uma consulta

(Imagem retirada daqui)

 

      Como já vos falei sou uma pessoa com uma pele extremamente sensível. Existem vários produtos no supermercado que me fazem ter reacções alérgicas, desde comichão na pele, vermelhões, pequenos pontos sebáceos, nada grave, mas sempre bastante incomodativo. Sou a pessoa que não pode usar um creme qualquer que tem logo algum tipo de reacção, sou a pessoa que faz reacção às giletes e que até a alguns tipo de sabonete. Desde que comecei a trabalhar que decidi que só colocaria no meu rosto, parte mais sensível, produtos aconselhados pelo dermatologista. A minha primeira consulta foi há quatro anos e desde então que tinha mantido o mesmo creme e a mesma solução de lavagem, no entanto nos últimos tempos notei que a eficácia do creme estava a diminuir e que a minha pele ficava ao fim de algumas horas muito (e quando digo muito é mesmo muito, ao ponto dos óculos me escorregarem pelo nariz) oleosa. Com o creme a terminar decidi marcar consulta no privado utilizando o meu plano de saúde e obtendo a consulta a 50% do seu valor cobrado. No ano passado tinha repetido a proeza porque queria fazer um tratamento medicamentoso para diminuir a oleosidade da pele, mas como o meu primeiro médico não tinha compatibilidade de horários, decidi escolher outro médico e este ano pedi a consulta para este segundo médico. Na última vez que tinha estado com ele pediu-me para manter os cremes e apenas fiz o tratamento de três meses do qual fiquei minimamente satisfeita (notei alguns efeitos, mas nada de especial).

      Assim, num destes dias depois do trabalho voltei a ver o médico que há um ano me tinha atendido. Lá perguntou o que queria e respondi que o meu creme hidratante já não estava a surtir efeito e que se calhar precisava de mudar. Questionou se queria fazer novamente o tratamento do ano anterior, o qual declinei devido a andar a fazer a depilação a laser (um milagre há muito desejado!). Olhou para mim, aproximou-se da minha pele e apenas disse:

      - Vai deixar de usar os produtos. - Ok, até aqui percebi, afinal tinha sido para isso que lá tinha ido.

      - Sim, e agora o que vou fazer? 

      - Usa maquilhagem? - questionou-me, ao que respondi que não. Que tinha tanto receio de ter reacções aos produtos que raramente usava maquilhagem. - É uma pena, mas vou receitar-lhe um fixador. O ideal é usar por cima da maquilhagem.

      - Mas eu não uso maquilhagem... - a primeira coisa que me passou pela cabeça é que realmente sou muito feia, para ele insistir tanto para ter de usar maquilhagem.

      - Não tem mal, pode usar mesmo sem maquilhagem. Mas o ideal era com maquilhagem. - insiste ele novamente.

      - Mas deixo de usar a solução de lavagem e o hidratante? - volto novamente a questionar, não fosse ele não ter percebido a minha insistência à primeira.

      - Deixa tudo, lava só com água o rosto e coloca o fixador. É suficiente para hidratar a sua pele. - fiquei calada, a olhar para ele com ar de quem pensa 'não acredito nisto!' - Tem mais alguma pergunta? - Levantei-me e comecei a preparar-me para sair.

      - Não, obrigada. Boa noite!

    Saí da consulta sem saber o que se tinha passado. Ok, não sou dermatologista e nem sequer percebo nada de maquilhagem, mas aquela consulta parecia-me simplesmente surreal. O que só piorou quando fui pagar a maldita e me informaram que as consultas tinham aumentado o preço em Maio! Frustrada, irritada e com a carteira bem mais leve, a caminho de casa parei na Farmácia e expliquei da forma mais sincera possível a minha última consulta, pedindo no fim a opinião da farmacêutica. Naquele momento, depois de ter gasto uma pequena fortuna numa consulta da treta de dez minutos, não me apetecia nada gastar o mesmo valor num produto que não serviria para nada. 

      - E não deu nenhum creme? - nego mostrando a receita médica. - E mandou retirar a solução de lavagem? - volto a confirmar. - Eu não quero ir contra ao que o médico disse, mas realmente não consigo compreender, principalmente se não usa maquilhagem. - volta a olhar para mim e a confirmar a minha cara de incrédula.

      - Se estivesse no meu caso que produtos sugeria? - E lá foi ela mostrar-me uns quantos produtos e explicou-me tudo sobre cada um deles e porque seriam adequados. Indicou-me o preço e referiu as palavras que queria ouvir, à base de produtos naturais para eu não ter reacções alérgicas. Depois de uma consulta que me custou uma fortuna, depois de dez minutos de frustração com um dermatologista que me pareceu pouco interessado em resolver o meu problema, saí da Farmácia com nada do que ele me receitou. Saí com um champô e um Sérum hidratante num valor inferior ao da consulta e hoje, ao fim de quase um mês de utilização dos produtos, estou bastante satisfeita com o resultado. Finalmente o meu cabelo parece estar a secar. Finalmente o Sérum parece ser o indicado para a minha pele e sabem que mais? A solução de lavagem manteve-se e estou realmente satisfeita com o produto. Fui gastar 45€ numa consulta, que sem plano de saúde seria 90€, para rigorosamente NADA. Cheguei a casa frustrada, irritada, mas pelo menos até agora pareço ter encontrado a solução para os meus problemas, apenas não no dermatologista, mas na Farmácia.

       Ai que dinheirinho mais mal gasto! Ai os meus 45€! Quem mais já teve destas situações?

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