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justsmile

14
Set21

Nº44 Um Estranho Misterioso (2/12)

(Imagem retirada daqui)

       Não conhecia a escrita de Mark Twain, conhecia o nome e já o tinha ouvido como uma referência de escrita, mas a verdade é que nunca tinha lido um livro dele. É claro que todos conhecemos uma das suas personagens mais conhecidas, Tom Sawyer, mas pouco mais sabia sobre o autor. Até que meti na cabeça que teria de ler mais um autor clássico e lá fui eu, em busca de um novo livro. Não sabia bem o que esperar, mas de olhos bem abertos lá comecei a ler este livro do autor.

        A escrita é uma mistura de fantasia com factos reais da época, uma mistura de conceitos religiosos com conceitos de feitiçaria, em que Nº44 (este é mesmo o seu nome) entra num castelo onde todos são estranhos, mas ele é a personagem mais misteriosa de sempre. É um livro um tanto ou quanto confuso, admito, talvez até porque demorei uma eternidade a terminá-lo (não estará isso a acontecer com todos os livros que leio este ano?). O livro não me captou a atenção suficiente para o querer devorar, contudo não desgostei do livro. Gostei desta mistura de fantasia com realidade, de preconceitos com magia, de ficção com acção. 

          Não é um livro pelo qual me tenha apaixonado, mas não me arrependo de o ter lido.

06
Set21

Feira do Livro do Porto: E o Covid-19?

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       Como manda a tradição aqui de casa, este ano voltamos à Feira do Livro do Porto.  No últimos anos temos ido sempre no primeiro fim-de-semana da Feira, por uma simples razão, conseguir comprar os melhores livros em segunda-mão nos alfarrabistas. Nos últimos anos tenho encontrado verdadeiras pechinchas a bons preços, tenho vindo sempre com uma sacada de livros a bons preços, apenas porque vou nos primeiros dias da Feira. Este ano achei que iria acontecer exactamente a mesma coisa, mas errei

       No ano passado, quando fui à Feira do Livro do Porto, admito que estava receosa, era o primeiro evento com muita gente que ia desde a presença do Covid-19 nas nossas vidas, mas correu tudo tão bem que achei que este ano ainda fosse sentir-me mais à vontade, afinal as regras tem vindo a ser diminuídas com o tempo e eu tenho tentado implementar na minha vida alguma normalidade. BIG MISTAKE! Fomos no primeiro sábado da Feira, por norma não costuma ter muita gente de tarde e ao final da tarde (mesmo em tempos considerados normais), mas o nosso erro foi considerar que as coisas iriam estar iguais ao ano passado ou a uma 'época de normalidade' anterior. A verdade é que estava imensa gente. Na entrada vimos o limite máximo de 1000 pessoas no espaço e entramos imediatamente, achando que iríamos encontrar a tranquilidade que conhecíamos, mas não. Estava imensa gente, quando digo imensa refiro-me a mesmo muitas pessoas nos espaços e bancadas de livros. Tentamos começar o nosso percurso, mas em qualquer espaço as normas de distanciamento, de percurso e até de educação não estavam a ser mantidas. Era praticamente impossível chegar às bancas, mesmo daquelas editoras tão pouco conhecidas, e quando chegávamos existiam encontrões e uma falta de respeito enorme. As setas no chão para a direcção pouco eram respeitadas e mesmo ao tentarmos pagar as pessoas não se mexiam, fosse para chegarmos ao vendedor, ou até para pormos o código de multibanco.

       Ao fim de quatro bancadas, uma tentativa inútil de ver livros nos alfarrabistas e com poucas compras desistimos. A confusão de pessoas, os empurrões e a falta de respeito começou a desenvolver em mim uma ansiedade que me provocou dores de cabeça (e não tenho dores de cabeça com frequência). Ou sou eu que já não sei estar no meio de tanta gente, provavelmente também é verdade, ou as pessoas perderam totalmente a noção do que são as boas regras de educação e cidadania. Não sei se era por estar mau tempo para as pessoas irem para a praia, se por ser o final do mês, se os últimos dias de férias de alguns por que a li passavam ou até se a pandemia levou tanta gente a começar a ler, mas a verdade é que nunca, NUNCA tinha visto tanta gente numa Feira do Livro. De uma forma a despachar os livros do dia que tinha visto no Facebook da Feira, dirigi-me às duas editoras que procurava e vim-me embora. 

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        Nunca tinha trazido tão poucos livros da Feira do Livro e só dois deles foram realmente a um bom preço, os outros vieram porque me chamaram à atenção e por pura "gula", até porque nem tive oportunidade de procurar as minhas pechinchas de 5€. "A Amiga Genial" e "A Arte Subtil de Saber Dizer que se F*da" já há algum tempo que os desejava e estavam como livro do dia nas suas editoras (se virem bem aqui só estão duas editoras) e por isso foram uma boa poupança, mas tirando isso não aproveitei rigorosamente nada. Uma das coisas que mais gosto de fazer na Feira do Livro é encontrar essas pechinchas, passar por todas as bancas, conhecer novos autores, mas a verdade é que não encontrei nem vi nada, simplesmente porque não tive a oportunidade.

      Se poderia voltar à Feira? Poderia, mas senti-me tão desconfortável (e Ele também) que ao fim de uma hora viemos embora, desiludidos e sem vontade de voltar a repetir a proeza. Por momentos, se não fossem as máscaras, pensava que o Covid-19 tinha totalmente desaparecido, que em seu lugar tinha apenas ficado um egoísmo que esqueceu as regras básicas da boa educação e que me impediu de dar um dos passeios que mais gosto, percorrer a Feira do Livro. Ao vir embora vimos que a Feira tinha fechado a entrada devido a ter enchido a totalidade de pessoas no espaço, a fila já era enorme para entrar e eu só pensava em quantas pessoas se teriam arrependido de lá pôr os pés, tal como eu.

        Para o ano haverá mais Feira do Livro do Porto, certamente, só espero que compense a desilusão deste ano.

20
Jul21

A Cidade de Vapor (1/12)

(Imagem retirada daqui)

       As leituras de 2021 estão a ser uma verdadeira desgraça, não tenho sequer tocado nos livros a não ser para lhes limpar o pó. O tempo tem andado escasso, mas a verdade é que não tenho tido vontade nem paciência para ler. Não sei se isso será positivo ou não, se será algo temporário, mas a verdade é que tenho ainda uns quantos livros na estante, que comprei no ano passado, e que ainda não lhes toquei. Consequências da vida, do tempo ou de outra coisa qualquer, mas a verdade é que estamos em julho de 2021 e apenas li um livro. Um único livro. E qual foi? A Cidade a Vapor de Carlos Ruiz Zafón, um dos meus autores preferidos. "E que achaste do livro, Just?", perguntam vocês.

      Zafón habituou-me a uma leitura cheia de acção, com aquela pontadinha de romance que tanto gosto. De uma linha de escrita que só dá vontade de continuar a ler a cada página que viramos e eu sabendo que este era um livro de contos sabia que isso não poderia acontecer, ainda assim li com as expectativas demasiado elevadas. Este é um livro agradável de se ler, mas só isso, sem aquela ansiedade que tanto gosto, sem aquela vontade de devorar o livro de uma só vez. É um livro levezinho em que se detona a escrita do Zafón, que se nota a sua evolução para o que conhecemos hoje, mas não é uma obra de génio, mas nem era isso que se esperava. 

        Este livro é uma compilação de vários contos escritos de Zafón, alguns bastante pequeninos, outros um tanto ou quanto confusos, mas todos eles com a magia mística que tanto caracterização a escrita deste autor que nos deixou há pouco tempo. É a magia do impossível que tanto nos prende aos livros do autor, é a linha ténue entre a possível realidade e o místico que tanto encanto dão à sua escrita e é com uma facilidade enorme que qualquer pessoa se apaixona pela escrita de Zafón.

         É um livro simples, leve, mas que realmente nos traz um bocadinho de Zafón de volta.

 

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