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justsmile

19
Fev20

5 anos depois, voltamos a estar aqui...

          Já cinco anos passaram desde a última vez que decidi enviar uma carta para o meu Futuro Eu. Na segunda-feira, no dia em que completei 29 anos, recebi as palavras que escrevi em 2015. É uma espécie de sensação surreal, ler algo com tanto tempo, com tantas perguntas e dirigido à minha pessoa. Vejo que o tempo me trouxe algumas respostas, muitas concretizações, mas foi ao ler a carta que escrevi a mim própria em 2015 que me apercebo de tudo o que alcancei. O tempo passou rápido, demasiado rápido, e vejo quanto tudo mudou e quanto consegui concretizar.

      "Mas e que é feito de ti? Se há cinco anos atrás pretendias acabar o curso, que pretendes tu daqui a cinco anos? Será que te casaste com o Ele, como planeavas? E a casa? Ficaste com a da tua avó, ou tiveste mesmo de fazer obras na casa dele? Filhos? Tens conseguido escapar-te disso? E o trabalho? Conseguiste alguma vez trabalhar numa escola como querias, ou ainda andas de clínica em clínica e gabinete em gabinete? E o mestrado? Ainda andas a adiar esse objectivo por causa das condições financeiras? Viagens, quantas fizeste? A última que fizeste foi a Madrid em 2014. Diz-me apenas que saíste de casa e que te casaste, diz-me apenas isso e já me dou por feliz."

          A vida mudou realmente nos últimos cinco anos, coisas que nem eu sabia que estavam tão bem definidas na minha cabeça foram alcançadas e outras totalmente alteradas. Casei-me com Ele, não fiquei com a casa da minha avó mas em alternativa compramos um terreno e não fizemos obras na casa da mãe d'Ele. Filhos, ainda me consigo escapar (não com tanta facilidade, mas consigo) e sim, consegui trabalhar em escolas, tal como sempre desejei. Passei alguns tormentos antes, mas estou nas escolas como há cinco anos achava que não era possível. O mestrado continua a ser indefinidamente adiado, mas pelo menos já visitei a França, Holanda, México e Marrocos! Saí de casa e estou casada, por isso alcancei dois dos meus grandes objectivos nos últimos cinco anos.

      "Agora estás completamente apaixonada por Ele e só queres passar todo o tempo com ele, não o admites facilmente, mas realmente não consegues imaginar uma vida sem ele de tanto que é o teu amor por ele. " E nada disso mudou, continuo a não o admitir com leveza, mas continuo sem imaginar a minha vida sem Ele e entre nós nada e tudo mudou, mas tudo para melhor.

        "E os teus irmãos? Já te deram mais sobrinhos? De momento tens três, que daqui a 5 anos devem estar enormes! E ainda tens o Polo de 98? E o computador? É aquele branquinho do ano em que começaste a trabalhar em Gaia? A M. já tem mais que um filho? Que estranho que é ter estes pensamentos agora… E amigos? Com quem convives mais agora? É ainda a S. e a R., ou ainda estás mais isolada do que neste momento?" Continuo a ter três sobrinhos e estão realmente enormes. O Polinho de 98 continua e que dure muito tempo! E sim, o computador continua a ser o Branquinho e a M. já tem mais um bebé. A S. saiu da minha vida desde o dia em que não foi ao meu casamento e a R. continua na minha vida, mas com menos frequência do que gostava. As coisas alteraram, os grupos de amigos foi-se alterando gradualmente, sem dramas, mas a vida proporcionou essas transformações.

        "Espero que continues a apreciar as pequenas coisas como o tens feito até agora, acredita que é isso que não te deixa ir a baixo em momentos difíceis e que te traz felicidade (isso e Ele, claro!). Não te alteres por ninguém, cresce mas sempre para melhor." E continuei, nem sempre foi fácil, mas aprendi ainda mais a gostar das coisas simples e dos momentos para mim mesma. Cresci, imenso, e sinto-me orgulhosa por isso. Estes cinco anos passaram a voar, tanta coisa se transformou, tantos sítios por onde passei e tantas pessoas que entraram e sairam da minha vida. Mas sorrio, imenso, a estes últimos cinco anos e ao ler esta carta, apercebi-me que conquistei tanta coisa que desejava e nem me tinha apercebido disso. Pelo menos até hoje. Hoje estou grata por esta carta.

P.S.: A última carta que recebi foi em 2015 e aqui está ela.

21
Jan19

Da falta de educação

(Imagem retirada daqui)

        Pela primeira vez na minha vida profissional estou a trabalhar em contexto escolar, ou seja, vou às escolas dar Terapia aos miúdos que têm dificuldades de aprendizagem. Antes disso já tinha trabalhado com crianças em idade escolar, mas em contexto de gabinete, o que nos tapa a vista a uma realidade que tem sido um bocadinho assustadora para mim. Ao longo dos últimos anos como Terapeuta da Fala, que não são muitos (admito) tenho verificado que o comportamento da maioria das crianças (não vou generalizar, porque há sempre agradáveis excepções) tem modificação de uma forma extremamente negativa. Eu, sem ser mãe, sei que estou aqui a colocar-me a jeito para levar uma chibatada de todos os pais e mães que irão ler este texto, mas venham de lá elas!

         Tenho visto a evolução do comportamento das crianças de perto, seja em contexto clínico ou em contexto escolar, mas admito que se tem tornado um bocadinho mais assustador no segundo ambiente, talvez por ser o contexto natural da maioria das crianças. Os comportamentos das crianças têm sido cada vez mais agressivos, cada vez mais egocêntricos e sem nenhum tipo de respeito pela autoridade, aliás, acredito perfeitamente que nem percebam o conceito "autoridade". Quando era miúda era impensável contradizer a professora ou dar um pequeno 'piu' depois de um grito, hoje? Hoje a professora pode berrar o que quiser para os miúdos se sentarem e estarem calados que haverá sempre algum com a vontade de contradizer ou simplesmente ignorar tais ordens. E o comportamento contrário da professora, de calar-se e observar, está longe de ter um efeito. Já para não falar da hipótese de os miúdos dizerem "estou no meu direito de falar" (e sim, já ouvi estas palavras). As crianças estão cada vez mais focadas em si próprias e em seguirem as suas próprias regras, se elas existirem, em vez de ouvir um adulto ou sequer fazer o que ele diz. Vejo a luta diária dos professores e vejo os seus desesperos em pleno ensino primário! Contudo, já não é só na sala que isso acontece. É difícil controlar os seus comportamentos no intervalo, em sessões de Terapia comigo o desafio também tem aumentado de uma forma significativa.

        O comportamento das crianças tem sido uma coisa que me tem preocupado, vejo naquelas crianças um futuro adulto sem qualquer tipo de responsabilidades e a considerar que o mundo deve girar à sua volta. A educação, antes de vir da escola, tem de vir de casa e é isso que se tem perdido ao longo dos anos. Os pais não gostam de contradizer as crianças e aguentar uma birra é bem mais complicado do que entregar um telemóvel para acalmar qualquer tipo de contrariedade. As crianças não sabem lidar com a frustração, não só com as pessoas, com os próprios aparelhos tecnológicos e mudar de actividade é bem mais simples do que voltar a tentar e voltar a errar. Estão a ser criadas crianças sem responsabilidade, que se centram em si próprias e que não sabem ouvir um "não". Que futuro poderemos nós ter com estas crianças?

21
Jan16

Estás apaixonada quando...

(Imagem retirada da Internet)

 

... acordas e adormeces a pensar na mesma pessoa.

... é a primeira pessoa a quem queres dar uma notícia boa ou má.

... é a primeira pessoa que te lembras para te ir buscar ao trabalho, ou mudar o pneu do carro.

... só queres que chegue a hora de estar com a tal pessoa.

... olhas infinitamente para o telemóvel a ver se tens alguma notícia sua.

... não imaginas uma vida sem essa pessoa.

... tens saudades a torto e a direito.

... te vais deitar e te falta aquele beijo de boa noite.

... estás a fazer algo completamente banal e te lembras dessa pessoa.

... estás a ver algo e gostavas que a tal pessoa estivesse ali ao teu lado.

... estás com os teus amigos e a conversa fosse facilmente para o seu nome.

... queres que todas as tuas aventuras sejam com essa pessoa.

... só consegues pensar numa vida a dois.

 

E Ele faz-me sentir e pensar tudo isto, por isso o meu diagnóstico é simples, estou realmente apaixonada. E vocês?

 

 

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