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justsmile

27
Jan21

The Minimalists: Less Is Now

(Imagem retirada daqui)

        Já há alguns anos que vi pela primeira vez o documentário de Joshua e Ryan Minimalism: A Documentary about the important things. Este documentário, na altura, estimulou ainda mais a minha vontade de um estilo de vida minimalista. Já tinha entrado neste conceito há algum tempo, mas na altura veio apenas reforçar que a felicidade não está nas coisas que adquiridos, mas naquilo que fazemos com as nossas prioridades e com as nossas experiências. Lembro-me que na altura ainda não se falava muito de minimalismo e ver este documentário foi uma espécie de lufada de ar fresco, para uma nova realidade que tanto ambicionava.

          Este novo documentário mostrou-me a nova maturidade destes dois minimalistas. No primeiro documentário eles tinham chegado a um ponto em que realmente tinham nas suas posses as coisa mais básicas, dois pratos, dois talheres, 5 t-shirts (estou a inventar que não me recordo de números, mas sei que eram poucos), neste momento conseguiram equilibrar o minimalismo com uma vida familiar que exige muito mais. As suas casas já não estavam tão despidas, demonstrando o conforto minimalista que tanto ambiciono para a minha casa. Já não tinham só 2 pratos, já estavam preparados para receberem amigos, mas sem nada de extremos. Notei nestes dois colegas uma maturidade acrescida quanto ao conceito do minimalismo, reforçando a ideia de que para ser feliz não precisamos de muito, não precisamos de não ter quase nada, mas de encontrar esse equilíbrio tão difícil que simplesmente dê resposta às nossas necessidades.

         Less is now, vem demonstrar às pessoas que a premissa de que com mais somos felizes está errada. Que a felicidade tem de partir de nós próprios e não daquilo que adquirimos e a história de Joshua e Ryan demonstra isso mesmo. Ao longo deste documentários, ambos focam-se mais na sua história pessoal, na sua infância e de como ambos viveram com pouco, mas como conseguiam ser felizes. E é ao irmos buscar esta última premissa que conseguimos compreender que a felicidade está em tantas outras coisas, que não objectos e posses. Este documentário relembra a importância de sermos críticos perante a sociedade e não seguir tudo o que as publicidades e o marketing nos diz, que não necessitamos do último gadget da moda para sorrirmos, que não precisamos do carro mais estiloso para nos sentirmos tranquilos e que andarmos em busca de felicidade de coisa em coisa não nos faz alcançar rigorosamente nada.

        Este novo comentário dos minimalistas veio apenas demonstar o que já sei, mas acho que vale a pena ver. Toda a gente o deveria ver, principalmente nos dias que correm poderá ajudar a encontrar algum aconchego.

 

11
Fev19

The True Cost

(Imagem retirada daqui)

         Já há muito que sabia da exploração que o mercado do vestuário cria por todo o mundo e até da escravidão. Sabia até que as nossas roupas são cada vez mais poluentes e cada vez menos 'saudáveis', mas uma coisa é termos uma noção superficial sobre esses factos e outra completamente diferente é vê-los no mundo. Durante a minha gripe, graças à companhia milagrosa da Netflix que cada vez mais vale o dinheiro que pago, consegui ver este documentário que me abriu ainda mais os olhos para o mundo.

        The True Cost é um documentário que nos faz ver a realidade do mercado de produção de vestuário de grandes marcas mundiais, desde Zara a Primark e até marcas mais dispendiosas. É um documentário sobre como essas roupas são confeccionadas e por quem e com que custos. A maioria das roupas que vemos nessas lojas são produzidas no Bangladesh, mas são confeccionadas em condições desumanas, com ordenados irrisórios e por pessoas que não encontram outras alternativas para sobreviverem. E nós? Nós compramos essa roupa a 5€ e achamos um fenómeno, não vemos e nem pensamos é nos rostos das pessoas que nos coseram essa roupa. E esses? Esses são rostos infelizes, esgotados da vida e a quem não dão as mínimas condições de trabalho.

       Desde que me dediquei ao minimalismo e ao zero desperdício (que ainda estou longe de alcançar os objectivos deste último) que a minha forma de ver a roupa mudou drasticamente. O meu armário é limitado, não é um tradicional armário cápsula e nem tem só tons neutros, mas tem funcionado para mim e para as minhas necessidades. Neste meu armário só entra roupa nova quando é para substituir alguma peça de roupa ou algo que ainda não esteja bem abastecido às minhas necessidades, tirando isso não entra roupa nova neste armário. Algo que mudou nos últimos dois anos na minha forma de comprar roupa? A qualidade, evito comprar roupa descartável que me durará menos de um ano, como tenho comprado menos roupa tenho estado disposta a pagar mais por essa roupa, o que eleva a qualidade e diminui o meu desperdício, pois umas calças em vez de durarem um ano, duram-me três ou quatro. E nisto tenho sido transversal, as blusas, as camisas, as calças e até os soutiens têm sido comprados com uma maior consciencialização de qualidade-durabilidade. Claro que o lado financeiro pesa e só perdi a cabeça com a carteira da Bimba Y Lola, mas como a quantidade que compro é maior, ao fazer contas, os gastos em roupa têm compensado pela durabilidade que têm tido. Também comecei há uns tempos a ver a composição da roupa, mas nesse aspecto ainda não consegui melhorar, muitas vezes o preço não me traz as sensação de durabilidade e acabo por não comprar nada mais ecológico. O que ainda não me tinha preocupado? O local de confecção das roupas. No entanto, depois de ver as reais condições dos trabalhadores têxteis de onde vem a maioria da nossa roupa há algo mais que me irá preocupar, o local de confecção. Não posso compactuar com um mundo tão cruel onde as grandes marcas de roupa têm cada vez mais margem de lucro e que não o usam para com os seus trabalhadores. Eu torno-me também numa criminosa ao comprar roupas feitas por crianças e com condições desumanas. Todos nós, acabamos por ser culpados por toda esta desgraça que a fast-fashion tem criado nos últimos anos e isso não tira a culpabilidade de cima dos nossos ombros.

       A partir daquele documentário, não prometo não comprar, mas prometo estar mais consciente para esta realidade que é o mundo da confecção das nossas roupas e evitar ao máximo comprar roupas confeccionadas em países que não protegem o ser humano. Preciso de estar atenta ao preço da roupa, mas também ao às vidas que na produção dela estiveram implicadas. E vocês tinham noção desta realidade tão cruel?

28
Mai18

Expedition Happiness

(Imagem retirada daqui)

 

      Após o documentário Minimalism, queria ver algo mais sobre a procura da felicidade, queria ver mais uma história real sobre a necessidade de se deixar esta sociedade consumista. Apetecia-me ver algo que me falasse da liberdade de ir e partir, de deixar tudo para trás (oh como gostava de um dia ter essa capacidade...). e ser um espírito livre. E foi quando me deparei, na Netflix, com um documentário chamado Expedition Happiness, sem dúvida que me pareceu ser aquilo que realmente procurava. Afinal quem não anda sempre à procura da felicidade? Aliás, quem não quer essa capacidade de encontrar a felicidade algures pelo caminho?

    Felix e Selima decidiram fazer essa expedição. Ambos consideravam que a estrada, as viagens seriam a sua felicidade e decidiram deixar tudo para trás e procurar a felicidade durante as suas viagens pelo continente americano, começando pelo Canadá e terminando na América do Sul. Esse era o conceito de felicidade que tinham, viajar seria a sua felicidade. Largaram a sua vida em Berlim e foram para os Estados Unidos da América restaurar um autocarro velho e transformá-lo numa auto-caravana, a sua casa para as viagens que tanto desejavam começar. E assim começou a viagem, partiram em direcção ao Canadá, Desceram para o Alaska, desceram a costa Americana e chegaram ao México. Pelo caminho viram coisas maravilhosas, as imagens que partilharam foram de tirar a respiração. O Canadá e o Alaska foram sem dúvida das imagens mais bonitas que já vi, a natureza e toda a sua grandeza conseguiram transmitir uma tranquilidade e uma serenidade que em mais lado nenhum parecem possíveis. Se eu, deitada no meu sofá o consegui sentir, imagino o que eles sentiriam ao acordar todas as manhãs com aqueles cenários.

       O casal considerava que as suas viagens seriam a forma de juntos alcançarem a felicidade, afinal era aquilo que mais gostavam de fazer, mas Rubi (o cão) foi adoecendo. As viagens começaram a ser demais e o calor, à medida que se aproximavam da América Central e do Sul, foi sendo excessivo para um cão da serra, o que o fez adoecer gravemente. Foi então que Felix e Selima decidiram parar a sua viagem, sortearam o autocarro e entregaram-no a uma família que pudesse fazer as suas próprias viagens e o casal decidiu voltar a casa com o cão que fazia parte da sua família. Que lição aprendi? Que nem sempre a felicidade está onde esperamos. Felix e Selima viram coisas maravilhosas, fizeram um plano para viajar por todo o continente e não o conseguiram concretizar, pois compreenderam que a felicidade não estava apenas nas suas viagens, mas sim nas pessoas que tinham na sua vida e até na saúde de Rubi.

       Expedition Happiness é sem dúvida um excelente documentário que deixa qualquer um a suspirar por aquelas paisagens maravilhosas. Quantas vezes não pensei que adorava um dia ver aquilo com os meus próprios olhos? No entanto, aprendi que a felicidade nem sempre é aquilo que sonhamos, que pensamos que seria o melhor para nós e foi isso que aprendi com este documentário. A felicidade não está só nas viagens, naquilo que vemos, mas também nas pessoas que nos rodeiam e que nos dão o conforto de nos sentirmos em casa.

 

P.S.: Nota-se muito que ando a pensar e a aprender sobre o conceito de felicidade?

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