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justsmile

29
Ago18

Zero Desperdício e Ecologia vs Custos

(Imagem retirada daqui)

 

      Desde que casamos que cada vez que vamos às compras tenho tentado optar por escolhas mais ecológicas e com menos desperdício. Alterei alguns hábitos com a Maria Reduz e tenho tentado cada vez mais optar por escolhas mais ecológicas, mas nem sempre tem sido fácil. Tenho optado por comprar a fruta e os legumes numa senhora que vende de forma ambulante, opto sempre por usar os sacos reutilizáveis e até tenho optado por comprar tupperwares de vidro aos de plástico, mas a verdade é que nem todas as escolhas são assim tão fáceis. Não ganho nenhuma espécie de fortuna e tenho pouco tempo para optar por soluções feitas em casa. Ao nível da alimentação a verdade é que a maioria dos legumes são do campo dos meus pais e as conservas feitas pela minha mãe que acaba por distribuir pelos filhos, coisas saudáveis e mais sustentáveis. Mas e tudo o resto?

        Ando há imenso tempo à procura de uma solução melhor para os sacos do lixo. Não fazemos a compostagem, até porque não possuo plantas a não ser as flores da jarra e acabo por usar sacos pouco ecológicos. Para o plástico e para o papel tenho optado por utilizar ainda sacos que estavam guardados da altura de arrumar o enxoval, por exemplo os sacos de papel das lojas são os sacos para a reciclagem do papel e os de plástico servem para o plástico, na altura achei que seria um desperdício deitá-los fora e tenho-os reutilizado. No entanto, o lixo orgânico, que todos os dias vai para o contentor, não lhe tenho encontrado uma solução sustentável ecologicamente e ao mesmo tempo financeiramente, ou seja, os sacos que encontro que dizem que são biodegradáveis têm um preço bastante superior aos sacos ecológicos (supostamente feitos de material reciclado). No outro dia ainda peguei num conjunto de 20 sacos de 30L  que ficavam a 0,06€ por saco, mas Ele viu e arregalou-me logo os olhos, pois por 40 sacos de 30L o preço por saco ficava a menos dois cêntimos. Quem me lê deve estar a achar estas contas uma parvoíce, são apenas 0,02€ de diferença por saco, mas agora vamos abranger isso a todo um carrinho de compras, no final a diferença é enorme! Basta ver o preço dos rolos de papel higiénico da Renova que são embalados em papel (mais ecológico e sustentável), mas que tem um valor bastante superior aos que costumo comprar, 10,21€ por 20 rolos. Eu sei que é necessário ajudar o meio ambiente e tenho dado o meu melhor, mas existem situações que simplesmente não são comportáveis. 

        Outra coisa que adorava também era conseguir fazer produtos em casa, nomeadamente o creme de corpo, alguns produtos de limpeza que exigem mais tempo e outros afins, mas a verdade é que não só não tenho tempo, como muitas vezes os produtos que essas receitas pedem são um tanto ou quanto mais caras. Durante algum tempo utilizei como desodorizante apenas o Bicarbonato de Sódio, mas recentemente senti a falta do odor suave que um desodorizante deixa e voltei a cair no erro de utilizar o desodorizante normal. Farta da minha comodidade, decidi voltar a procurar receitas com o Bicarbonato de Sódio e mais alguns suplementos para obter o resultado desejado. Ora, produtos ligeiramente caros que me fazem ainda não ter avançado com a sua compra. E os desodorizantes naturais? Lamento, mas são caros e não posso estar a dar 5€ por um desodorizante quando já gasto uma fortuna em produtos para a pele do rosto e cabelo (produtos que se dizem feitos com produtos naturais)

       As garrafas de água reutilizáveis têm sido outro desafio, mas espero em breve conseguir adquirir uma, nem que seja de prenda de natal. Andei a investigar garrafas de água amigas do ambiente e na medida que me é útil, 750ml, mas não tem sido fácil. Os preços são avultados e ainda não consegui ganhar coragem para despender esse dinheiro nesse tipo de artigo. É verdade que acaba por ser um investimento, que deixarei de gastar dinheiro em garrafas de água, mas imaginem que dou 0,60€ (o que nunca acontece, mas imaginem) e que apenas as mudo de duas em duas semanas (é a média com que mudo a garrafa), já viram quantas garrafas de água de plástico dá o valor de 20€ de uma garrafa realmente boa? São contas necessárias a fazer-se na hora de optar por produtos sustentáveis e que me têm deixado com vários dilemas.

        Por muito que queira continuar o meu percurso pelo Zero Desperdício e por ser cada vez mais ecológica, a verdade é que há certos produtos cujo preço me fazem afastar das opções mais responsáveis ecologicamente. Isso ou simplesmente não existe tempo e disponibilidade para fazer todo o tipo de produtos em casa e mais alguns. Quem trabalha mais de 50h semanais, se já dificilmente encontra tempo para fazer doces ou conseguir encaixar os seus hobbies nos horários, como vai conseguir integrar a produção de vários tipos de produto? Sinto que quero fazer mais pelo planeta, sinto que quero fazer opções mais ecológicas e sustentáveis, mas também sinto que o tempo e o dinheiro me afastam de algumas delas. Serei só eu a sentir este tipo de dificuldades?

 

P.S.: Aceito sugestões de alternativas baratas e sustentáveis aos artigos mencionados e mais!

16
Nov17

Cuidar de mim sem químicos

(Imagem retirada daqui)

 

      Quando comecei a entrar pelo mundo do minimalismo apercebi-me que muitos outros conceitos se iam misturando com o minimalismo em si, um deles foi o Zero Desperdício. O Zero Desperdício é exactamente isso, tentar desperdiçar o menos possível e ser o mais ecológico possível, muitas vezes associado à utilização excessiva de plástico e de produtos tóxicos no nosso dia-a-dia. Uma das coisas que mais me assustou, além de todos os químicos que ingiro inconscientemente, foi também os químicos que utilizo para cuidar de mim, da minha pele e do meu cabelo. Não tinha a consciência de que o meu desodorizante tinha alumínio, não tinha sequer a consciência que o meu champô tinha parabenos e por aí além, mais do que isso, não tinha consciência de que químicos estes produtos não deveriam ter. Decidi então começar a investigar quais os produtos que poderia querer e decidi que iria começar a fazer opções mais conscientes para mim e para o ambiente. Em Setembro decidi que até ao final deste ano iria tentar mudar os meus produtos de higiene pessoal para produtos amigos do ambiente e de mim própria. Iniciei então a minha saga, desde conhecer o meu gel de banho, até ao meu creme da cara e decidi que quando cada um deles terminasse iria ter o cuidado de ao comprar o próximo produto fazer uma melhor opção.

       A primeira dificuldade com que me deparei, e ainda me deparo, foi em ler rótulos. Ler o rótulo de um produto de higiene é do mais complicado que há. Desde que sou intolerante à lactose que aprendi a ler os rótulos alimentares, mas esses não são nada comparando com os rótulos de produtos de higiene pessoal. O vocabulário não é o nosso, as palavras são complexas e quando procuro a sua tradução parece-me ainda mais complicado. Ao ler cada uns dos rótulos poucas são as palavras que percebo e ainda agora tenho imensas dificuldades, o que tenho tentado fazer (o que pode ser pouco, mas tenho de começar com passinhos de bebé) é procurar palavras que terminem com parabenos de forma a excluir o produto, palavras como formaldeído e tudo o que termine em glycol também costumo pôr de lado. Em pesquisas encontrei também no site Made by Choises este quadro que dá imenso jeito, admito que não o sigo à regra, mas que tento dar o meu melhor.

       A segunda dificuldade é com a falta de informação de produtos online. Sou grande adepta de compras online, já sabem disso por aqui, mas tenho-me deparado com uma falha grave no site dos supermercados, a falta de informação sobre o produto. Nos sites não existe os constituintes de cada produto o que não me permite comparar e até indo ao site do próprio produto, muitas vezes a descrição dos seus ingredientes é quase inexistente ou realmente só referem os considerados adequados, ou seja, os mais naturais, não existindo uma informação completa e adequada sobre cada produto. 

      Aliado a isto tudo está uma terceira dificuldade, os produtos que utilizam rótulos de 'produtos naturais' são muitas vezes estranhos. Não consigo perceber se realmente são benéficos ou não. Para pessoas normais, como eu, que pouco percebem de química e deste tipo de produtos torna-se complicado saber fazer uma boa opção. É evidente que os produtos não são feitos para serem lidos, caso o fossem seriam mais explicitados e de fácil compreensão e é este 'enganar o consumidor' que me custa aceitar. É fácil de desistir de procurar produtos mais naturais e com menos químicos, quando na verdade não conseguimos perceber quase nada sobre o assunto.

      Por último, esta quarta dificuldade e última prende-se com o conciliar de orçamento e qualidade do produto. Todos os produtos que dizem 'produtos naturais' têm os preços imediatamente inflacionados. Por muito que queira comprar produtos com menos químicos, à base de produtos mais naturais e menos industrializados, a minha carteira não deixa. O ordenado que recebo não me dá margem de manobra para conseguir comprar produtos a preços adequados e mais naturais. Adoro os produtos The Body Shop e descobri recentemente The Green Beauty Concept, no entanto os preços são bastante elevados. Neste momento uso ainda produtos que me foram oferecidos The Body Shop, mas estão a terminar e estou à espera de ver se os produtos baixam para os poder adquirir que em fase de contenção de gastos custa-me muito despender tanto dinheiro para um gel de banho ou um creme de corpo.

        Outra coisa que me dificulta muito, mas é mesmo a nível pessoal, é que tenho uma pele extremamente sensível. Quem a vê acha-a fantástica, mas isso é porque despendo de muito dinheiro e tempo a cuidar dela. O meu receio ao experimentar produtos tão caros é em ter alguma reacção alérgica e não conseguir usufruir do produtos, é simplesmente deitar dinheiro fora, o que já me aconteceu umas quantas vezes no passado. Os últimos três produtos de higiene que comprei foi na farmácia, o creme de rosto que precisava de comprar depois de uma consulta frustrada no dermatologista (esta história fica para um próximo post), um champô para o cabelo oleoso que já estava cansada e uma solução de lavagem intima feminina. Nestas três situações pedi a ajuda da farmacêutica, fui explicita ao pedir produtos a preços acessíveis e à base de produtos naturais, realçando o facto de ser demasiado sensível. Fui super bem atendida e compreendida e apesar de terem sido produtos ligeiramente mais caros (tirando o champô que foi realmente caro), não foram preços exorbitantes. Confirmei mais tarde os constituintes dos produtos e pareceram ser-me adequados e até agora zero reacções alérgicas. No entanto, continuo a minha procura de produtos mais naturais e a preços acessíveis, aceito dicas, sempre!

        Quero tornar-me numa pessoa melhor, numa pessoa mais consciente e mais saudável, mas realmente nem sempre é fácil e este post é a prova viva disso. Mais alguém como eu?

12
Out17

Dar prendas nem sempre é fácil

(Imagem retirada daqui)

 

      Tenho vindo aqui a falar do Minimalismo, das suas maravilhas, do quanto me tem feito bem, mas a verdade é que nem tudo tem sido fácil. Às vezes dou por mim numa luta comigo própria a tentar perceber se isso se encaixa nas minhas expectativas, valores e necessidades. No final do ano costumo fazer sempre um orçamento do quanto gastei ao longo do mesmo nas diferentes áreas, quanto gastei em jantares, em passeios, em livros, em saúde e em prendas. Este último aspecto é sem dúvida um dos valores altos dos meus gastos. Tenho uma família grande, irmãos, sobrinhos, cunhados, primos pequenos, primos grandes, tios, amigos e até para bloggers, o que significa que quase todos os meses tenho de comprar prendas ou colaborar nas prendas de alguém, quando dou por mim chego ao fim do ano a ter gasto 300-400€ em prendas. É 5€ para aqui, 3€ para ali e sem me aperceber uma grande parte do meu orçamento anual vai para prendas. Por muito pequena que a prenda seja é sempre algum valor o que tudo junto dá um bolo muito grande.

      Outubro é um mês de grandes despesas no que toca a aniversários (isso e de Dezembro a Março é sempre a dar prendas) são os meus dois irmãos e Ele, é mais uma prima e se entretanto não surgir mais nenhum (o que acontece com muita regularidade) já vou com sorte. São pessoas importantes na minha vida que merecem sempre um miminho, mas que me obrigam sempre a fazer uma derrapagem no meu orçamento mensal (no mês passado foi a mãe e uma amiga). Não gosto de dar coisas que não servem para nada, não gosto de dar coisas que não se adaptam à pessoa e nem gosto de dar coisas que não aprecio, o que na hora de dar prendas me complica no orçamento. Para a minha irmã dei uma camisola, para o meu irmão uma camisa, para a minha prima outra camisola e para Ele será o tal fim-de-semana, tudo junto fez com que o meu orçamento mensal disparasse. Compreendi então que vou ter de aprender a controlar-me ao oferecer prendas, a escolhê-las e até aprender a dizer 'não' a alguns aniversários e prendas conjunto. Preciso também de criar um sistema para dar prendas.

      Para prendas de natal e aniversários muitas vezes dou à família e aos sobrinhos roupa, sei que são coisas que fazem falta e que são necessárias, o meu drama em dar roupa é que só a posso comprar na altura para poder dar o talão de troca caso não sirva ou não seja do agrado da pessoa. Sendo assim nunca posso procurar com muita antecedência as prendas, nem ir em busca das promoções, pois simplesmente não existem ou não se adequam à pessoa em questão. O meu drama é sempre o talão de troca, até com brinquedos para os sobrinhos tenho sempre cuidado com as compras, pois o receio do brinquedo estar estragado ou até de vir a ser repetido é sempre enorme, o que me faz fugir às promoções e afins. A única coisa que costumo não ter problemas em comprar são os livros, mesmo que sejam repetidos, guardo-os para outra oportunidade e dou a outra pessoa ou até fico com eles. No entanto, precisava de novas dicas para conseguir diminuir o meu orçamento anual em prendas. Será possível?

      Desde que me envolvi no Minimalismo que tenho mais consciência na hora de comprar e foi este mês que me apercebi que comprar prendas é realmente um problema para mim. Apesar de adorar dar prendas, normalmente invisto mais do que em mim própria. Tenho menos problemas em comprar uma prenda mais cara para alguém do que compraria a mesma coisa para mim própria por aquele preço, o que também não me parece correcto. E é aqui que entro em conflito comigo mesma, pois quero dar algo dentro dos meus parâmetros e dos da pessoa, mas também manter-me dentro do orçamento mensal, o que me parece impossível. Serei eu que estou a complicar? Terei de aprender a dizer 'não' mais vezes? Ou estarei simplesmente a fazer mal o meu orçamento mensal? Será que deveria criar todos os meses uma categoria de poupança só para prendas?

      O Natal está aí à porta e ainda não pensei bem no que dar e a quem, normalmente faço as compras ainda em Novembro quando já há a oportunidade dos talões de troca serem utilizados depois do Natal. Assim fujo aos custos elevados pré-Natal e não me meto em muita confusões, no entanto compreendi que este ano tenho de tentar manter-me num orçamento ainda mais restrito (já disse que ando em poupanças extremas?). E fazer biscoitos e compotas não podem funcionar como prenda para estes lados, pois não terei tempo (vou andar de volta dos convites e com outras actividades paralelas), simplesmente preciso de ideias para me organizar. Acho que este vai ser um dos pontos que vou ter de alterar financeiramente em 2018, a ver se faço um plano anual de quando tenho de dar prendas e de como posso poupar para elas.

      Há alguém por aí com o mesmo drama que eu? Ajuda precisa-se.

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