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justsmile

10
Abr19

Três passos para entrar no Minimalismo

(Imagem retirada daqui)

       Lembram-se da minha saga pelo Minimalismo? Sinto-me neste momento no ponto confortável da situação, nem mais nem menos. Não penso adquirir novas coisas, apenas algumas para substituir e sinto que a minha organização chegou a onde pretendia que chegasse. De momento sinto-me bem e tranquila com a forma como consegui organizar a minha vida, preciso apenas de não aumentar a minha carga de trabalho profissional (e se conseguisse diminuir era fantástico). Contudo, sinto que cheguei a onde queria chegar, ao momento em que me sinto bem na minha própria pele, em que não me sinto atolada de coisas (tirando o meu armário das coisas da Terapia, mas para o qual não tenho soluções durante os próximos dois anos) e em que cheguei ao equilíbrio que considero perfeito para mim. E para quem inicia esta saga por onde deve começar?

       Não sou nenhuma expert na matéria, nem nada que se lhe pareça, até porque muitos minimalistas ao verem as minhas posses considerariam que não sou minimalista nenhuma, no entanto considero-me como tal e tenho apenas aquilo que me faz sentir bem. Se algumas das coisas que tenho podem não me dar boas sensações é porque ainda não foram substituídas ou estão em lista de espera para que tal coisa aconteça. De resto, considero que desde que comecei a ler sobre o minimalismo, sinto que tudo o que está na minha casa está perfeitamente adequado às minhas necessidades, à minha história e à pessoa que sou. E qual o primeiro passo?

        1. A vontade de mudar, tudo começa com esse pequeno passo. A vontade de mudar surge e com ela a vontade de saber mais sobre a mudança, sobre o que nos faz bem ou deixa de fazer, traz consigo a reflexão e a introspecção e é a partir desse momento que damos por nós a encontrar algo que pareça adequado para nós. A mim o minimalismo pareceu encaixar-me que nem uma luva e foi com essa vontade de dar uma volta à minha vida e à minha mente que me deparei com o minimalismo.

     2. Inspirar-se nos outros, esta foi uma das maiores motivações para a mudança. Ver que os outros conseguiram mudar drasticamente a sua vida motivou-me a mudar a minha, até porque os resultados pareciam ser tão aliciantes que a vontade de mudar só aumentou dentro de mim. Os testemunhos de outras pessoas não só me motivaram como me deram a força necessária para começar a incutir determinados hábitos e mentalidades dentro de mim.

       3. O destralhar, dar inicio a esta tarefa pode não ser fácil para muita gente, seleccionar o que queremos na nossa vida nem sempre é uma tarefa simples. Para mim não foi nada muito complexo, comecei por partes, primeiro a roupa, depois os meus pertences, mais tarde as minhas memórias e até cheguei ao ponto de destralhar as minhas redes sociais. A cada um destes passinhos a sensação de liberdade foi aumentando e tudo foi ficando mais fácil. O retorno positivo de deixarmos espaços vazios na nossa vida ou completos apenas com as coisas que gostamos fez com que esta fosse uma das melhores sensações sentidas ao longo deste processo do minimalismo.

      O minimalismo é um mundo sem e em que cada pessoa tem a capacidade de criar uma própria definição da palavra. O meu minimalismo não é uma casa despida, nem um armário com três t-shirts, mas sim uma casa que seja de fácil manutenção, cada coisa no seu lugar e que tenha tudo aquilo que me faça sentir bem. Se estás a iniciar esse caminho, acredita, irás ter muitos momentos de recompensação emocional. E a sensação de liberdade? A melhor sensação de todas elas.

26
Jun18

Porquê destralhar?

(Imagem retirada daqui)

 

       A palavra destralhar entrou no meu vocabulário e parece não querer sair. Agora que a casa começa a ficar arrumadinha e com as coisas no seu lugar tenho compreendido que apesar de muito pequenina, 40 a 45m2 de casa, ainda me sobram espaços vazios. Os armários não estão sobre-lotados e parecemos ter tudo o necessário. O guarda fatos aguentou com toda a minha roupa numa só porta e a de inverno coube perfeitamente em apenas duas gavetas debaixo da cama. A falta de espaço que imaginava numa casa tão pequena parece não estar a acontecer e isso deixa-me feliz, sinto que o minimalismo está finalmente a enraizar-se em mim. Destralhar a minha vida foi uma das melhores coisas que fiz, fosse em que aspecto fosse, até no social.

         E porque comecei a destralhar?

      Como já referi, senti que a minha vida estava num caos, apesar de ainda continuar, mas pelo menos não na minha casa. Senti-me atolada de coisas, de afazeres e chegar a casa apenas parecia mais um momento para ter coisas para fazer e não para descansar. A cadeira do quarto estava sempre cheia de roupa, a mesa tinha sempre uma tralha espalhada aqui e ali e até as gavetas estavam cheias de recibos e papeís importantes sem terem um local adequado. Sentia que o trabalho que não me preenchia não era bom, mas que chegando a casa a confusão em mim continuava. O trabalho? Esse nunca mudou, continuo a sentir que não é o meu lugar, mas pelo menos a minha casa começou a ser o lugar onde me isolo do mundo e onde me consigo desligar (vá, quase, que ainda tenho umas quantas coisas para arrumar e definir os seus locais). E era esse ambiente que queria criar em minha casa, um local seguro, de refugio do mundo, onde me sentisse bem. Foi então quando comecei a procurar formas de mudar a minha vida e me deparei com o minimalismo. A primeira coisa que me sugeria o minimalismo era o destralhar.

       E o que é destralhar?

       Nada mais simples do que dar, reciclar ou deixar para o lixo tudo aquilo que não usamos. Quantas vezes não temos em casa aquele três pares de calças para utilizarmos naqueles dias em que ficamos o dia todo em casa? Mas será que são mesmo precisos três pares desses? E então aquele electrodoméstico XPTO que faz tudo e mais alguma coisa, mas que nunca usamos porque dá demasiado trabalho? E aquela caixa com recordações que só nos apetecem chorar? E as VHS que temos lá arrumadas que já nem conseguimos ver porque não temos um leitor de VHS? Pois, acho que todos nós temos dessas coisas em nossa casa em algum momento da vida e o destralhar é a consciencialização disso e a vontade de criar uma separação dessas coisas que realmente não usamos. Foram inúmeros os brincos que deitei ao lixo ou que dei, foram inúmeras as peças de roupa que tinha para aqueles dias de ficar em casa, mas que nunca usava até porque nunca passava mais de um dia seguido em casa. E as recordações? Ui, nem se fala, agarrava-me demasiado a papéis e papelinhos que nada serviam e que até más memórias me traziam. Decidi deixar tudo para trás, decidi que nesta minha mudança de vida elas não seriam incluídas e realmente não o foram. Separei-me delas. 

       E as vantagens de destralhar?

      A sensação de leveza. O espaço que fica para novas recordações, para coisas mais bonitas e para as coisas realmente importantes. A arrumação. O espaço. A sensação de limpeza. A organização externa que traz a tranquilidade interna. Ter sempre tudo arrumado, ter espaço para tudo e mais alguma coisa é uma das melhores sensações que o minimalismo me trouxe. Tudo começou com o passo de destralhar e a verdade é que esse foi um dos momentos mais fulcrais deste processo, que nunca deixei de me envolver. Separar-me das coisas físicas que apenas preenchiam espaço e a mente, fizeram sentir que afinal ter tanta coisa não traz felicidade, apenas confusão, desorganização. Afinal não preciso de cinco pares de calças de andar em casa, afinal não preciso de cinco pares de sapatilhas velhos e nem preciso de ter o armário cheio para saber o que vestir. Destralhar fez-me organizar as minhas prioridades e compreender o que realmente quero para a minha felicidade e isso trouxe-me uma tranquilidade interior que não sabia possível de adquirir.

      Destralhar foi o primeiro passo para uma grande mudança em mim. Destralhar foi o primeiro passo para conseguir reorganizar os meus pensamentos, os meus objectivos e a minha vida. Hoje tenho a certeza que nunca quero atolar a minha vida de coisas, quero manter a simplicidade e o minimalismo na minha vida. Quero manter esta tranquilidade que a tanto gosto de ter dentro de mim.

18
Set17

Mudança de estação, reorganizar o guarda-roupa

(Imagem retirada daqui)

 

      Um dos primeiros passos  que dei no minimalismo foi organizar o meu guarda-roupa. Deitar fora o que estava estragado e dar o que não servia, foram as minhas prioridades. A tarefa não foi muito complicada, até porque por hábito, anualmente, já costumo fazer uma limpeza profunda aos meus armários e porque nunca tive muita roupa. Mas depois de me ter inspirado no minimalismo fui mais radical, tudo o que não usava há mais de um ano foi realmente para o lixo e diminui o conceito de 'roupa para andar em casa', visto ter tão pouco tempo e tão poucas ocasiões para usufruir de tal roupa envelhecida e desgastada. No fim dessa revolução apenas ficaram três peças que me deixaram na dúvida e apenas as deixei porque considerei que iriam ser as minhas peças teste, ou seja, não tinha a certeza se as iria usar durante a próxima estação. Ainda assim dei um pequeno saco de roupa (normalmente levo a minha roupa aos limites) e um grande saco de roupa foi parar ao lixo ou porque estava desbotada e alargada ou até porque já tinha alguma mancha que não saía. Este foi um dos passos que mais me fez ver o que tinha no armário, não que tenha encontrado peças que não visse ou usasse há anos (volto a lembrar que nunca tive muita roupa), mas deu simplesmente para organizar o armário por estação e por peças, camisas de um lado, casacos do outro e por aí adiante.

       No entanto, cada vez que vou às compras tenho uma síndrome complicada, nunca sei bem como combinar o que estou a comprar com o que tenho em casa. Porquê? Porque confundo as peças de roupa que tenho e as cores que preenchem o meu armário, acabando por cair sempre nos mesmos tons ou por comprar coisas um tanto ou quanto semelhantes (as camisas são o meu calcanhar de Aquiles). Decidi então que iria fazer uma espécie de catálogo da minha roupa pessoal e fazer uma gestão do mesmo para saber o que tenho, o que preciso de substituir e se a peça que quero comprar fica realmente bem com o que já tenho em casa. Quando referi aqui que tinha feito um catálogo do meu guarda-roupa alguém comentou que deveria ser enorme, o que na verdade não é, simplesmente sou demasiado esquecida e, vá, pouco interessada em roupa, apesar de gostar de andar asseada. Assim, ao tirar uma fotografia a cada uma das minhas peças de roupa permitiu-me ter consciência de cinco coisas:

       - Tenho um guarda-roupa cápsula, é verdade, sem ainda conhecer este conceito aprendi que tenho menos de 30 peças de roupa para cada estação, nisso incluo sapatos e casacos. Sabia que tinha pouca roupa, mas realmente apercebi-me que ainda tinha menos do que aquilo que pensava;

       - As peças de que preciso mesmo de substituir, ao verificar peça a peça percebi que algumas já começam a ficar mal para ir trabalhar. São peças com bastantes anos que acabaram por alargar ou perder a cor com tantas lavagens;

       - A diferença entre a roupa antes e depois de começar a trabalhar. Este ponto foi realmente evidente, a roupa que usava antes de começar a trabalhar começou a ficar mais vezes parada no armário e quando comecei a trabalhar optei por comprar menos peças e mais qualidade, algo que não fazia anteriormente. Desde que trabalho e, admito também por culpa d'Ele, comecei a escolher marcas e material que dure mais tempo (pelo menos assim o espero), preferi começar a ter menos peças e fazê-las durar mais do que comprar peças de 2€ e 5€ que não duram um mês. Isso e o estilo de roupa mudou significativamente desde que entrei no mercado do trabalho;

       - O que preciso de comprar para cada estação, com esta avaliação do guarda-roupa apercebi-me que há uma ou outra peça que preciso de aumentar no meu armário, nomeadamente, camisolas e um ou outro vestido para ser mais fácil de gerir lavagens e o guarda-roupa da semana;

       - Aquela peça que pensamos que vamos usar não é usada. Esta organização fez-me bem, aquelas peças teste que lá estavam afinal precisavam era mesmo de ir para o lixo, numa próxima não deixo peças teste.

      Depois deste inventário daquilo que tinha tornou-se mais fácil cumprir com os aspectos acima mencionados. Decidi então que agora no final de estação deveria voltar a verificar o guarda roupa e relembrar aquelas peças teste que deixei no início da estação. Lembram-se delas? Pois bem, passei o verão inteiro sem lhes tocar. Uns calções que poderiam ser usados em casos de emergência, uma t-shirt com a mesma função e aquele vestido que poderia ser usado numa ocasião mais formal e num dia mais quente, nunca saíram do armário. São peças com alguns anos, que não estão 100% no seu bom estado, e que pensei que poderiam ser utilizadas caso não houvesse mais nada no armário. Afinal houve sempre alternativas a elas e agora vão parar direitinhas ao lixo. Ao rever a roupa que não foi utilizada no verão, ao olhar para as fotografias da roupa da próxima estação apercebi-me que neste Outono quero comprar três peças. Sem sair do sofá vi as peças que estavam a precisar de ir para o lixo e decidi substitui-las pelas promoções de 40% em partes de cima da La Redoute (já disse que adoro comprar roupa online? É para verem como adoro sair de casa para comprar roupa... ou não!). Pude ver as peças que queria deitar ao lixo e logo ali, sem pensar demasiado comecei a procurar substitutas, que me agradassem, que parecessem ser de mínima qualidade e a um preço agradável. A encomenda ficou feita, mal cheguem as outras roupas irão directas para o lixo e assim continuarei com um armário cápsula e sem ter muitos problemas para gerir o meu vestuário no dia-a-dia.

      Isto de organizar a minha roupa tem feito maravilhas, até o drama de "Não sei o que hei de vestir" tem diminuído!

 

 P.S.: Vejam lá as peças escolhidas.

 

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