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08
Mai17

O sonho e a realidade são diferentes

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Há, precisamente, quatro anos terminou a minha caminhada no Ensino Superior, não sei se lá voltarei, não sei se esse capítulo da minha vida termina por aqui, mas a verdade é que não há nada que me faça arrepender dos passos que tomei. Quando terminei o curso pouco sabia de como viria a ser o meu futuro profissional. No entanto, inocente e inconscientemente, projectei na minha mente um futuro que se realizou, mas apenas temporariamente. Quando terminei o curso sabia as dificuldades do mercado do trabalho, contudo imaginava-me a trabalhar em vários locais a recibos verdes, sempre com trabalho em mãos e a cidade do Porto sempre no meu cenário. Vila Nova de Gaia ou o Porto, pensei que fossem as cidades que estariam sempre na minha história do passado e do presente. Não sei porquê, mas sempre imaginei que o meu trabalho andaria em volta destas duas cidades, talvez por gostar do Porto, talvez por ter estudado em Vila Nova de Gaia ou simplesmente porque o Porto é a cidade do meu coração e nela esperava crescer profissionalmente. Sabia que não seria fácil, sabia que iria trabalhar em mais que um local, mas que estaria pelo Porto. Quem sabe, nesta altura do campeonato já estivesse a terminar o meu mestrado.

Quatro anos depois de ter terminado o meu curso superior, dou por mim num local que nunca imaginei. Se há quatro anos me tivessem dito que era aqui que viria a estar em 2017, eu diria impossível. A vida deu-me as voltas, deu-me realmente o cheirinho do que era atravessar a ponte todos os dias para trabalhar em Vila Nova de Gaia, pelo menos durante um ano. Durante um ano a ponte da Arrábida voltou à minha vida e todos os dias ia trabalhar na minha área, a recibos verdes, está claro, mas parecia ser a vida que tinha planeado para mim e assim era feliz. A vida deu-me uma amostra daquilo que tinha imaginado para o meu futuro, aquilo que tinha, inconscientemente, idealizado para mim. Mas depois retirou-me esses planos. A vida deixou-me no desespero do desemprego, tirou-me a cidade dos meus olhos do meu campo profissional e ainda me obrigou a mudar de profissão. Depois de sentir o sabor do que sempre tinha imaginado, senti-lo desaparecer doeu mais do que imaginava. 

Hoje, hoje olho para trás e vejo como era ingénua, como apesar de sempre me ter considerado uma racional, estava a deixar envolver-me pelos meus desejos e pelos meus sonhos. A realidade voltou a trazer-me à terra e mostrou-me que nem sempre os sonhos são da maneira como os imaginamos. Não sou infeliz, nem lá perto, sei adaptar-me a novas realidades e ser feliz com isso, mas trago sempre em mim a mágoa de não ter conseguido concretizar uma das coisas que mais gostava. Tenho a pena de não ter conseguido manter aqueles planos que tanto idealizei, que tanto lutei e que a vida não me quis conceder. Sei que ainda não é impossível a concretização de cada um desses sonhos, mas parecem-me cada vez mais distantes e, infelizmente, a esperança de concretização dos mesmos vai morrendo aos bocadinhos.

Os sonhos por vezes não se concretizam como os imaginamos, transformam-se, mas sabemos sempre que um dia estiveram lá e que a realidade apenas nos trouxe novos caminhos. Nunca me arrependerei dos passos que dei.

 

19
Mar14

Dependência do telemóvel?

 

(Imagem retirada da Internet)

 

Nos últimos dias tenho participado nas aulas de uma formação (para melhorar o meu currículo e melhorar as minhas competências) e apercebi-me de uma coisa, a maioria das pessoas não consegue passar uma hora sem tocar no telemóvel. É um curso com pessoas de várias faixas etárias, de diferentes classes sociais e com diferentes níveis de escolaridade, mas apesar de todas estas diferenças têm em comum a dependência de um aparelho tecnológico: o telemóvel (ou smartphone, como lhe quiserem chamar).

Eu sou aquele tipo de pessoa que se esquece milhentas vezes do telemóvel no carro ou em casa, ou que me esqueço completamente de que o tenho em silêncio. Então, é comum ouvir (principalmente dos meus irmãos) 'Nunca atendes o telemóvel?', 'Mas tens telemóvel para quê?', 'Viste a minha sms? É que não respondeste!'. Já ouvi tantas vezes este tipo de comentários que tenho de admitir que já mudei a minha postura para com o telemóvel, até porque estou sempre à espera daquela chamada que me diga 'Estás empregada'.

Mas será que hoje em dia a nossa sociedade depende do telemóvel? Numa aula, em que temos à nossa frente um professor a transmitir informação, será correcto estar no Facebook ou a enviar/receber sms? E quando é o professor a mandar sms durante as apresentações dos alunos? Não haverá hoje um limite na utilização do telemóvel? Pelo que me tenho apercebido as pessoas não respeitam qualquer tipo de situação para recorrer ao telemóvel. Chegou-se ao ponto em que nos esquecemos das regras de educação e de boa etiqueta para darmos atenção a um objecto tecnológico e não aquilo que nos rodeia. O telemóvel tornou-se numa prioridade, levando pessoas a enviarem mensagens em qualquer situação e até a sairem do cinema para atenderem chamadas (isto quando não acontece dentro do próprio cinema...). Não existe nenhum momento do nosso dia 'sem telemóvel' e cada vez mais se demonstra uma dependência desse aparelho. Em contexto de sala de aula é terrível ver sempre pessoas às escondidas (ou à descarada) enviarem sms ou a fazer outros passatempos, mas noutros contextos a saga continua. Numa mesa rodeada de amigos são, inúmeras as vezes, que se observam todos (ou quase todos) agarrados aos telemóveis em vez de comunicarem entre si. Mas não é suposto os telemóveis promoverem a comunicação e a aproximação das pessoas? Penso que estes aparelhos tecnológicos têm vindo a criar o efeito oposto.

Mas seremos nós seres mais sociais com ou sem telemóvel? E a vossa opinião?

10
Jan14

Saudades da vida académica?

(Imagem retirada da Internet)

Antes de terminar o curso toda a gente dizia que ia ter imensas saudades de ser estudante e da vida académica. Todos o afirmavam de tal forma que quase parecia ser verdade. Sempre o neguei, nunca sequer considerei ter saudades de ser estudante. Sabia perfeitamente que ia sentir saudades de algumas coisas. Sinto saudades de acordar de manhã e saber que podia faltar a uma aula para ficar a dormir. Sinto saudades de nos intervalos estar a conversar com as amigas no bar ou até mesmo de estar sentada nas escadas naquelas manhãs frias e apanhar os fracos raios de sol. Sim, é verdade que sinto saudades de saber que ao fim de dez semanas podia descansar um bocado e esperava um ano inteiro pelas férias do verão.  Mas se tenho saudades da vida académica e de ser estudante? Absolutamente nenhumas. Não sinto saudades de estudar para frequências, não sinto saudades de ter mil e um trabalhos para entregar numa semana, não sinto saudades das salas abafadas e sem qualquer tipo de entrada de ar. Não sinto saudades de lutar contra o sono em algumas aulas, nem sequer saudades tenho do murmurinho constante nos corredores e nas salas. Não sinto saudades nenhumas daquele ambiente abafado, nem das discussões e dores de cabeça. Não tenho saudades de ser estudante, gosto mais de ser trabalhadora. É mais fácil conciliar horários, mais fácil dedicar algum tempo da minha semana a mim mesma e até consigo fazer coisas para as quais não costumava ter tempo. Gostei das festas académicas, gostei da praxe, gostei das gargalhadas provocadas pelo cansaço e as histórias de trabalhos de grupo que pareciam não ter fim. Gostei de vestir o preto e o branco e até gostei de gritar pelas cores da minha escola. Mas hoje? Já dispenso tudo isso e compreendo que essa fase da minha vida já passou, que não a quero de volta. Gosto de guardar as memórias no coração e até de recontar algumas aventuras e histórias, mas prefiro estar como estou.

Não, não tenho saudades de ser estudante.

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