Vamos dar o nó #9 Os Convites
Há mais de um mês que não vos punha a par dos preparativos para o nosso casamento, não foi por falta de tempo, não foi por falta de vontade, foi simplesmente porque estiveram estagnados. Depois de ter definido o vestido e ter respirado de alivio por a costureira ter dito que era possível (apesar de não vir a ficar exactamente igual) os preparativos para o grande dia ficaram completamente parados. Setembro foi um mês de muito trabalho, sem muito tempo livre e a verdade é que sem muita paciência para pensar em coisas do casamento. A correria era tanta que deixamos o tempo ir passando. Mas este mês fizemos um ponto de situação, a nove meses do casamento já temos:
- Quinta: CHECK
- Fotógrafo: CHECK
- Cabeleireira: CHECK (não fosse ela a senhora que me corta o cabelo)
- Maquilhadora: CHECK (experimentei a minha esteticista, que também é maquilhadora, para o casamento que tive em Setembro e fiquei muito satisfeita com o resultado)
- Vestido: TRATADO
- Carro da noiva: CHECK (não fosse este o carro de um familiar e garanto-vos que ainda não tínhamos nada)
E ficamo-nos por aqui. Ainda não pensamos em mais nada, nem em acessórios, nem em decoração, nem sequer a situação do padre ficou resolvida (apesar de ser uma questão que só pela altura do casamento teremos a sua solução). Andamos a leste, despreocupados, mas há medida que os dias vão passando e me vou comparando a outras noivas (maldita comparação no grupo do Facebook) sinto que nos andamos a desleixar. No entanto, este mês definimos uma prioridade que terá mesmo de ser levada para avante: os CONVITES. Há muito que tínhamos decidido que os convites seriam feitos por nós, não só por uma questão económica, mas porque queríamos dar um bocadinho de nós ao casamento. Queríamos que os convites fossem algo em que investíssemos tempo, atenção, mas também um bocadinho de nós, em que as pessoas olhassem e pensassem "É mesmo a cara daqueles dois." Já tínhamos andado a ver convites que fossem concretizáveis pelas nossas mãos, já tínhamos vindo a adquirir o material ao longo do tempo, só nos faltava mesmo pôr mãos à obra, até porque queremos entregar os convites em Dezembro (isto porque casamos a um dia da semana e o povo tem de se organizar nas férias).
Em Setembro tivemos um sábado de volta de experiências para os convites. Há muito que sabíamos o que queríamos fazer, mas nunca nos tínhamos dado ao trabalho de tentar. Num sábado, depois do trabalho, decidimos pegar em todos os materiais que tínhamos adquirido para experimentar fazer um único convite. Envolvemos a mesa em papel kraft, cola branca, renda (que veio do Ebay ao preço da chuva), réguas, lápis e afins. O resultado não foi mau, mas também não foi o melhor. Voltamos a fazer mais um e a coisa melhorou, mas o tempo perdido em cada um deles foi enorme! Ficamos a pensar se a coisa seria realmente concretizável, afinal precisamos de pelo menos 80 convites. Neste fim de semana voltamos a repetir o processo, apesar de ser um convite simples à vista e com poucos materiais, a sua execução é demorada. São demasiados pormenores para um só convite. É o botão, é a linha, é a renda, é um papel e outro papel, mas no fim dos dois primeiros que ficaram bem fiquei a contemplar a beleza do nosso trabalho. Orgulhosa com o que tínhamos feito, mas com Ele sempre a colocar defeitos, fomos verificar as rendas e o que descobrimos? Nenhuma das rendas é suficiente para os convites e nenhuma delas é igual à anterior. DRAMA! O DRAMA! Com pouco tempo para a execução dos convites (durante a semana é impossível, ao sábado trabalho e Dezembro será um mês de muitos compromissos) e o tempo de demora para chegar uma nova encomenda de renda, as coisas ficaram pretas. Se Ele já dizia para mandarmos fazer os convites, então agora é que apoiou essa teoria!
Depois de muita conversa, de muita ponderação e de muito cérebro queimado, que eu apesar de aborrecida não estava stressada, verificamos que temos duas opções: Encomendar já a renda que falta e preparar todo o convite e depois apenas terminar com a renda OU fazemos convites com dois tipos de renda diferentes. Comprar fitas de renda em Portugal é algo impensável, não irei gastar 2,90€/m por quase 30 metros (a não ser que vocês conheçam um fornecedor bem baratinho aqui para a Just). E vocês? Que fariam no nosso lugar?
Hoje apercebemo-me porque deveria ter começado a tratar destes pormenores com mais antecedência, deixar as coisas para a 'última' (apesar de parecer que falta muito) não abonou em nosso favor. Apesar de aborrecida, não estou stressada, contudo a solução ainda não ficou decidida, mas desta semana não passa, é garantido! Help?