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justsmile

04
Mar21

Uma rotina no novo confinamento

        Como cheguei a comentar por estes lados, este novo confinamento foi-me, inicialmente, mais penoso que o primeiro. Desta vez tinha começado um novo emprego há pouco mais de dois meses e apenas há 3 semanas que fazia a minha intervenção com crianças e regressar a casa nessa altura foi como me tirar o tapete dos pés. O meu próprio papel enquanto técnica teve de ser repensado e isso foi o que mais me preocupou, mas realmente não havia muitas mais alternativas. Nesse aspecto as coisas ainda não estão definidas 100% mas tenho sentido a necessidade de me deixar levar pela onda e compreender que tudo isto volta a ser novidade para muita gente e que este meu novo papel será também uma coisa nova. Como o lado profissional estava assim bastante instável senti a necessidade de voltar a criar uma rotina que me fizesse sentir bem e desligar de todas estas inseguranças e instabilidades.

       E qual é a minha rotina neste novo confinamento? Não tão diferente do primeiro confinamento, simplesmente já sabia o que precisava e quais as estratégias que tinha de utilizar para me manter saudável mental e fisicamente. Tenho aproveitado para descansar e fazer as coisas que me fazem bem, voltei a implementar uma rotina consistente. Voltei a ligar mais vezes a amigos e familiares para ouvir as suas vozes, voltei às videochamadas e reuniões virtuais (que, no fundo, nunca tinham acabado), mas também voltei às coisas que gosto. 

       De manhã:

       Acordar um bocadinho mais tarde quando estou em casa, porque a maioria das manhãs já tenho ido para as escolas, realizar a minha rotina de pele, visto-me e tomo o belo do pequeno-almoço. Depois sento-me ao computador a fazer o meu rico trabalhinho, com uma boa música (a banda sonora da série Bridgerton é óptima para isso!) e depois paro para a minha hora de almoço. Se necessário cozinho, arrumo a louça, faço a cama e tenho visto documentários durante a hora de almoço. Tenho-me recusado a ver notícias na televisão, causam ansiedade, tristeza e não motiva rigorosamente nada.

         De tarde:

        Depois do meu cafézinho e do meu docinho volto ao trabalho. No final do horário do dia de trabalho acabo por ir à minha obra, fazer uma espécie de jogo de 'encontra as diferenças' e depois vou à minha sessão de Yoga. Voltei a aumentar a frequência com que faço exercício e isso tem-me feito bem, mais alongamentos por estar tanto tempo sentada, mais um momento de tranquilidade no meu dia. O benefício de fazer exercício em casa é que podemos fazer o jantar ao mesmo tempo, ou pelo menos pré-prepará-lo e assim que acabamos, tomar o belo de um banho.

       À noite:

      Depois do jantar feito, jantar, arrumar a cozinha (o que termina sempre tardíssimo por causa dos horários do maridinho) e sentar no sofá para ler enquanto Ele trabalha, toma banho e trata das suas coisinhas. Ultimamente nem temos tido tempo de ver televisão porque Ele anda com bastante trabalho, mas aproveitado esses momentos para relaxar.

        Assim se têm passado os meus dias, à sexta-feira dedico-me à limpeza para poder ficar com o fim-de-semana livre. Admito que voltar para as escolas durante a manhã ajudou a minha sanidade mental, voltei a sentir um bocadinho de controlo na minha função e isso alterou completamente a minha motivação. Os dias têm até passado mais corridos do que imaginava, o ano tem desenvolvido rápido e dou por mim sempre a mexer-me e adoro essa sensação. Adoro este meu trabalho, adoro conseguir fazer a minha própria gestão e sentir que realmente faço a diferença. Este novo confinamento começou de uma forma mais custosa, as saudades começam a tornar-se mais difíceis de suportar, mas acredito que terei a sensação de que passará mais rápido do que imaginava.

 

13
Fev21

Estes fins-de-semana de confinamento

(Imagem retirada daqui)

       Desde Março de 2020 que os fins-de-semana têm sido passados em casa, uns com obrigatoriedade outros com uma obrigatoriedade intrínseca e outros com pequenos passeios (esses já devem ter sido no verão...), mas sempre sem amontoados de gente, sem planos em família e sem ajuntamentos de amigos. Estar em casa nunca foi um sacrifício, mas os fins-de-semana, ao fim de quase um ano, têm sido uma espécie de monotonia de relaxamento em que descanso o corpo e a mente e me permito a coisas que durante os dias laborais é completamente impossível. Os fins-de-semana em casa têm sidos passados com doces caseiros, com comida gostosa e novas receitas, mas com o sabor de aconchego nestes dias frios e chuvosos.

         Nesta rotina de pós-confinamento e novo confinamento, aprendi que é essencial ter o fim-de-semana para os pequenos prazeres, para descansar o corpo e a mente desta nova realidade que vivemos. Aprendi a despachar as tarefas domésticas à sexta-feira e permitir-me a relaxar ao sábado e ao domingo. Tenho passado esses dias a fazer pequenas coisas que gosto, cozinhar com prazer e não só por obrigação, sentar-me no sofá a ver séries românticas sem Ele, porque Ele tem andado a viver para o trabalho, e tenho-me permitido desligar da realidade que está lá fora. Um livro, um filme ou até uma breve sesta de manta no sofá, quando o silêncio em casa se instala. Se estes fins-de-semana têm sido produtivos? Não, rigorosamente em nada, acabo sempre por fazer pequenas tarefas que se vão acumulando no dia-a-dia, organizar faturas, organizar documentos para a casa nova ou até limpar o faqueiro da gaveta que tanto precisava, mas permito-me a não fazer nada.

         Esta nova realidade, se por um lado alterou tanto a nossa rotina, trouxe realmente um bocadinho do conceito de slow living e gosto de o conseguir saborear. Gosto de, quando possível, ir dar a minha caminhada pela minha terrinha, gosto de me sentar à mesa ao sábado à noite com um copo de vinho e uma comida saborosa. Gosto de beber a minha meia de leite ao lanche com uma tosta mista caseira e até de deixar o telemóvel perdido pela casa e esquecer os grupos de Whatsapp e das redes sociais. Gosto desta forma lenta de passar o dia. É verdade que começo a necessitar mais de ar livre, tenho saudades do mar, tenho saudade dos parques e de simplesmente me sentar numa esplanada com uma bebida fresca. Sinto saudades dessas pequenas liberdades que nos eram permitidas, mas sei que hão de chegar. Anseio por elas, também é verdade, mas até lá vou permitir-me a saborear estes fins-de-semana caseiros.

            E como têm sido os vossos fins-de-semanas de confinamento?

 

11
Dez20

O melhor de 2020

        Neste ano estranho de 2020, coisas boas aconteceram, mas foi complicado conseguir escolher o melhor deste ano ao nível das artes. Não pus os pés no cinema, fui apenas a um concerto ainda antes da pandemia e pouca coisa interessante e fora da rotina acabei por fazer. Mas se pensar bem foi um óptimo ano para séries, livros e filmes no sofá!

1. A Série

        Vi umas inúmeras séries, vi alguns filmes e perdemos horas na Netflix (bendita sejas!), mas sem dúvida alguma que a série que mais nos prendeu ao sofá foi Peaky Blinders. A qualidade desta série sobre uma família 'gangster' em Inglaterra fez com que devorássemos todas as temporadas em tempo recorde. É uma série de acção, história e com uma grande imprevisibilidade, o que nos faz desejar por cada novo episódio.

2. O Filme

        Não foram tantos assim os filmes a que assisti, mas este ficou-me na memória. Snu passou na RTP1 e conta a história de amor de Francisco Sá Carneiro com Snu, a Editora Publicações D. Quixote. Gostei tanto de conhecer a história de amor deste político tão genuíno e com um fim de vida tão trágico. Uma história de amor simples e tão bela.

3. O Livro

         Na área dos livros, não que tenha lido tanto quanto isso, mas quando pensei nos livros deste ano dois surgiram-me logo no pensamento, A história de uma serva e Para onde vão os guarda-chuvas, mas sem dúvida que tinha de optar pelo último. Para onde vão os guarda-chuvas ficou gravado na minha memória como um dos melhores livros de sempre, a simplicidade e ao mesmo tempo a complexidade do livro me deixaram presa às suas imensas páginas, mas valeu tão a pena esta aventura! É um livro impossível de não aconselhar.

4. A viagem

          A melhor viagem de 2020 foi a que ficou no meu imaginário, aquela que vi por um canudo. Aquelas férias de sonho que estavam tão bem programadas, mas veio a pandemia e pimba! O único passeio que fizemos este ano, com isto tudo do covid-19, foi realmente o meu aniversário por Chaves. A verdade é que nem tão cedo me imagino a viajar, mas quem sabe esteja mais perto do que realmente considero.

5. O post

          Este ano fez com que andasse um bocadinho desligada do blog, acho que a rotina e a falta de algo bom para escrever ou até de novidades me impediu de estar tão presente. No entanto, ao olhar para trás vejo que o post que me deu mais prazer foi "E o ritmo da vida desacelerou", pois desta fase da quarentena consegui incutir algumas estratégias no meu quotidiano que conseguir transpor para o meu dia-a-dia mais 'normalizado' como comentei em "Hábitos que ficaram do confinamento". Estes novos hábitos ficaram na minha rotina, ainda hoje e ainda bem!

 

          Por isso, 2020 foi um ano de treta? Foi, têm toda a razão, mas de certeza que conseguem encontrar coisas boas nele. E quais são as vossas coisas boas?

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