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justsmile

10
Nov16

Eu interpreto, tu interpretas

(Imagem retirada daqui)

 

A comunicação através da escrita tem milhentas maravilhas. Há quem a veja como um facilitador para a comunicação. É através da escrita que partilhamos coisas nas redes sociais, é através da escrita que lemos as notícias dos jornais e, a minha maior paixão, os livros. Mas a verdade é que a escrita pode ser um 'pau de dois bicos'. A escrita e a utilização das palavras pode ser o ponto das maiores confusões. A forma como lemos e interpretamos as coisas pode criar problemas entre as pessoas, criar guerras e situações bastante constrangedoras que nunca aconteceriam se tivessem sido transmitidas cara a cara. Quem é que nunca foi mal interpretado sobre algo que escreveu?

As palavras em si só são apenas palavras, são os sentimentos, as emoções e a conotação que lhes transmitimos que fazem delas fontes poderosas da comunicação. No caso da escrita, a pontuação é o maior aliado na transmissão de informação, no entanto não é suficiente para por vezes ser explicito. Por vezes queremos escrever algo divertido que é interpretado como critico. Outras vezes queremos escrever sobre um assunto sério e quem nos lê acaba por ver nele a maior das piadas. É difícil através da escrita sermos cem por centro compreendidos. Se isso já acontece quando estamos fisicamente ao lado de alguém a conversar, agora imaginem num contexto um pouco mais abstracto como é o da escrita. A forma como lemos, como interpretamos as palavras tem tudo a haver com os nossos sentimentos na hora, com os nossos conhecimentos e até mesmo o pré-conceito (e não preconceito) que temos sobre a pessoa em questão. 

A escrita é realmente uma forma sensacional para comunicar, contudo é necessário termos certos cuidados. Os emotions vieram a ajudar a coisa, dando uma conotação e um determinado sentimento ao texto, no entanto é necessário termos em atenção outras vertentes. Ao lermos algo não podemos tirar ilações imediatas, não podemos criticar e muito menos pensar que a pessoa se sentiu assim e assado, principalmente se conhecemos pouco a pessoa. A questão aqui não é só quem lê, mas quem escreve deverá também compreender que pode ter sido mal interpretado, que a sua escolha de palavras e pontuação poderá ter levado a uma interpretação diferente da sua. Ou até mesmo que os seus sentimentos naquele momento não eram os que pretendia dar a conhecer.

Comunicar pela escrita é, para mim, das melhores formas de verbalizar o que me vai na alma, mas lembro-me sempre, que aquilo que escrevo poderá não ser lido no 'tom' que pretendo.

Eu interpreto assim, tu interpretas diferente, não estamos errados, apenas falhou a comunicação e para melhorar basta esclarecer ou dizer-se o que se sente.

Vamos descomplicar.

08
Abr15

Serei antissocial?

(Imagem retirada da Internet)

 

Nunca fui de me considerar uma pessoa antissocial. Sempre tive amigos, sempre consegui interagir com desconhecidos e nunca tive problemas em conhecer pessoas novas. No entanto, com o crescer (para não dizer envelhecer, pois com 24 anos parece demasiado ridículo) tenho tido mais dificuldade em desenvolver essas competências na minha vida pessoal, já que na profissional estou mais que habituada a interagir com o mais variado tipo de pessoas e a socializar com elas. Quando comecei a dar conta desta situação? Quando iniciei no final do ano passado este novo emprego. Entrei na clínica com pezinhos de lã, sabendo bem que apenas estou lá para substituir alguém de forma temporária. No entanto, ao fim de quase meio ano de trabalho continuo sem ter qualquer tipo de relação de amizade, simpatia ou seja lá o que for, apenas tenho relações estritamente profissionais. Compreendendo a situação de estranha temporária ao serviço tenho-me mantido no meu canto.

Inicialmente ia, nas minhas quase três horas de almoço, até ao café à internet e ficava por lá a ler e ia mais cedo trabalhar. Gradualmente, comecei a mudar os meus hábitos. Tomo o café, vou à internet só ver os emails e novidades breves e vou para o carro ler. Inúmeras vezes referi-me a Ele como uma deprimente que se fecha nos livros e que não convivi com ninguém do trabalho e comecei a considerar que já não sabia criar novas relações de amizade.

No início achei que quem me visse a ler no carro diria que eu era uma triste antissocial que não tinha amigos para conviver nas horas de almoço e que por isso ia para o carro. Mas tenho-me vindo a aperceber que afinal, na zona onde trabalho existem muitas pessoas que fazem exactamente a mesma coisa. E sei-o porquê? Porque estacionam de manhã o carro à mesma hora que eu e cruzo-me com elas enquanto me dirijo para o carro na hora de almoço, em que estão tranquilamente a ler, a jogar no tablet, a falar ao telemóvel ou simplesmente a dormir, nomeadamente, uma dessas pessoas trabalha na mesma clínica que eu.

Primeiro pensamento aqui da Just: "Afinal não sou assim tão deprimente, há mais pessoas que não têm com quem estar na hora de almoço."

Segundo pensamento da Just: "Mas será que agora não sabemos ser seres sociais?".

Será que é verdade? As pessoas que observo e que se comportam da mesma forma que eu são mais velhas, entre os 30 e os 40 anos, metem-se no carro, tal como eu e fogem de qualquer tipo de contacto social. Achei que o fazia por ser a novata e a temporária na clínica, pois achei que se não me abriam um espaço para 'entrar' que não valia a pena tentar, mas se calhar não é por isso. Será o receio? Mas que receio poderei eu ter? O de ser rejeitada, o de não encontrar factores em comum para criar algum tipo de amizade ou mesmo o de receber uma enorme desilusão como tem acontecido nos últimos tempos? Será que não nos queremos dar com pessoas do trabalho para conseguirmos respirar ar puro e não estarmos em constante competição? Será para conseguirmos manter ambas as matérias separadas sem as misturarmos? Será que é pelo receio de mostrarmos um bocadinho de nós e se aproveitarem automaticamente disso? Não sei a resposta, talvez até seja um bocadinho de cada coisa, mas a verdade é que me tenho sentido bem assim.

Não sei qual será a parte mais assustadora, sentir-me bem assim ou ver-me tornar num ser antissocial e não conseguir lutar contra esse instinto natural.

Serei só eu que ando assim?

19
Mar15

Desafio: Tipo de inteligência

Bárbara desafiou-me à uns dias para o conhecer o meu tipo de inteligência. Sempre achei este tipo de testes engraçados para quem também gosta o ideal é dar um saltinho ao blog dela para ver o questionário e o tipo de respostas possíveis. Aqui.

 

O meu resultado foi: 

F - Inteligência Pessoal:

Aqui são englobados os dois tipos de Gardner:

a) Inteligência Interpessoal: habilidade de compreender os outros; a maneira de aceitar e de conviver com o outro; comunicar de forma adequada com os outros, motivando-os, incentivando-os e dirigindo-os, Temos os exemplos de alguns professores, líderes, psicólogos, médicos, etc.

b) Inteligência Intrapessoal: capacidade de relacionamento consigo mesmo, de autoconhecimento, de entrar em contacto com o seu próprio "eu", de se auto-avaliar e reconhecer os seus pontos fortes e fracos, capacidade de descrever os seus próprios sentimentos e emoções. Habilidade de administrar sentimentos e emoções a favor dos seus projetos. É a inteligência pertinente para a auto-estima devido à importância do conhecimento de si mesmo; identificando os pontos fortes e fracos reconhecem-se as falhas e pode-se adotar um melhor comportamento.

 

Considero que o resultado foi adequado, primeiro porque sou terapeuta da comunicação e depois porque esta é uma das minhas áreas de eleição de estudo. A segunda parte tem lógica, porque fui aprendendo a viver comigo e a apreciar-me enquanto pessoa. Hoje tenho imenso orgulho de quem sou, com todos os defeitos que possa ter e dúvidas que me possam atravessar a mente.

 

Não deixem de experimentar o desafio é óptimo para o auto-conhecimento!

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