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justsmile

03
Abr18

É possível poupar num casamento?

(Imagem retirada daqui)

 

        Admito que quando decidimos casar, criei na minha cabeça um orçamento um bocadinho irrealista, até porque o noivo é exigente e com gostos muito requintados. Tinha mais ou menos a noção de quanto queria gastar por categoria, mas não tinha bem a noção dos custos associados a cada uma das coisas. Ao contrário do que algum dia tinha imaginado para mim, a forma como me vou casar é bastante tradicional, o piquenique que tinha idealizado na minha cabeça soava a loucura ao noivo e quando dei por mim já andava a procurar quintas, a escolher fotógrafos e até o vestido comprido que nunca me tinha passado pela cabeça. Se é possível fazer um casamento muito acessível? Acredito que sim, aliás, sonhei com isso a minha vida toda, um piquenique com os convidados vestidos de calças de ganga, um parque e apenas a cerimónia da igreja. Bem ao contrário daquilo que algum dia tinha imaginado vou ter direito à grande festa, a todos bem vestidos e àquilo que considero ser um casamento tradicional e bastante caro. No entanto, dentro do tema casamento é possível poupar, por muito difícil que pareça. E como poupar?

 

        Na quinta: a quinta é realmente a maior fatia do orçamento. É onde passamos a maior parte da festa, é onde ficam registadas a maioria das fotografias e é até onde nos deliciamos. Nós sabíamos o que procurávamos, o limite do nosso orçamento era X, e mais do que isso não poderia ser, não havia volta a dar. E como poupar na quinta? Começa logo com a data, a data é uma grande variante do preço da quinta por pessoa. Na maioria das quintas existe uma divisão entre época alta e baixa, a primeira sempre mais cara e depois ainda existe uma divisão no dia da semana, sendo que o sábado costuma ser o mais caro. Na quinta que acabamos por escolher a diferença entre a sexta-feira e o sábado era de quase 10€, o que se formos a fazer as contas é um balúrdio! Outro aspecto a ter em consideração é o número de convidados, na maioria das quintas quanto mais pessoas, mais o preço desce, na nossa aconteceu isso e com o elevado número de convidados o valor desceu de forma considerável. Outra questão que muitos noivos se esquecem ao escolher a quinta é de somar os valores de todos os serviços que são necessários, animação, babysitting, bolo, fogo de artifício, impressões de menus e afins, o que muitas vezes pode compensar uma quinta ligeiramente mais cara do que uma quinta em que não inclui todos os serviços. A nossa quinta fornece todos os serviços, o que além de não nos termos de preocupar com nada, ficou bastante em conta e dentro do nosso orçamento inicial. Negociar, regatear e tentar aproveitar o máximo do que nos oferecem é ESSENCIAL. Não aceitem o primeiro valor que vos apresentem e tentem 'choramingar' por mais um euro que seja, acreditem que conseguem sempre mais algum extra. Com este choramingar baixamos não só o preço, como conseguimos um insuflável para os miúdos e os sparkles de forma gratuita.

 

       Nas indumentárias: Eu, como já referi, decidi mandar fazer o vestido para manter uma tradição de família e até porque não encontrei nenhum vestido que me fizesse ficar apaixonada. No entanto, quando fui experimentar vestidos fiquei escandalizada com o valor dos mesmos, é absolutamente um roubo. Assim, não só mantive a tradição de família como ainda poupei (e espero poupar) um valor enorme no vestido, o que sabe muito bem porque vou ser eu a pagá-lo. Digam o que disserem, mandar fazer é muito mais acessível que comprar feito, além de que nunca fui menina de sonhar com o vestido de noiva e ajuda a equilibrar as expectativas quanto ao mesmo. No fato Ele teve a mãe a oferecer-lho, o que foi uma ajuda enorme, e Ele acabou por se perder um bocadinho, mas não nos custou no orçamento. Relativamente a sapatos, decidi que quero sapatos de cor, o que faz o valor baixar significativamente, mas não tenho procurado em lojas de noivas e cerimónias, mas sim em sapatarias normais. Apaixonei-me por uns, muito acessíveis, confortáveis e estou a pensar personalizá-los um nadinha. Acessórios, os brincos serão a minha coisa velha, a pulseira é que quero perder-me numa Pandora que me apaixonei, estava era a ver se encontrava alguma promoção que não me levasse a carteira.

 

       Na cabeleireira e maquilhagem: Pelo que tenho ouvido estes serviços são verdadeiros balúrdios, basta utilizarem a palavra NOIVA que o valor dobra de uma forma miraculosa. Antes sequer de começar a procurar decidi falar com a minha cabeleireira, que já me tinha feito penteados para cerimónias, e ela aceitou fazê-lo ao preço normal. Confio nas suas capacidades e no seu bom trabalho e não me leva mais por isso. A maquilhagem decidi experimentar na minha esteticista a um casamento que fui, fiquei tão agradada com o serviço que pedi para me maquilhar para o dia do meu casamento. O valor? Miraculosamente acessível, sem roubos, sem excessos e com tudo a que tenho direito. Não precisei de procurar, bastou-me falar com as pessoas em que já confio e apercebi-me que poupei imenso nestes dois serviços.

 

       Em convites e marcadores de mesa: Recorremos ao DIY, ou seja, fizemos nós mesmos. Os convites que queríamos eram 4€ cada um, o que nos faria gastar 324€ e isso estava completamente fora de questão. Com a compra do material, mesmo com o erro da renda, os convites ficaram-nos por 156€, menos de metade dos orçamentos que nos deram. Não só conseguimos fazer aquilo que tínhamos idealizado e que não víamos em lado nenhum, como foi uma poupança enorme. O mesmo acontecerá com os marcadores de mesa, personalizados, ao nosso gosto e feitos à nossa imagem. Não me imagino a gastar mais de 10€ para os fazer. É verdade que não estou a contar com o tempo que perdemos a executar tais tarefas, mas afinal é a nossa carteira que está a ser poupada.

 

        No fotógrafo: ok, aqui foi a nossa dor de cabeça. Escolher o fotógrafo foi o mais complicado de todo este processo. Ele queria o pacote de vídeo, fotografia, drone e mais uns quantos pormenores, eu apenas me queria apaixonar pelas fotografias e pelos vídeos. A verdade é que existem fotógrafos para todos os preços, o problema relaciona-se com a qualidade e o gosto de cada um e aqui, pela primeira vez, tivemos de fugir ao orçamento. No entanto, o fotógrafo que apenas funciona com packs e o que queríamos tinha demasiadas coisas, tentamos negociar. Tirámos uma coisa aqui, tiramos outra ali, acrescentamos uma que não estava incluída e ainda conseguimos incluir as ofertas dos convidados no pack. Admito que não foi uma negociação fácil, admito que ficou acima daquilo que esperava, mas ainda conseguimos poupar quase 500€.

 

        Há ainda pequenas coisas em que se consegue poupar na concretização de um casamento, como muitos dos pormenores que a nós apenas nos parecem panisguices. Queria ver se ainda fazíamos os cones para as pétalas e deixávamos para trás as lágrimas, o arroz colorido e outros afins que nos parecem completamente desnecessários. Optamos por personalizar o topo do nosso bolo com o nosso logo e o mesmo para uma caixa de madeira dos chineses, que iremos personalizar, para o nosso porta-alianças, tudo feito por uma amiga que ficará a valores irrisórios. No que diz respeito à lua-de-mel pedimos dezenas de orçamentos e no fim negociamos com a empresa, queríamos muito uma em específico e um hotel em concreto, o que nos fez apresentar uma outra proposta e nos fez poupar 200€. As lembranças das crianças irão reverter a favor de uma associação, acessíveis e solidárias. O mais importante quando preparamos um casamento é mesmo não nos perdermos com pormenores e pormenorzinhos, evitar utilizar a palavra NOIVA seja em que momento for para não valorizar o preço e tentar procurar pelo que nos é mais familiar e não apenas porque é XPTO. É necessário fazer muitas contas, é necessário regatear (algo que pensava não ter jeito nenhum) e até é necessário pedir muitos orçamentos, acreditem que assim irão realmente concretizar algumas poupanças que no final serão importantes para o vosso dinheiro.

       Alguém tem mais dicas? Serão sempre bem-vindas, afinal ainda tenho algumas coisas para fazer!

13
Dez16

Objectivos conseguidos de 2016

Todos os anos defino objectivos para mim mesma. Tento desafiar-me mais um bocadinho  e tento dar mais um passinho, tanto para conseguir os meus objectivos como para crescer pessoalmente. Acabo sempre por criar objectivos que sejam atingíveis, com mais ou menos dificuldades. Este ano os objectivos de 2016, foram atingidos com (quase) muito sucesso.

1. Consegui poupar, não consegui tanto quanto queria porque o trabalho demorou em chegar e depois tive de fazer um enorme investimento em roupa, ainda assim, olhando para a conta bancária fiz um bom pé de meia.

 

IMG_20160912_202453.jpg

2. Pintar o cabelo, Yei! Pintei o cabelo pelo primeira vez na vida. Gostei bastante do efeito final, mas admito que tão cedo não volto a fazê-lo, é preciso a paciência que não tenho para ficar na cabeleireira.

3. Ler pelo menos 20 livros, CHECK! Aliás, pensava que o meu desafio era ler 25 livros, mas afinal consegui ler até ao momento 22 (estou a terminar o 23º). Este é sem dúvida um desafio a manter para o ano de 2017.

4. Diminuir o meu sedentarismo, sem dúvida que este ano me portei muito melhor no que toca a fazer exercício. Comecei a fazer piscina e criei de tal forma uma rotina que não indo uma semana, na seguinte já sentia o corpo com demasiada tensão. Fico mesmo contente por ter conseguido atingir este objectivo e deixar de lado a preguiça.

5. Oportunidade de emprego, consegui. Não o emprego de sonho que pensava, não o que sempre idealizei e muito menos na área. Mas a verdade? É que agarrei as oportunidades que me surgiram e hoje, apesar de não trabalhar na minha área de formação, sinto-me satisfeita.

6. Encaminhar a minha vida, estava prevista a confirmação no final de Dezembro, no entanto passou para 2017. Contudo, acredito que agora sim, eu e Ele começamos a ter a vida mais ou menos encaminhada como tanto desejávamos.

 

E vocês, que objectivos conquistaram em 2016? 

 

 

 

13
Set16

A experiência de pintar o cabelo

IMG_20160912_202453.jpg

(Imagem de Just Smile)

 

Uma das minhas resoluções de ano novo era pintar o cabelo. Parece banal, quase todas as mulheres à face da terra já pintaram o cabelo. Pois bem, aqui a Just, a única vez que pintou o cabelo foi em casa e a cor foi exactamente a mesma que a do próprio cabelo. E porquê uma resolução destas? Simples, precisava de sair da minha zona de conforto. Ora não pintava o cabelo porque não queria gastar dinheiro, ora não pintava porque tinha sempre a sensação que ia ficar ridícula. Fui adiando, adiando e sabia que ao definir como resolução de ano novo isso iria obrigar-me a entrar em cumprimento comigo própria. Ainda assim continuei a adiar, ou porque não ia à cabeleireira e não me apetecia ir só para pintar, ora porque estava desempregada, ora porque não tinha definido nada na minha mente. Este sábado passado acabaram-se as desculpas. Andava desesperada para cortar o cabelo comprido que nunca na vida tinha tido e estava decidida que ia pintar o cabelo.

Cheguei à habitual cabeleireira, sentei-me à espera, enquanto lia Harry Potter e ouvia uma conversa de senhoras reformadas demasiado ocupadas e preocupadas por estarem ali à espera de serem atendidas. Quando chegou a minha vez disse que queria pintar, a mulher, que já me conhece e com quem convivo de longe a longe, questionou-me como queria. Ora, sabia que queria tons vermelhos e não queria pintar o cabelo todo, se isso eram madeixas eu já não sabia dizer. Lá aprendi a diferença entre madeixas e nuances e optei pelas nuances avermelhadas que agora trago no cabelo. Mas foi quando me apercebi que ia encher o cabelo de chumbo e de tinta cor de beterraba que me assustei pela primeira vez “Tens a certeza que não vai ficar desta cor?”, “Não, está descansada que não fica, vais ver que vai ficar giro”, “Mas tens a certeza?”, admito que quando vi aquela cor na tigela confiança não era o meu forte.

Depois de quase uma hora com o cabelo anti-contacto-com-aliens, depois de duas lavagens e uma enorme tesourada ao cabelo, lá vi o resultado. “Hummm… até gosto.”, não parecia a pessoa mais segura daquilo que dizia e fiquei demoradamente a olhar para o espelho, e só perguntei “Vão ficar mais escuras?”, ela lá abanou a cabeça e disse que sim. Vim embora e ao fim de dois dias ainda não estou habituada a esta mudança, gosto, mas é estranho olhar-me ao espelho e ver o cabelo com pedaços vermelhos espalhados pela cabeça, quase como se me tivesse passado spray na cabeça.

Resultado desta experiência? Gosto, mas não a volto a repetir e nem é pelo preço, nem pela cor, até porque a mudança fez-me bem e dá-me o ar rebelde que não tenho (só quando vêem a tatuagem nas costas é que dizem que não devo ser a santa que pareço), mas por uma simples razão: não tenho paciência. NOSSA! Têm noção que perdi mais de duas horas da minha vida num salão de cabeleireira para me encherem a cabeça de chumbo, pintarem com uma trincha fios de cabelo, para ficar com dores de pescoço por mal me conseguir mexer e depois ainda me terem de secar e cortar o cabelo? Sou muita coisa, mas paciente não é definitivamente o meu forte.

Ainda assim, gostei da experiência, mas tenho a certeza que não me voltam a apanhar nesta.

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