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justsmile

29
Out18

As notícias do outro lado do Atlântico

(Imagem retirada daqui)

 

       As notícias que nos chegam do outro lado do Atlântico têm-me deixado assustada. Primeiro foi o Trump que venceu as eleições nos Estados Unidos da América, depois a Venezuela que está numa queda vertiginosa e agora o Brasil. Eu compreendo que os tempos são difíceis para todos, compreendo que os receios sejam imensos e que todos queiram melhorar a sua pátria, o que não percebo é como achamos isso possível ao ser-se de extrema direita. Não teremos já tido exemplos do passado em como as coisas não acabaram nada bem com a extrema direita? Não poderemos aprender com os nossos erros em vez de estarmos sempre a repetir a nossa história?

        Admito que as notícias que nos têm chegado do outro lado do Atlântico são assustadoras, quem diz do outro lado também fala aqui na Europa, mas foquemo-nos agora nas notícias mais recentes. As pessoas estão a deixar-se levar por uma mentalidade antiga que promete milagres que nunca se virão, muito pelo contrário, que podem trazer consigo o inferno. São mentalidades fechadas e pequeninas, de pessoas que acham que a solução é fechar portas e sermos todos automatizados e exactamente iguais. São pessoas pequeninas no ego, mas que se acham superiores a outros que lutam, que têm ideias diferentes ou até gostos. 

        As notícias que nos chegam são realmente assustadoras e a cada ano que passa mais me assustam. Mas quem me assusta? São os Brasileiros que estão no nosso país e que ainda assim votaram num homem como Bolsonaro, pessoas que tiveram de emigrar, que tiveram de mudar de país, mas que ainda assim acham que a solução passa por um fascista. As pessoas esquecem-se do passado, das histórias dos nossos avós. A raça humana tem a memória mais fraca do que realmente deveria ou simplesmente não quer saber e gosta de cometer os mesmos erros.

         O mundo está a tornar-se num local assustador.

 

17
Out17

Não vou dissertar sobre o assunto.

Não vou falar com vocês sobre os incêndios.

Não vou colocar as imagens aterradoras que no domingo se viam da minha casa.

Não vou dizer para despedirem a ministra.

Nem tão pouco vou dizer para se deitar um governo a baixo.

Nem mesmo vou falar sobre as casas que se perderam, as famílias que ficaram sem nada.

Falar serve de tão pouco.

Ver as notícias deixa um peso no peito.

Ir à varanda e sentir o cheiro a queimado agarrado à humidade da manhã deixa-me em baixo.

Não vou colocar gostos em todas as fotos sobre incêndios, bombeiros e afins.

Não vou partilhar com ninguém o luto deste país, desta situação, que sinto cá dentro.

Não vou compactuar com as pessoas que se excitam com o fogo.

Não vou indignar-me e nada fazer.

Vou sim enviar alimentos como poder.

Vou sim entregar roupas que estejam boas para quem precisa.

Vou sim estar atenta aos montes à nossa volta.

Não vou entrar nesta onda que satisfaz tanto quem gosta de fogo.

Não vou tornar ainda maior o 'sucesso' dos incendiários, pois acredito que quanto mais atenção, mais notícias existirem, mais desgraças continuarão a acontecer.

Hoje não vou dissertar-vos sobre o assunto.

Não vos vou falar do que realmente vai cá dentro.

Hoje vou apenas manter-me em silêncio.

02
Jun17

Em que mundo vivemos?

(Imagem retirada daqui)

 

- Sabes qual é o teu problema? Seres demasiado simpática. - disse-me alguém um dia destes.

- Sabes o que me disseram hoje? - questionou-me Ele também um dia destes. - Que tenho de deixar de ser tão cordial.

 

E a minha questão prende-se apenas com um aspecto, desde quando é que ser-se simpático, ser-se educado e cordial é um defeito?

Eu e Ele temos andado envolvidos em mil e quinhentas coisas ao mesmo tempo, trabalho que parece não ter fim, preparativos do casamento que parecem nunca mais desenvolver (ou pelo menos termos paciência para o fazer) e até as obras, já para não referir um problema que tivemos em mãos. Ao desabafar sobre isto ou aquilo, seja na vida pessoal ou na vida profissional, a verdade é que têm comentado que ser demasiado 'cordial' pode ser um defeito. Apesar de ficar, um tanto ou quanto, indignada, eu percebo aonde queriam chegar essas pessoas ao apontarem-nos esse aspecto. Mas o que realmente me preocupa é como é que isso, nos dias que correm, é visto como um problema para a resolução de determinadas situações e de diferentes contextos. 

Desde quando é que ser-se educado é um problema? Questiono-me então, se na selva em que vivemos hoje em dia ser educado é uma raridade, um defeito, um impedimento na resolução de problemas. Será que todos os valores que a minha mãe me ensinou têm de ser descartados e modificados?

Assusta-me viver num mundo em que a educação, a seriedade, a cordialidade e a simpatia podem ser um problema e não uma solução. Mas afinal que mundo é este?

 

P.S.: Verdade seja dita, quando deixamos de ser simpáticos os problemas pareceram resolver-se, tenha sido no meio profissional como no pessoal.

 

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