Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

justsmile

17
Jan23

Desejos para 2023 (não objetivos)

       

(Imagem retirada daqui)

      O ano de 2023 chegou há 17 dias e ainda não sei o que pedir para este ano. Volto a não ter objetivos definidos, parece-me estranho. Pelo segundo ano consecutivo não tenho objetivos na minha cabeça para este ano, tenho uma enorme lista de desejos que gostava de conseguir alcançar, nomeadamente, integrar algumas coisas na minha nova rotina, mas não lhes consigo chamar objetivos. Objetivos são coisas pelas quais lutamos e nos focamos, a minha lista de desejos tem coisas mais voláteis que por vezes podem ser cumpridas ou não. São pequenas coisas, pequenos cuidados e pequenos prazeres que gostaria de voltar a incluir na minha vida depois de ter mãe e todos eles são: cuidar de mim.

       Quando me tornei mãe a minha prioridade passou a ser inteiramente o meu filho. Era capaz de passar dias sem ter a minha rotina de pele adequada, passei semanas sem pegar num livro e ainda nem sequer voltei ao tapete (por "tapete" entenda-se yoga). O cabelo passou a ser algo secundário na minha vida, a roupa era sempre a mais confortável e até, admito, que me desleixei na alimentação. Este ano de 2023 quero voltar a cuidar de mim, a conseguir voltar a integrar todas estas coisas na minha rotina. Não porque sou egoísta, não porque sou vaidosa, simplesmente porque preciso. A pele começa a ressentir-se (borbulhas? Já não as tinha há anos!), as costas gritam por yoga e a mente precisa de um bom livro (ainda ando a ler o do Jöel Dicker, as mudanças não ajudaram).  Então o que quero para 2023?

  •         Voltar a fazer yoga;
  •         Voltar a ler com alguma regularidade;
  •         Manter uma rotina de pele;
  •         Tratar deste cabelo.

        Não peço mais nada, peço mesmo conseguir organizar-me de forma a conseguir fazer todas estas coisas que dão suporte à minha sanidade mental. Acredito que todas as mães passem por este processo, não o imagino de outra forma, mas agora que o pequenino começa a crescer está na altura da mãe voltar a ver-se ao espelho, porque sei que ao cuidar de mim estou a passar uma mensagem saudável ao meu filho.

         Não são objetivos, são desejos e a criação de uma nova rotina na minha vida. Vamos a isso 2023?

31
Dez22

Um adeus ao ano das conquistas

(Imagem retirada daqui)

        2022 foi um ano cheio de desafios, mas a melhor palavra para o caracterizar é realmente "conquistas". Não consigo ver este ano de uma outra forma. Em 2021 começaram muitos projectos que se viram realizados e concretizados em 2022, daí ser um ano de muitas conquistas.

      Iniciei 2022 grávida e termino o ano com um bebé que já tem mais de quatro meses. A casa ainda estava numa fase bastante rudimentar em Janeiro e terminamos o ano com as mudanças. Assim como comecei o mestrado em 2021 e em 2022 dei por terminado o primeiro ano. Mas para que tudo isto acontecesse houve muito esforço, muito trabalho, muitas lágrimas, muitos sentimentos novos e muita resiliência.

        A gravidez não foi um processo fácil, psicologicamente, achei que o meu corpo daria mais do que realmente deu. Aos seis meses fiquei em casa por pura exaustão, até então tinha continuado a trabalhar que nem louca, com o mestrado às costas e a casa à perna. Não foi fácil, foi um processo de difícil assimilação, compreender que tinha parado para proteger a minha saúde e a da minha Ervilha, até porque, pela primeira vez na minha vida sentia-me plenamente concretizada a nível profissional. O bebé foi muito desejado, só nunca tinha pensado que o meu corpo se iria tão facilmente a baixo. Partilhei alguns desses momentos com vocês, a ambiguidade que é ser mãe e profissional, assim como compreendi que a gravidez não é nenhum estado de graça (pelo menos para mim não foi). Foi também um caminho muito solitário, muitas vezes foram as vezes que chorei silenciosamente por me sentir sozinha, por não me sentir compreendida e apreciada. E foi quando compreendi que a gravidez, e agora a maternidade, são momentos da vida cheios de ambiguidades. Se por um lado estamos imensamente felizes por trazermos uma nova vida ao mundo, por outro lado sentimo-nos tão sozinhas como nunca tínhamos estado na vida. Se por um lado não pensamos duas vezes se o voltávamos a fazer, porque a resposta será sempre sim, a verdade é que acabamos por deixar de nos conhecer. Esta caminhada começou na gravidez e continua agora na maternidade, tem sido uma caminhada longa e acredito que ainda tenha um longo caminho a percorrer, mas um dia destes acredito que vos direi "já me sinto eu, um novo eu". Apesar de tudo, de não ter gostado da gravidez, de me ter sentido mais sozinha que nunca e mesmo com todas as lágrimas que derramei, ser mãe foi a melhor coisa que me aconteceu na vida. Nunca pensei gostar tanto de ser mãe, como gosto, e a verdade é que se realizou um sonho a dois e o Xavier nasceu do nosso amor. Dou todos os dias graças por este bebé que veio transformar as nossas vidas e torna-la imensamente melhor.

       A casa deu-nos muitas vezes dores de cabeça ao longo do ano, atraso atrás de atraso, algo que nenhuma grávida quer ouvir. A casa acabou por me roubar muitas vezes o marido e acabei por ficar ressentida quanto a isso, como é óbvio as hormonas de grávida não ajudaram. A verdade é que as coisas acabaram por se resolver e se não viemos para a casa nem em Junho, nem em Julho, nem em Agosto, nem em Setembro... pelo menos viemos em Dezembro. A casa foi um longo processo, com uma duração de quase dois anos, foi duro, muito duro, mas acredito que daqui a alguns meses as memórias difíceis se comecem a esbater e fiquem só as boas e a sensação de conquista. E um conselho: nunca façam mudanças de casa com um bebé!

        E o mestrado foi algo que pensei não ser capaz de fazer, quando iniciei trabalhava imensas horas e no entretanto engravidei. Fui sempre com o espírito de "vai-se fazendo", mas a verdade é que em Julho, lá estava eu sentada numa cadeira da faculdade a fazer um exame em recurso e com o Xavier quase a nascer. No dia em que soube que tinha passado no exame, depois da segunda tentativa, senti-me uma super-mulher (sentimento que não se voltou a repetir). Estava a gerar uma vida dentro de mim, a construir uma casa e tinha conseguido completar o primeiro ano do mestrado. Foi uma sensação única, de empoderamento, de conquista e de resiliência. É verdade que desde que fui mãe ainda não peguei na tese, mas será um passo a dar para breve.

         2022 foi então o ano destas conquistas. Ser mestranda, ser mãe, ser dona de uma casa e ser uma profissional que adora o que faz. Se me questionei se estava no caminho certo? Mais de mil vezes. Se me questionei se estava a ser boa profissional/mãe/esposa/filha/amiga? Outras tantas mil vezes. Mas 2022 ensinou-me que podemos ser tudo isso, e que é preciso confiar. Confiar em nós, no tempo e no destino. Caramba, 2022 foi realmente um ano em grande e só lhe consigo mostrar um enorme sorriso.

           Que venha daí 2023 com tanta coisa boa! 

 

29
Dez20

E sobrevivi a 2020...

(Imagem retirada aqui)

       Melhor do que poderia imaginar.

    2020 foi um ano extremamente estranho para todos. Em outubro de 2019 comecei a ver a série da National Geographic "The Hot Zone" sobre a ébola e em março de 2020 parecia estar a viver num filme de ficção científica, tão semelhante à série que se tornou verdadeiramente assustador. 2020 transformou-se no ano que nenhum de nós alguma vez imaginou viver, os medos, os receios, todos surgiram à flor da pele e tudo isso alterou a nossa sociedade de uma forma drástica. Enquanto uns aproveitaram para redefinirem prioridades, focarem-se nas coisas boas, noutros fez com que o pior da estupidez humana sobressaísse. Este 2020 foi sem dúvida um ano de extremos.

     Já para mim, 2020 veio com a calma e tranquilidade que tanto desejei em 2019. O confinamento fez com que conseguisse integrar na minha rotina o conceito de 'slow living', consegui dedicar mais tempo a mim própria, mesmo quando o trabalho estava no auge da loucura. Dediquei-me mais tempo ao exercício, a séries e a filmes e tudo isso fez com que desacelerasse o ritmo de vida que levava e sabem? Fez-me muito bem! Consegui fazer coisas que há anos desejava incluir no meu dia-a-dia e mesmo depois do desconfinamento, consegui manter algumas dessas coisas no meu quotidiano e por isso me sinto orgulhosa. 

      Consegui ao longo deste ano voltar a redefinir as minhas prioridades, a focar-me em coisas que há muito desejava, mas também aprendi quem são as pessoas realmente importantes na minha vida. O confinamento deu-me as maiores evidências de quem são as pessoas que se preocupam verdadeiramente comigo, quem são as pessoas que estarão sempre ao meu lado e admito que algumas foram uma surpresa. A passarada passou de amigos a família, sinto-os como se fossem membros da minha família, pessoas que me fazem rir quando preciso, são os primeiros com quem desabafo quando preciso e sei que são os que estarão sempre aqui para mim (mesmo que estejam entre 200 e 600km de distância). E as pessoas com quem trabalhava preencheram-me o coração imensas vezes, sempre que precisava eles eram um porto de abrigo e isso fez-me valorizar ainda mais as pessoas que tinha na minha vida.

      2020 deu-me ainda novas oportunidades, mudei para um emprego que há muito desejava, conseguimos finalizar o processo burocrático da nossa casa e fazer um empréstimo para a começarmos a construir. É claro que muitos dos meus objectivos para 2020 ficaram por realizar, muitas das pequenas coisas que queria transformar em memórias ficaram para trás, mas outras tantas surgiram! Não consigo dizer que 2020 foi um óptimo ano, longe disso, mas também não consigo dizer que foi um péssimo ano. 2020 foi simplesmente um ano bastante estranho...

       Agora que venha um 2021 melhor para todos nós! E o vosso 2020, como foi?

       (E eu que estou a menos de 2 meses de fazer os 30 e não completei a minha lista dos pré-30!)

Inspiração do Mês

Sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

Segue-me ainda em...


Justsmile91's book recommendations, liked quotes, book clubs, book trivia, book lists (read shelf)

Nas páginas de...

2021 Reading Challenge

2021 Reading Challenge
Justsmile91 has read 0 books toward her goal of 12 books.
hide

Parcerias

Emprego em Portugal estudoemcasa-mrec