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justsmile

16
Out20

Desmotivação: Presente!

(Imagem retirada daqui)

       Há dois anos voltei a trabalhar como terapeuta da fala a tempo inteiro.

       Há pouco mais de dois anos deixei um trabalho de administrativa numa empresa, onde ia efectivar, para arriscar em trabalhar naquilo que gostava mesmo, ser terapeuta da fala em escolas.

       Há dois anos sei que tomei a decisão certa em deixar o certo pelo incerto. O perto pelo longe. E o lucro pelo sonho.

       Ao fim desses dois anos começo a ver o fim da linha deste projecto e começam os receios, os medos.

      Este foi um projecto do qual nunca pensei fazer parte, principalmente por ter estado longe da minha área de formação durante mais de dois anos. Achava quase impossível voltar a ser terapeuta da fala a tempo inteiro, mas a verdade é que a oportunidade surgiu e agarrei-a com unhas e dentes. E tenho-me sentido feliz com isso, com essa decisão, com aquilo que faço. Odeio as burocracias, não consigo compreender quem faz a gestão (ou não faz) deste projecto, mas gosto realmente do que faço com os miúdos das escolas. Gosto da autonomia que tenho, gosto de trabalhar no contexto dos miúdos e isso permite sermos ainda mais criativos. Tenho pena das pessoas que gerem este protejo e que não conseguem compreender o impacto positivo que tem nas escolas, nas crianças, nos professores e nas famílias. Tenho imensa pena que não reconheçam o valor do nosso trabalho, nas exigências que nos fazem e no facto de acharem que estamos sempre disponíveis para tudo, menos para o que realmente queremos fazer. Mas, em momento algum, trocaria o que estou a fazer por outra coisa qualquer.

       Quando entrei neste projecto, sabia que teria um prazo de validade, no entanto, ao longo do último meio ano deram-nos expectativas de que haveria a possibilidade de continuação (e eu toda feliz com isso, mesmo com as duas horas que perco em transporte por dia!). Contudo, nos últimos meses tem sido constante a possibilidade de continuação com o facto de nos arrancarem o tapete dos pés para ficarmos realmente desempregados em breve. Um dia é, no outro já não é. De manhã é, à tarde já não. Esta insegurança, esta inconstância tem feito com que todos os meus receios do desemprego (caramba, já estive duas vezes desempregada e ODIEI!) sejam cada vez maiores. Todos os dias a história se altera e já começamos a lançarmo-nos para outros lados (a verdade é que ninguém quer o desemprego) e procurar novas oportunidades. Tudo isto torna tudo verdadeiramente penoso, antecipei o envio de currículos e mais currículos, candidaturas e mais candidaturas, apenas devido ao receio de voltar ao desemprego dentro de poucos meses. Sei que o processo deveria ser mais leve, que afinal ainda tenho trabalho e que depois virá o subsídio de desemprego (algo que nunca usufrui), mas a verdade é que não me consigo manter tão relaxada como gostaria. Receio ficar desempregada. Receio ter de voltar a trabalhar fora da minha área de formação. Receio voltar a trabalhar em clínicas. Receio em voltar a perder a minha autonomia de trabalho. Tenho uma lista tão grande de receios que não sei mesmo o que fazer com esta minha mente que anda um tanto ou quanto confusa.

        Enquanto trabalho com os miúdos sou feliz, depois instala-se uma desmotivação com a qual não estou a saber lidar. Eu só queria continuar aqui. Ajuda aceita-se!

12
Ago19

O Monge que Vendeu o seu Ferrari (6/12)

(Imagem retirada daqui)

         Quem me conhece ou tem passado por este cantinho tem compreendido que este não tem sido um ano propriamente fácil para mim. Aceitar as coisas que não conseguimos mudar tem sido mais difícil do que se poderia pensar, mas tenho lutado contra essa tendência natural de querer mudar tudo à minha volta. Aliás, tem sido uma luta contra os meus pensamentos, contra o cansaço e, por vezes, mesmo contra o desânimo. Quando reparei que a Maria das Palavras leu este livro e tinha gostado, eu que nunca tinha lido um livro de auto-ajuda, fiquei curiosa e decidi que seria um óptimo livro para levar comigo nas férias. Eu sei que já há uns anos que tenho vindo a tentar mudar-me, crescer e melhorar a pessoa que sou, mas estava a precisar de motivação para voltar a encontrar-me e até a concentrar-me em mim mesma.

          Admito que sempre fui um bocadinho adversa a livros de auto-ajuda, sempre me soaram ideais para pessoas desesperadas que não conseguiam olhar para si próprias. No entanto, senti que estava na altura de voltar a inspirar-me a voltar a olhar para mim própria, compreender que pensar em mim não é um acto de egoísmo, mas sim uma necessidade (algo que tenho vindo a tentar lembrar-me ao longo deste ano). Decidi então levar o livro comigo na bagagem de férias e ver o que de tão bom tinha aquele livro. E foi a opção ideal.

       "O monge que vendeu o seu Ferrari" relembrou-me da necessidade de parar, respirar, reflectir e de sorrir. A necessidade de vivermos um bocadinho para nós próprios e de não vivermos em piloto automático a todo o momento. Lembrou-me que apreciar as coisas simples nos trazem felicidade e que não nos podemos deixar levar pelas rotinas, pelo trabalho e pelo que a sociedade nos tenta incutir diariamente. Eu, no meu inconsciente, sabia tudo isto, parecia simples senso comum, mas a verdade é que lê-lo veio reforçar a necessidade de estar mais atenta a mim própria e aos meus sinais. Este livro veio na altura em que mais precisava de me relembrar que a vida é muito mais que trabalho e problemas, que viver é muito mais do que a rigidez dos horários e das rotinas. Este livro não me ensinou nada de novo, é verdade, simplesmente veio relembrar-me de muita coisa que estava perdida no meio do esquecimento. É um livro de auto-ajuda, sim, com uma fábula que ajuda a perceber as coisas de uma forma bastante simples e acessível, mas é também um livro que ajuda a encontrar a luzinha que estava perdida dentro de nós. Simples, mas poderoso, assim é este livro.

04
Abr19

Não se esqueçam de ajudar com o IRS!

(Imagem retirada daqui)

       Não se esqueçam de ajudar alguém. Não custa, não perdem nada com isso e ainda podem ajudar.

       Não se esqueçam de doar 0,5% do vosso IRS para uma instituição à vossa escolha. Não receiem, não perdem nenhum valor ao fazer a doação e não é por a fazerem que irão receber menos no vosso retorno. Pelo contrário, irão ganhar bondade ao fazê-lo, irão ganhar solidariedade e até uma consciência melhor.

     Existem imensas instituições de solidariedade social, associações sem fins lucrativos e acções humanitárias que poderão ajudar apenas ao preencher o campo da consignação de 0,5% do IRS com o número da instituição que pretendem ajudar. Não guardem esse valor para o Estado, partilhem-no com quem mais precisa e de quem um dia podem vir a precisar. E se não sabem instituições a Operação Nariz Vermelho aceita sempre, a UNICEF, a Cruz Vermelha, a Amnistia Internacional dos Direitos Humanos, a APAV, a Acreditar e outras tantas que se as fosse a nomear a todas não sairia daqui.

        Nunca ajudar foi tão fácil. Não se esqueçam de ajudar com o seu IRS!

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