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justsmile

31
Dez21

E 2021 termina assim...

(Imagem retirada daqui)

        2021 foi um estranho ano, mas na minha cabeça a palavra que o melhor caracteriza é Realização. Senti que em 2021 iniciei a realização de muitos dos meus objectivos de vida, poderão não ter visto a sua concretização final, mas iniciei a realização dos mesmos. Mas Realizar não foi só um verbo, uma acção, foi também uma sensação, a sensação de realização com que me senti durante este ano, a nível pessoal, mas principalmente profissional.

         A nível pessoal a nossa casa começou a ser construida logo em Janeiro e a verdade é que ver um sonho nascer e crescer é uma sensação maravilhosa. É claro que tem o seu lado agridoce e também nos trouxe várias preocupações que ainda nos acompanham, contas e mais contas, e com o aumento dos preços dos materiais chegou a ser verdadeiramente assustador (e mantém-se) , até porque os nossos salários mantiveram-se e o banco não compadece de qualquer tipo de apoio para estes aumentos sobre os quais não temos o menor controlo. Tivemos de alterar planos, definir melhor as ideias e aumentar orçamentos que não estavam previstos, mas a verdade é que cá nos temos aguentado e, neste momento, vivemos um dia de cada vez sem tentar panicar antes da hora (Ele tem aprendido a técnica, mas ainda precisa de aperfeiçoamento). Foi um ano com muitas decisões, muitas dores de cabeça, mas a verdade é que este nosso projecto de vida começou a crescer e isso tem valido a pena, apesar de que por mim já estava pronta. A história da cigana da minha vida tem-me ecoado na cabeça e lembrado que a cada objectivo concretizado faço mais um 'check' ao que ela um dia me disse. (A saga da casa... #7)

       A nossa relação fortaleceu-se também este ano, penso que será o percurso natural de qualquer relação saudável, fortificar-se com o tempo, mas o excesso de trabalho que surgiu nas nossas vidas acabou por nos aproximar. Compreendermos mais a necessidade de nos colocarmos no papel um do outro, a necessidade de nos auxiliarmos e de passarmos tempo de qualidade juntos. Os tempos foram loucos e existiram dias que nem jantar juntos conseguimos, mas saber que um apoio incondicional esperava por nós fazia toda a diferença. Foi um ano de muito amor, com vontade de fazer parar o tempo e de simplesmente estarmos entregues ao silêncio juntos, mas foi um ano de muita compreensão e de ver no outro a realização dos sonhos. Se não fosse o apoio e motivação d'Ele não me teria aventurado tanto este ano. (Bodas de Trigo)

        Não foi um ano de convívios, de longos jantares e de esplanadas. Não foi um ano nada social, a pandemia assustou-nos e continua a assustar, mas foi um ano de muita saudade. Da vontade de ligar aos amigos verdadeiros, de partilhar novidades, de partilhar alegrias e tristezas, e foi um ano de compreender quem está ao nosso lado, mesmo que não falemos com essas pessoas durante semanas ou meses. Foram uns 30 longe daquilo que imaginava (e cheira-me que os 31 vão pelo mesmo caminho), sem festejos, sem viagens e sem abraços, mas foram tão acarinhados! Foram uns 30 cheios de amor, de chamadas telefónicas ao longo do ano, de muitas mensagens de telemóvel e de muita parvoíce para fazer sorrir. Tenho a certeza que comigo tenho os melhores e isso basta-me. (Caramba, já são 30!)

         A nível profissional foi um ano melhor do que poderia imaginar, não fiquei desempregada e isso foi realmente o melhor presente que me poderiam ter dado, mas houve tanta coisa a acontecer. O meu trabalho foi reconhecido como nunca antes tinha acontecido, por pessoas que valorizam, por pessoas que estão atentas e por pessoas que vêem as coisas acontecer. Trabalhei que nem louca, mas vi resultados, investi tudo o que tinha de mim em melhorar, crescer profissionalmente e aterrei de para-quedas num mestrado que me ajudou a iniciar a concretização de mais um sonho. Sei e sabia que seria uma loucura, acrescentar um mestrado a todo o trabalho que já tenho, no público e no privado, mas a verdade é que nunca me senti tão feliz, tão concretizada na minha área de formação. Senti pela primeira vez de que todo o meu esforço estava a ser recompensado e isso fez-me sorrir muito. (I'm alive!)

          2021 foi um ano em que muita coisa aconteceu, em que muita iniciou o seu caminho, mas sinto que foi um ano bastante generoso comigo. Apesar de todas as dores de cabeça, de todas as preocupações com que ainda termino o ano, sinto genuinamente de que apenas posso agradecer. Estou verdadeiramente grata por tudo o que este ano me deu, sei que preciso de melhorar um bocadinho a minha qualidade de vida, desligar-me um bocadinho do trabalho e ainda terminar todos estes objectivos que tiveram início neste novo ano, mas tenho o meu coração cheio de gratidão e apenas consigo sorrir. Obrigada 2021 por me teres feito crescer tanto!

29
Dez21

E os objetivos de 2021? Foram todos por um canudo!

(Imagem retirada daqui)

          Começo todos os anos com objectivos definidos para me conseguir orientar ao longo do ano, coisas minhas, que dependem unicamente de mim. Normalmente arranjo sempre forma de os concretizar, ajuda-me a manter o foco naquilo que quer e que me faz bem, mas este ano nenhum se concretizou, se calhar porque dei prioridade a dar resposta às questões financeiras da casa, talvez porque me dediquei ao trabalho de corpo e alma a tempo inteiro ou até porque quando tinha tempo livre o que mais desejava era desligar o cérebro. O ano de 2021 não foi para concretizar a lista de objectivos a que me propus e sabem uma coisa? Está tudo bem. Não cumpri nenhum dos objectivos da minha lista, mas a verdade é que não me importo, porque tanta coisa aconteceu durante o ano que é normal eu não me ter conseguido concentrar nos objectivos. Admito que por vezes ficava com peso na consciência de nem sequer me esforçar para os concretizar ou por simplesmente me esquecer deles e só para o final do ano é que aprendi a lidar com isso, porque é que tenho de me sentir culpada por falhar em algo a que propus a mim própria? Ainda em Abril deste ano falava disso mesmo, falhar é normal e faz parte do processo, e acho que nunca estive tão bem com as minhas próprias falhas. Dei prioridade às minhas necessidades, à concretização dos meus sonhos e isso foi o mais importante. E quais eram esses objectivos?

        Voltar a escrever recreativamente, este ano escrevi mais do que nunca, mas tudo menos de forma recreativa. Escrevi inúmeros relatórios, trabalhos para o mestrado, listas e mais listas, post-its para auxiliar a memória, mas escrever porque sim? Zero. Aliás, foi o ano em que escrevi menos neste blog, o que demonstra que a escrita não fez muito parte do meu dia-a-dia. E tudo bem, dei prioridade a outras coisas, nomeadamente, relaxar.

        Fazer uma formação, Ok, aconteceu! Uma em Junho e em Outubro comecei o mestrado, algo que ainda nem sabia que iria acontecer. Adoro aprender, mas adoro ainda mais melhorar a minha prática profissional e sentir que evoluo enquanto terapeuta da fala e isso para mim é muito bom. O mestrado veio ocupar muito da minha vida, pessoal e profissional, mas a verdade é que sei que é temporário e acabou por se tornar numa das minhas prioridades e por isso deixei de ter tanto tempo livre. Se me arrependo? Não, acredito que no fim valerá a pena a concretização deste sonho.

 

         12 meses, 12 receitas vegetarianas sei que não partilhei com vocês todas as vezes que o deveria ter feito, não foram 12, mas acredito que andará perto disso. No entanto, as refeições vegetarianas tornaram-se um hábito cá em casa em 2021 e foi uma enorme mudança para nós, mas uma boa mudança. A nossa saúde melhorou e adoramos todos os pratos que confeccionados, experimentamos novas receitas, novos pratos e até tenho partilhado alguns com amigos e a coisa tem corrido muito bem. As refeições vegetarianas vieram para ficar na nossa casa e isso é um sucesso, por isso considero este objectivo mais que cumprido!

         Ler 12 livros, nem de longe, nem de perto. O ano começou com leituras muito aborrecidas que o que acabou por me desmotivar, mas o cansaço e a falta de tempo também me ocupou os dias e a mente. As leituras passaram para último plano e o meu descanso para primeiro. Falhei, e volto a dizê-lo, tudo bem, não me importo. Li boas coisas e isso bastou-me, não ando numa corrida do tempo contra mim própria, apenas tento fazer melhor, mas as prioridades vão mudando e é importante eu compreender isso.

         Fazer umas férias, e aconteceram! Foram curtinhas, mas souberam muito bem. Realizei o desejo de ir ao Alentejo, mas ainda não ganhei coragem para me meter num avião, fosse para onde fosse. Foram uns dias bem passados por Portalegre, por mim repetia já outra vez!

         Fazer exercício 2 vezes por semana, e até que concretizei este objectivo até ter começado a trabalhar em mais que um sítio e então desde que comecei o mestrado, descambou completamente. Chegar todos os dias às 21h da noite, ao sábado ter aulas e trabalhar até às 20h e ao domingo ter de ficar no computador, impediu-me de dar prioridade à Yoga e conseguem acreditar que é a coisa de que tenho sentido mais falta? Aquela sensação de liberdade, de alívio nas costas e de leveza no fim de uma sessão fazem-me mesmo falta. Sinceramente não sei quando voltarei a conseguir enquadrar o exercício na minha rotina, mas gostava imenso.

            Afinal realizei mais coisas do que tinha verdadeiramente em mente, mas tenho a perfeita noção de que consegui muito mais do que imaginava. A nossa casa está finalmente a ganhar forma, estou a adorar o que faço apesar da sobrecarga de horário que isso me dá e sinto-me concretizada como nunca o tinha sentido na vida. Eu sei que a minha vida está uma verdadeira loucura, mas sou tão feliz no meio desta loucura que não consigo parar de pensar na sorte que tenho. Falhei redondamente nos objectivos? Sim, mas estou-me mesmo a lixar para isso.

           Que 2022 me deixe terminar os projectos que começaram em 2021 e que me continue a sentir assim, concretizada e feliz!

28
Dez21

O melhor de 2021

 

         2021 foi uma espécie de ano em confinamento, novamente muito tempo em casa, com algum receio de me aventurar para sítios com muita gente, as aproveitando os momentos caseiros. Foi um ano de boas séries, de bons filmes e até de boas leituras (por muito poucas que tenham sido). O melhor de 2021 vai para:

1. A Série

         Foi das melhores séries deste ano, Kate Winslet teve uma prestação fenomenal nesta série e valeu tão a pena. Uma série emocionante até ao fim, que mostra a vida amargurada de uma mulher que tenta defender a sua família apesar de toda a dor que traz em si. Se ainda não viram, recomendo vivamente que vejam. 

2. O Filme

       Sei que veio com algum atraso, sei que não é um filme de 2021, mas a oportunidade de o ver só surgiu este ano e não me arrependo. Foi um dos filmes que mais gostei de ver e que me deixou a pensar. Uma mistura de humor com uma realidade que muita gente deve conhecer, apesar de menos evidente e trágica, mas não existirão inúmeros parasitas na nossa sociedade? Foi um filme totalmente diferente daquilo que esperava, mas muito bom!

3. O Livro

        Li pouco este ano, mas este foi o livro que mais me agarrou. Maria Dueñas tem esse poder de nos agarrar às suas páginas e As vinhas de La templanza não foi excepção. Um romance que vale a pena ler, que nos faz viajar por entre vinhos e minas, mas que nos deixa de coração aconchegado.

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4. A viagem

         Também não poderia referir outra que não Portalegre até porque não demos mais nenhum passeio. Como referi, este ano ainda não nos sentimos à vontade para viajar de avião, ir para sítios com muita gente, mas a opção de irmos para o Alentejo foi a melhor decisão que tomamos. Estávamos os dois a precisar de parar, de respirar e de estarmos apenas envolvidos pela natureza. Foi um recarregar de energia depois dos tempos atribulados que todos vivemos.

5. O post

        Ao longo deste ano pouco escrevi, aliás, penso que nunca tinha escrito tão pouco no blog. As prioridades da vida mudaram e acabei por deixar este espaço um bocadinho para trás, mesmo não me conseguindo desfazer dele. No entanto, houve dois posts que me marcaram e que me foram importantes pela reflexão que me proporcionaram: Do Minimalismo ao Slow Living e à Yoga e Falhaste? E está tudo bem. O primeiro fez-me compreender que não precisamos de seguir uma só ideologia, mas adaptá-la às nossas necessidades e a segunda? A segunda ajudou-me a relembrar que falhar faz parte do processo de crescimento.

          2021 foi mais um estranho ano que veio, mas trouxe as suas coisas boas e para vocês? Qual foi o melhor de 2021?

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