Lembram-se de eu ter dito que no dia do meu baile de finalistas fiz uma surpresa às minhas amigas? Aqui fica o que lhes escrevi, não se assutem, ah os nomes são ficticios senão elas matavam-me^^
Há dois anos atrás, cinco raparigas reuniram-se numa turma em que os rapazes na idade do armário predominavam. Não foi difícil a união entre elas, afinal eram só cinco raparigas no meio de tantos rapazes. No entanto, só passado um ano é que a amizade entre elas se tornou mais forte. Foi no início do 12º ano que tudo mudou entre elas, foi durante umas conversas muito estranhas no balneário feminino que se começaram a demonstrar as verdadeiras raparigas que eram e que todas confirmaram o lado perverso que mantiveram escondido durante todos estes anos. Foi então que as longas conversas sobre coisas inimagináveis as uniram e as mantiveram longe dos rapazes. Começaram então a considerarem-se autênticas taradinhas, sim, porque para as conversas que elas tinham não há outro nome (para além de perversas, mas que dize-lo parece mal). As suas conversas eram impressionantes, envolviam: sapatos agulha, chicotes, mordaças, baloiços e sabe-se lá o que mais (sim, elas são todas raparigas decentes e não pretendem pôr em prática as suas ‘mentes perversas’ com os namorados).
Certo dia, numa das muitas excitantes aulas de educação física, o futuro das cinco raparigas surgiu numa das muitas conversas. O destino ‘deprimente’ de cada uma foi traçado, um destino cheio de maliciosidade e pura diversão. Os destinos dessas cinco raparigas cruzavam-se pois desde o 12º ano tinham predestinado que aos 30 anos irião reunir-se para abrir um bordel, sei que a primeira imagem que passa ao leitor é que essas raparigas além de serem taradas são também doidas, mas a verdade é que são e a melhor parte de tudo isto, é que elas se orgulham de serem as malucas de todos os dias. O bordel seria num edifício todo espelhado em que as pessoas que por ele passassem conseguissem dar uma ‘olhadela’ à sua montra. Uma rapariga alta e de cabelo curto castanho seria a professora e manipuladora de todos os empregados e clientes se fosse preciso, é óbvio que me refiro à líder de este grupo de taradinhas, a Ana. A mais magra de todas essas raparigas seria a recepcionista, estaria sempre atenta a quem entrava e saia de modo a apreciar a satisfação do cliente, é claro que se trata da Luisa. No entanto, antes de o cliente entrar num tratamento de choque com a Ana, alguém se iria encarregar de o ambientar e de o deixar mais à vontade num ambiente tão depravado, essa pessoa é uma mulher atraente com uma voz aguda e uns gritos histéricos impossíveis de controlar, trata-se da senhora dona Claúdia, mais conhecida por Clau. Uma das pequeninas, a mais simpática com certeza, ficou encarregue do bar, de forma sedutora atrairia os clientes e faria-os beber e gastar o seu dinheiro no bar do bordel, pelo menos para se conseguir obter algum lucro, essa pequenina mas grande mulher é a Susana. A Branca, a mais distante das cinco raparigas estava encarregue da contabilidade do bordel. Como podem ver, chegava e sobrava trabalho para as cinco raparigas. Contudo, antes de acontecer a reunião para criarem o bordel dos seus sonhos, as suas vidas eram completamente deprimentes e cheias de lacunas.
Comecemos pela qual a vida era menos deprimente e triste de contar. O futuro da menina Branca não é tão deprimente como o das restantes meninas, por isso começaremos pelo mais suave e iremos parar ao mais triste de todos eles. A Branca irá num futuro, não ele muito longínquo, casar-se com o seu amado Toni e como o seu rabo irá aumentar cerca de 10 cm por ano, quando ela atingir os 30 anos não lhe vai restar mais nenhuma alternativa se não ser vendedora de sofás, o seu rabo será tão grande tão grande que o único local onde se poderá sentar será um grande e confortável sofá. (E sim, este é o destino mais ‘suave’, e não deitem as culpas à escritora, as cinco raparigas é que visualizaram o futuro de cada uma delas!)
O próximo destino retratado é o da Susana, esta tornou-se na Osteopata do grupo, mas temos de admitir que a sua capacidade como profissional não foi a melhor. Não é que logo no seu primeiro dia de trabalho torceu o pescoço a um doente e ele morreu, e não é que foi logo presa? Ah! Pois foi! Não que ela na prisão se precise de preocupar em não ter que apanhar o sabonete, mas a verdade é que há sempre o receio que a pequena Susana se torne amante da sua companheira de cela.
A partir deste momento o futuro das três restantes raparigas começa a ficar cada vez mais degradante, mas o que até está mais há altura da terceira posição é o da Ana. A Ana, como sempre sonhou e desejou, trabalhará com um chicote na mão. Mas não é um chicote qualquer, não é um chicote a fingir e muito menos de plástico. O instrumento de trabalho da Ana é muito mais elaborado, é um chicote de pele e que é cuidadosamente tratado pela própria. O chicote é apenas um suporte no seu trabalho, ela é a responsável pelos trolhas de uma obra civil e quando algum não se porta em condições a Ana é obrigada (com o maior dos prazeres) a dar-lhe uma chicotada, para ele aprender e não voltar a repetir a asneiras. Digamos então que o chicote é apenas um auxílio para um bom ambiente e aprendizagem num local de trabalho.
Já o destino da Clau é mais elaborado e completamente pensado até ao último pormenor. É necessário informar o leitor que esta rapariga sofre do síndrome de Lolita, para quem não sabe passo a citar o que se encontra ao alcance de qualquer um de vocês na internet “é a prática sexual por adultos com menores na faixa etária entre 10 e 16 anos”, acho que não preciso de dizer mais nada. Continuemos então a contar o futuro desta sedutora inata. O seu grande sonho é comprar implantes mamários e deixar de ser, vá, consideremos uma tábua. No entanto, para fazer essa operação de estética é necessário muito dinheiro, dinheiro que ela não tem. Então encontrou-se uma solução muito simples, ela casa-se com um homem velho e quase a cair para o lado, tem é de ser rico (como é óbvio), assim após dois dias de casamento com um velho caquéctico (dois, porque um ia levantar demasiadas suspeitas), ela deita um pozinho misterioso na bebida do velho e ele morre de ataque cardíaco, assim o seu sonho torna-se possível e ela pode seduzir criancinhas com as suas grandes mamas.
Em último lugar, mas não o melhor, o futuro da Luisa é o mais degradante e vergonhoso de todos eles (acho que não podia haver pior…). A Luisa viverá num maravilhoso celeiro com o seu amado Carlos, e visto não haver televisão para passar o tempo, juntos têm 20 filhos (dos quais metade a Clau vai pedir para ‘coçar a coxa à tia’ e pedir para ‘dormir a sesta nos balões da tiazinha’). As camas são quentes e confortáveis fardos de palha (‘Mãe, tenho frio. – Carlos, vai buscar mais palha para o menino!’). A Luisa tornar-se-á numa jovem obesa e a verdadeira típica mulher da aldeia, um grande bigode e uns berros esganiçados para chamar o marido que trás as couves do campo para o jantar.
Como podem ver, elas unem-se para melhorar as suas vidas de míseras ‘bactérias’ na sociedade e para tentar fazer do mundo, vá, fiquemo-nos por Portugal, um local mais sorridente decidiram criar um bordel e tornarem-se verdadeiras senhoras, capazes de serem dignas do seu trabalho.
Vá, agora a sério (agora vem a parte lamechas), o nosso futuro não vai ser assim tão deprimente, mas a questão do bordel mantém-se, até porque acho que nos vai render um bom dinheiro. Não se esqueçam é que daqui a 12 anos temos de nos encontrar numa das nossas reuniões e tratar a sério da questão do nosso negócio.
Quanto ao resto digo-vos, foi um prazer conviver convosco nos últimos dois anos, identifiquei-me convosco como nunca pensei identificar-me com nenhum grupo de amigos, vivemos os nossos momentos de taradice que me marcaram e que ainda hoje me fazem rir e só quero dizer que adoro as minhas meninas e que nunca as vou esquecer.
Beijinhos grandes queridinhas
Joana Santos
06 de Junho de 2009