Perdida por terras de Aldeias de Xisto
Este foi o fim-de-semana perfeito para aproveitar e usufruir da prenda de Natal da mana. Eu e Ele, após longas pesquisas, decidimos ir passar o fim-de-semana a visitar Aldeias de Xisto no interior do país. Não só foi um passeio importantíssimo a nível paisagístico e histórico, mas também a nível gastronómico.
Ao sairmos do Porto decidimos seguir o conselho do meu tio e da minha prima e lá nos metemos por caminhos estranhos e escondidos de Viseu para descobrirmos o restaurante 'O Martelo'. Tenho a dizer, por muito escondido que seja, por muito complicado que seja lá chegar e pelo preço (que não é bem os 10€ a que estou habituada), valeu muito a pena. Tem como especialidade cabrito grelhado e eu que não gosto de cabrito maravilhei-me. As entradas eram fabulosas, a comida fantástica e o ambiente rústico era mais que adequado.
Depois de nos empanturrarmos partimos para o Piódão. Nunca lá tinha ido e aquela pequena aldeia, no fundo de vales, cheia de pequenas casinhas transformou os meus olhos. Fiquei completamente encantada enquanto observava tamanha beleza.
As horas foram passando e dirigimo-nos por meio de montes, de subidas e descidas, por curvas apertadíssimas e estradas bastante estreitas, para Janeiro de Cima. Mais uma Aldeia de Xisto no meio dos montes e vales e pertíssimo do Rio Zêzere que contorna muitos desses montes e que dá magia às paisagens.
O hotel em que ficamos foi mesmo pertinho da Aldeia, Cova do Barro, e o único restaurante, 'O Fiado', recebeu-nos para o jantar com uma comida maravilhosa, um bacalhau com broa delicioso e migas como acompanhamento. Pena as entradas terem-nos enchido tanto e já não conseguirmos alimentar-nos mais, até porque no fim fomos mesmo dar uma caminhada pela terrinha.
Um sítio calmíssimo, com pouca gente, pertinho do Rio e tão limpo e cuidado que me fez desejar que a minha cidade fosse assim. De manhã, ao acordar, partimos para Castelo Branco. Um local citadino, mas que nos retirou da calma e tranquilidade das montanhas e das aldeias pequeninas, que apesar de sermos de uma aldeia não estamos mesmo habituados.
A viagem terminou em Aveiro, onde visitamos o afilhado e ainda nos deliciamos com um crepe de chocolate e um chocolate quente reconfortante para o frio que viemos a encontrar mais a norte. A viagem foi óptima, o que soube melhor, para além de observar paisagens de cortar a respiração, foi o facto de não termos horários. Apenas conduzirmos e pararmos quando quisermos. Decidir o rumo e o percurso que queríamos tomar e, principalmente, aproveitarmos das maravilhas que o nosso pequenino Portugal tem para nos dar.
E vocês conhecem as Aldeias de Xisto?