People Do Change
(Imagem retirada da Internet)
Nos últimos tempos tenho pensado no quanto as pessoas mudam, variadíssimas situações me levam a pensar na distância que se cria entre pessoas que durante anos foram tão próximas. Surge o desconforto presencialmente, a ignoração virtualmente e as memórias vão começando a desaparecer gradualmente. A dúvida fica sempre, para quem repara nessa transformação, no 'porquê?'. Se numas situações consigo identificar as suas razões, noutras são-me totalmente desconhecidas, e é nessas que mais me custa aceitar essas alterações de relação. Dou voltas e voltas à cabeça e não consigo encontrar uma resposta fundamentada.
Sou pessoa de reflectir mil vezes sobre essas situações e tentar sempre ver o ponto de vista do outro, mas tem-me sido tão difícil encontrar justificações que acabo por as atribuir à vida. O distanciamento dói e como odeio ser sempre eu a pessoa dar o primeiro passo para o quebrar, seja pessoal ou virtualmente, acabo por me contentar com estas situações. Noutras vezes sedo, mando o orgulho dar uma volta (ainda que isso me custe) e penso 'Já não falo com ele/a há um tempo, deixa ver se está online'. A conversa pouco se desenrola e de pessoal pouco tem. Depois pessoalmente (que já são raras as vezes) ainda é pior que virtualmente e acabo por entrar no jogo de ignoração que fazem comigo, fica-se pelo 'Tudo bem' e mais nenhuma sabe bem o que fazer. As relações humanas são tão complexas que por vezes sinto que o caminho mais fácil é mesmo não contrariar a corrente e comportar-me como os outros como se comportam comigo.
Sei que faz parte da vida a transformação, sei que faz parte as relações pessoais modificarem-se, sei que é necessária a mudança para se continuar a crescer, mas o porquê de algumas pessoas se afastarem sem aviso prévio? Porquê o desconforto que se cria entre duas pessoas sem existir um motivo aparente? Não sei dar uma resposta, sei que o que compensa são as pessoas que mudam, mas ajudam as suas relações pessoais a crescer também com quem sempre lá esteve.
Um enorme obrigada a esses amigos, que são tão poucos, mas que existem!