Para onde vão os guarda-chuvas (5/12)
(Imagem retirada daqui)
Não é fácil falar de um livro que nos chegou tão facilmente ao coração. Nem sempre é fácil explicarmos como gostamos tanto de viajar nas palavras de um livro. Consigo admitir, até com alguma facilidade, que quanto mais gosto de um livro, mais difícil se torna falar sobre ele, porque falar do coração nem sempre é fácil. Este foi um desses livros, em que devorei as suas quinhentas e poucas páginas em poucos dias.
Já há alguns anos que tinha vindo a ouvir falar do autor Afonso Cruz, mas nunca tinha lido. Os livros conseguem ser um bocadinho caros e difíceis de comprar em segunda mão, o que fez com que fosse ficando para o final da minha lista de desejos. Nesta quarentena, numa das promoções da Wook (que aproveito para dizer que amanhã estará com 20% de desconto em todos os livros, basta entrarem pelo link lateral que tenho ali) decidi mandar vir porque estava a um preço minimamente aceitável. Quando a encomenda chegou optei por guardar o livro que tinha em cima da mesa à espera de ser lido e comecei logo a ler este. Que boa decisão! Há muito, mas muito tempo mesmo que não me envolvia tanto num livro!
Para onde vão os guardas-chuvas é mais do que um simples livro, é mais do que uma lição de vida é uma viagem por sentimentos, pensamentos e questões existenciais. É uma viagem por uma cultura tão diferente da nossa, por pensamentos tão estranhamente diferentes e ao mesmo tempo tão aceitáveis como os nossos. Esta é a história de vida de um produtos de tapetes, aqueles tapetes mágicos que o fazem ligar a Alá, mas que conta a sua história de uma forma ainda mais mágica. É a história de vida Fazal, mas é muito mais que isso, é sobre perda, sobre um amor maior que a perda, sobre a sua superação e sobre o reencontro. É um livro demasiado mágico para conseguir falar muito sobre ele, fiquei demasiado absorvida no seu sabor para o conseguir partilhar tão facilmente. O fim? A lição? Pela primeira vez posso dizer que é agridoce, as palavras finais do livro deixaram em mim uma sensação de perda e tristeza enorme e ao mesmo tempo um conforto no coração que é inexplicável.
Nunca tanto recomendei um livro como este, leiam.