O sonho do Taj Mahal (21/15)
(Imagem retirada da Internet)
Peguei neste livro, na altura da Feira do Livro e ao olhar para o título e para a contracapa, fiquei na ideia de que seria um livro sobre a construção do Taj Mahal, aquele emblemático edifício Indiano. Ora, erro meu e de vários leitores, segundo informações do GoodReads. E não, não foi a tradução do título feita erradamente, o título é igual ao original, o problema foi a sua selecção não ter sido a adequada.
Se o livro não fala propriamente da construção do Taj Mahal fala então de um joalheiro Francês que se vê obrigado a fabricar uma jóia única para entregar ao Rei de Inglaterra, de modo a conseguir unir França e a Inglaterra, ou pelo menos fazerem as pazes. No meio de grandes peripécias e aventuras o objectivo fica por cumprir e é ao conhecer Birbal que vai para a Índia. Nesse novo país torna-se famoso e numa personagem muito importante para o Imperador, sendo seu joalheiro e até Engenheiro das Artes. É nesta altura que o autor começa a trazer pedaços das tradições indianas, pedaços da sua cultura e se calhar a parte que mais me encantou de todo o livro. A história em si é boa, mas não há nada de encantador para além de uma cultura que passei a conhecer um bocadinho melhor. Ao longo do livro muitas disputas se iniciam pelo trono, muitos anos se passam em viagem de um lado para o outro. Até que a Imperatriz Mumtaz morre ao ter o seu 14º filho de Xá Jahan o Imperador, que conquistou o trono após a morte de seu pai e de ter elimininado do seu caminho a madrasta Nur Jahan que durante anos tinha manipulado o trono e o reino. E na última página do livro, percebemos que este Imperador perde o amor da sua vida e manda construir o magnífico Tah Mahal em honra da sua amada e única esposa (o que era novidade, ter uma só esposa). Ainda a referir, que a personagem principal do livro, o joalheiro, tem um final que não é final. Foi preso pelos portugueses que tentavam ainda manter Goa no seu domínio e desapareceu.
Fiquei desiludida com o livro e talvez apenas porque o título não lhe faz justiça. Criei na minha cabeça a ideia de que só iria falar da construção do Taj Mahal e é na última página que se lhe faz referência. Enganem-se se pensam que o livro é uma história de amor entre o novo Imperador e Imperatriz, se há informações da sua história, são escassas e pouco importantes. Gostei do livro, simplesmente não gostei de ser iludida com o seu título.
"Chamar-lhe-emos o Palácio de Mumtaz: o Taj Mahal."