O Retrato de Dorian Gray (4/20)
(Imagem retirada daqui)
Nunca tinha lido Oscar Wilde e aventurei-me logo pelas páginas d'O Retrato de Dorian Gray. Penso que não escolhi a altura indicada para ler um livro deste género, gostei do conceito e a base da história, mas não consegui inteirar-me das conversas filosóficas e sobre a vida que nele existem. Talvez por andar demasiado cansada, talvez por andar com a necessidade de activar o botão 'desliga', não consegui absorver a filosofia da vida nele descrita, não consegui argumentar ou ficar irritada com alguns ideais supérfluos, algo que talvez noutra altura da minha vida tivesse acontecido. Gostei d'O Retrato de Dorian Gray, mas não adorei. Acho, pura e simplesmente, que não li o livro na altura indicada. Acho o enredo de génio, mas demorei na ler, demorei a entrar na história e acho que terminei o livro sem me sentir entusiasmada com o mesmo.
Dorian Gray um rapaz muito bonito faz praticamente um pacto com o diabo ao desejar a juventude eterna. Dorian Gray não quer envelhecer, não quer perder a luminosidade dos seus cabelos, não quer encontrar as rugas no rosto e só essa ideia o faz entrar em sofrimento. É então que, sem dar por isso, faz inconscientemente um pacto com o diabo e entrega a sua alma a um retrato seu. A partir de um acontecimento importante na vida, a sua alma começa a tornar-se negra, egoísta, egocêntrica e individual. Nada importa a Dorian a não ser a sua própria pele. E assim começa uma história assustadora, de uma sociedade que me fez reconhecer a nossa e de uma vida que parece a de tantos que nos rodeiam. O fim do livro é genial, aliás, como já referi, o livro é de génio, mas aquele final é simplesmente perfeito.
Gostei do livro e acho que só não o adorei porque não foi a altura certa para o ler. Serei eu a única com estes timmings de leitura?
"- A Humanidade leva-se demasiado a sério. É esse o pecado original do mundo. Se o homem das cavernas soubesse rir, a História teria sido muito diferente."