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justsmile

03
Dez18

O que aprendi em 2018?

(Imagem retirada daqui)

      O ano que está a terminar foi um dos melhores anos da minha vida, está no topo da lista daqueles anos que nos enchem o coração e de boas memórias. Foi um ano de muitas mudanças, de muitos desafios, mas também de muita luta e muita persistência. Este foi o ano de provar a mim própria muita coisa, de aprender comigo própria, com a minha vida e com as minhas opções e decisões. Foi um ano em que aprendi com os meus erros, com as minhas decisões e com as minhas reflexões. O ano de 2018 fica marcado pela mudança, mas também pelas aprendizagens que fiz de mim própria.

      Aprendi que estou rodeada de bons amigos e família. Eu já o sabia, sempre o soube. Não tenho muitos amigos, mas os que tenho são realmente bons e este ano tive a prova disso. Já o sabia, mas vê-lo e senti-lo como senti no dia do nosso casamento foi diferente, foi uma certeza muito forte, muito própria e compreendi que estou rodeada de pessoas que me querem ver feliz, que me querem realmente bem. Entre eles não vejo falsidade, não vejo más intenções e quem esteve presente naquele dia encheu-me o coração de uma forma que nunca tinha sentido. Quando fomos ler na igreja foi quando me apercebi que todos os que ali estavam eram por nós, que todos nos dariam a mão em situações de aperto, que todos ali partilhavam a nossa felicidade. Naquele dia, naquele momento, confirmei que a felicidade deve ser partilhada.

       Aprendi que afinal os sonhos se concretizam. Durante tanto tempo tive medo de sonhar, durante anos controlei os meus sonhos e os enjaulei para não cair na desilusão, até ao dia em que voltei a sonhar. Lentamente, passinho a passinho como um bebé que aprende a caminhar. Este ano não aprendi a sonhar, aprendi sim que os sonhos se concretizam. Casei com o meu melhor amigo, com o amor da minha vida, um sonho que esteve em mim desde sempre, e que se viu concretizado. Os sonhos podem demorar a serem concretizados, mas quando o são têm um sabor especial, uma sensação de concretização que não se consegue explicar. Vale a pena sonhar, vale a pena lutar pelos nossos sonhos, porque mais cedo ou mais tarde acabam por se concretizar.

       Aprendi a dizer mais vezes 'não'. O tempo, a obrigação de poupança, o trabalho em excesso ensinaram-me a dizer mais vezes que não. "Não posso. Não dá. Não consigo." palavras que entraram mais vezes no meu vocabulário como um método de auto-defesa, fosse para descansar mais um pouco, fosse para poupar para os meu objectivos ou até para não me assoberbar de trabalho. Matei em mim a sensação de culpa e o único 'se'? Se calhar devia tê-lo feito ainda mais vezes do que realmente fiz.

      Aprendi que nem sempre as pessoas fazem por ti o que tu fazes por elas. Infelizmente. Senti-me triste, desiludida por compreender que nem sempre a amizade é bilateral, ou que o conceito de amizade é semelhante. Doeu, talvez ainda doa. Pensava que já tinha aprendido esta lição no passado, mas afinal continuo ainda a não ter a lição bem estudada e voltei a cair na desilusão. Aprendi que nem sempre as pessoas fazem por mim aquilo que faço por elas, mas talvez fosse necessário aprender esta lição, voltar a compreender que nem toda a gente merece a nossa atenção de forma igual.

        Aprendi que consigo sempre aquilo por que luto. Pode demorar, imenso até. Pode ser duro, como foi, mas desistir nunca foi uma opção e valeu bem a pena! Voltei a trabalhar como terapeuta da fala e nunca me senti tão concretizada num emprego. Houve muitas quedas antes de conseguir voltar ao mercado do trabalho, houve muitas desilusões e até lágrimas, mas voltei. É verdade que o desemprego é certo dentro de alguns anos, mas até lá? Até lá vou agarrar esta oportunidade e tirar o melhor partido dela.

       Aprendi que a vida nunca pára. Achei, ingenuamente, que casando e conseguindo a nossa casinha as coisas iriam acalmar, que iríamos ter mais tempo para relaxar, mas a vida deu uma volta de 180º e nada parou. O tempo continuou a ser escasso, o número de tarefas aumentou e de um objectivo alcançado passamos imediatamente para o próximo. É bom, tem sido fantástico, mas extremamente cansativo e tenho a sensação que a vida irá ser sempre assim, passar sem parar.

       Este foi sem dúvida um ano de muitas aprendizagens, muitas lições. Não foi tudo um mar de rosas, longe disso, mas o balanço é tão positivo que apenas me posso sentir grata, mesmo com as coisas menos positivas. Que o próximo ano seja um ano de boas aprendizagens!

 

 

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