O Prisioneiro do Céu (10/25)
(Imagem retirada da Internet)
Depois de A sombra do vento e O jogo do anjo, veio O prisioneiro do céu. Ao terminar a última página deste livro, o primeiro pensamento que me passou pela cabeça foi 'Só isto?'. Zafón habituou-me a uma leitura intrigante, impossível de parar, sempre rodeada de mistério, acção e um romantismo a envolver toda a história. Este último livro da saga não me transmitiu nenhum destes sentimentos.
As personagens do primeiro livro voltaram ligadas a David, o protagonista de O jogo do anjo. É a primeira vez que compreendemos realmente a ligação entre eles e a forma como as suas histórias se cruzam e apesar de obtermos algumas respostas que ficaram a pairar no ar nos últimos livros, não há nada neste livro que me tenha prendido como nos anteriores. As personagens estão mais maduras, mantém os seus segredos, mas falta-lhes a essência que lhes foi dada nos livros anteriores. A verdadeira sensação que tenho é de que foi um livro escrito à pressa para terminar a trilogia de 'O cemitério dos livros esquecidos', pareceu-me algo feito sobre pressão que deixou pelo caminho o encanto que antes tinha tido ao ler Zafón. 'O cemitério dos livros esquecidos' é um local apenas de passagem neste livro, não lhe dando o verdadeiro significado que lhe foi conferido nos livros anteriores e tudo termina assim. Nem a verdadeira essência o sabor que me fez apaixonar por Zafón.