O Monge que Vendeu o seu Ferrari (6/12)
(Imagem retirada daqui)
Quem me conhece ou tem passado por este cantinho tem compreendido que este não tem sido um ano propriamente fácil para mim. Aceitar as coisas que não conseguimos mudar tem sido mais difícil do que se poderia pensar, mas tenho lutado contra essa tendência natural de querer mudar tudo à minha volta. Aliás, tem sido uma luta contra os meus pensamentos, contra o cansaço e, por vezes, mesmo contra o desânimo. Quando reparei que a Maria das Palavras leu este livro e tinha gostado, eu que nunca tinha lido um livro de auto-ajuda, fiquei curiosa e decidi que seria um óptimo livro para levar comigo nas férias. Eu sei que já há uns anos que tenho vindo a tentar mudar-me, crescer e melhorar a pessoa que sou, mas estava a precisar de motivação para voltar a encontrar-me e até a concentrar-me em mim mesma.
Admito que sempre fui um bocadinho adversa a livros de auto-ajuda, sempre me soaram ideais para pessoas desesperadas que não conseguiam olhar para si próprias. No entanto, senti que estava na altura de voltar a inspirar-me a voltar a olhar para mim própria, compreender que pensar em mim não é um acto de egoísmo, mas sim uma necessidade (algo que tenho vindo a tentar lembrar-me ao longo deste ano). Decidi então levar o livro comigo na bagagem de férias e ver o que de tão bom tinha aquele livro. E foi a opção ideal.
"O monge que vendeu o seu Ferrari" relembrou-me da necessidade de parar, respirar, reflectir e de sorrir. A necessidade de vivermos um bocadinho para nós próprios e de não vivermos em piloto automático a todo o momento. Lembrou-me que apreciar as coisas simples nos trazem felicidade e que não nos podemos deixar levar pelas rotinas, pelo trabalho e pelo que a sociedade nos tenta incutir diariamente. Eu, no meu inconsciente, sabia tudo isto, parecia simples senso comum, mas a verdade é que lê-lo veio reforçar a necessidade de estar mais atenta a mim própria e aos meus sinais. Este livro veio na altura em que mais precisava de me relembrar que a vida é muito mais que trabalho e problemas, que viver é muito mais do que a rigidez dos horários e das rotinas. Este livro não me ensinou nada de novo, é verdade, simplesmente veio relembrar-me de muita coisa que estava perdida no meio do esquecimento. É um livro de auto-ajuda, sim, com uma fábula que ajuda a perceber as coisas de uma forma bastante simples e acessível, mas é também um livro que ajuda a encontrar a luzinha que estava perdida dentro de nós. Simples, mas poderoso, assim é este livro.