O Mistério da Estrada de Sintra (7/15)
(Imagem retirada da Internet)
Juro. Juro que tentei gostar de Eça de Queirós, juro que tentei gostar da sua escrita, mas ao fim de três livros dele desisto. Nunca mais na vida compro Eça de Queirós, seja sozinho ou em parceria com alguém. Não foi n'Os Maias' que me apaixonei por ele, nem n'O primo Basílio' e nem n'O Mistério da Estrada de Sintra'. Hoje, aqui, prometo nunca mais ler Eça de Queirós.
Tentei lutar contra esta minha falta de gosto, pensei que não tivesse gostado dos seus livros por vários motivos, por serem estranhos, por serem histórias completamente diferentes, mas a verdade é que não gostei pela sua escrita. Não consigo aguentar a escrita do homem. Dos três livros de Eça de Queirós gostei mais deste último, mas ainda assim o meu gosto prende-se à história e não há sua escrita. Decidi fazer este meu último esforço porque o filme baseado neste livro parece-me fantástico e gostava de o ler, antes de o ver e então lá arrisquei. Pronto, à terceira foi de vez, desisti do homem. Não tenho paciência para a sua escrita romanesca, cheia de pirosices e de amores que são demasiado extremistas, os quais ele apoia incondicionalmente e até tem piedade deles. Não dá, não consegui.
No entanto, se retirar tudo o que não gostei no livro, essencialmente a escrita demasiadamente descritiva e os monólogos completamente surreais, adorei a história e a ideia base de esta ser contada por cartas. Um amor com imensa paixão, mas descontextualizado da vida social, que leva a uma morte trágica e acidental. Agora? Nunca mais lerei Eça de Queirós, mas irei já à procura do filme.
"Creio que te fias de mais no amor! Ele não constrói nada, não resolve nada, compromete tudo e não responde por coisa alguma. É um desiquilíbrio das faculdades..."