O livro dos Baltimore (18/25)
(Imagem retirada daqui)
Depois de ter lido ‘A verdade sobre o caso Harry Quebert’ fiquei perdidamente apaixonada pela escrita de Joel Dicker. É uma escrita envolvente, entusiasmante e que mistura romance com acção e mistério. Joel Dicker tem uma escrita bastante acessível, mas prende de tal forma o leitor que a vontade de devorar as suas quinhentas páginas é simplesmente enorme (nem sei como demorei tanto tempo a ler este livro).
No último livro que li do autor houve muitos momentos em que não sabia o que aconteceria, em que o ‘nó no cérebro' era tão grande que aumentava a probabilidade de devorar mais umas cinquenta páginas num ápice. Ao pegar em ‘O livro dos Baltimore’ receei que não me prendesse da mesma forma, no entanto esse receio desapareceu ao fim de poucas páginas. Tal como já se sucedera, Joel Dicker prendeu-me a um livro sobre a história de uma família. Joel quase que me fez sentir parte daquela família, ou simplesmente como se eu fosse a narradora da história. Joel descreveu a relação entre duas famílias, que apesarem de serem do mesmo sangue são opostas e só com o passar é que são descobertas as razões de tamanhas diferenças. No meio de tudo isto, há um amor, há uma viagem ao passado e há muitas histórias de família que explicam as circunstâncias do dia-a-dia.
Marcus é um autor, que relata a sua relação com o irmão do pai, seu tio. Uma relação de verdadeiro amor pela sua família, mas também pelo seu estilo de vida. O trio dos Goldman, Marcus, o primo e o primo adoptivo, vivem uma juventude cheia de histórias, vitórias e crescem com a ambição de serem grandes. Mas é nesse entretanto, durante o seu crescimento, que as suas vidas seguem um caminho que não era suposto. Más decisões, más escolhas e ciúmes absolutamente desnecessários. Tudo isso encadeia no ‘Drama’, que trará anos mais tarde outra vez à vida de Marcus o amor da sua vida que tinha ficado perdido na juventude.
Aviso desde já que é um livro viciante, por vezes no trabalho estava a pensar na ansiedade que sentia em chegar a casa e devorar o bendito livro. Aviso que é um livro que não dá sono e muito menos vontade de parar. Aviso ainda que estou completamente apaixonada por este escritor e que já penso no próximo livro que irei adquirir dele. Por fim, aviso, ‘O livro dos Baltimore’ é tudo aquilo que se pode pedir para um bom livro.
“Faça como faz com o cão. Deixe-se escolher. O problema das pessoas que compram um cai é que elas não se apercebem, muitas vezes, que não escolhem um cão, mas é bem o contrário: é ele que decide as suas afinidades. É o cão que o adopta, fingindo obedecer a todas as suas regras para não o entristecer.”