15
Mai14
Não há coisa que me irrite mais!
(Imagem retirada da Internet)
À noite deitadinha no sofá e de luzes apagadas a ver televisão sinto um zumbido no meu ouvido. Sacudo uma vez. Sacudo duas vezes. Sacudo três vezes. Até que me transformo quase no Sangoku em busca do ser miserável e irritante que me anda a perturbar o meu momento de relaxamento. Os mosquitos têm este poder sobre mim, transformar-me numa pessoa completamente possessa em busca da criatura irritante que adora zumbir-me ao ouvido. Não há coisa que me irrite mais que os mosquitos, adoram morder-me as pernas e sem compreender o porquê, cá em casa sou sempre eu a mordida, e lá começo eu a coçar-me na perna e até na barriga que costuma estar mais que tapadinha. À noite, já na cama acontece-me exactamente o mesmo e juro que não consigo dormir enquanto ele não se cala ou enquanto não o vejo estatelado num móvel do quarto ou na parede. Eu sei e tenho consciência de que quando um mosquito me começa a atormentar a disposição eu me transformo numa má pessoa, terrível mesmo, sempre com o chinelo na mão e com os olhos bem abertos para ver quando consigo tirar a vida àquele ser, transformo-me numa verdadeira assassina. Eu sei, não é uma imagem nada agradável, mas não a consigo evitar.
Os mosquitos tiram-me do sério! Arre!
Serei só eu assim?