Mulherzinhas (15/20)
Há muito que desejava ler este livro de Lousa May Alcott, este ano, para não me desviar dos meus objectivos, coloquei-o na minha lista de livros a ler em 2017. Objectivo concretizado, mais um clássico adquirido, mais um clássico lido.
"Mulherzinhas", um daqueles clássicos americanos tão referido em filmes e em livros, que se tornou para mim um livro de leitura obrigatória. Estava bastante entusiasmada quando o comecei a ler, toda a gente falava bem dele e além do mais era um clássico. Logo para mim que adoro clássicos! No entanto, demorei quase um mês a ler o livro e nunca lhe apanhei muito bem o ritmo, a verdade é que só o acabei de ler porque na minha cabeça defini que isso aconteceria, fosse de que maneira fosse, no fim-de-semana passado. Lá peguei no livro e vou admitir uma coisa, apenas me apaixonei pelo livro nos últimos capítulos. Aí sim, agarrei-me ao livro e devorei-o com bom gosto. Até àquele momento não tinha conseguido criar nenhum tipo de ligação com o mesmo. As personagens apenas me pareciam demasiado infantis, demasiado mimadas, pareciam-me apenas personagens com muitos 'demasiados' negativos. No entanto, nos últimos capítulos consegui encontrar-lhes a virtude, o bom coração e a maturidade que lhes faltava para me prender ao livro.
Este é um livro sobre uma casa cinco mulheres, onde o único homem foi destacado para a guerra. Ficaram entregues a si próprias e a uma mãe carinhosa, motivadora e esperançosa. Uma mãe que as ajuda a superar os seus defeitos, as suas dificuldades e a controlar as suas virtudes. Um livro em que cada capítulo ensina uma moral, um livro muito bem escolhido para o Plano Nacional de Leitura, pois realmente a adolescência é a idade ideal para aprender um bocadinho sobre respeito, moral e educação. Um livro que apesar de juvenil nos fala sobre todos os aspectos da vida, sobre todas as dificuldades, mas também a essência de se ser jovem e criança. Não é um simples romance, mas um livro de aprendizagens, sobre o amor, sobre o auto-conhecimento e sobre a amizade. A força é uma constante, a esperança aparece e desaparece, tal como na vida de todos nós, mas a essência mantém-se e foi isso que me agradou no livro.
Não foi, definitivamente, um dos meus livros preferidos, mas gostei. Gostei de ler as "Mulherzinhas", mas gostei ainda mais de finalmente ficar a par de um dos livros mais falados da literatura americana.