Modo adrenalina ativado
Janeiro entrou com chuva, frio e dias cinzentos. Em que a vontade de ficar na cama é mais que muita e de ficar de baixo da manta no sofá ainda maior, mas a verdade é que acordei para este mês com o modo adrenalina activado. Sinto que ando numa constante correria para conseguir dar resposta a todas as minhas responsabilidades, que este mês se acumularam de uma forma absurda. Em Janeiro tenho imensa coisa para dar início, início a dar formação a educadoras, vou realizar uma tertúlia com encarregados de educação, tenho de iniciar o levantamento de dados para a minha tese de mestrado e ainda tenho novos casos no particular para dar resposta. Toda uma ginástica de horários. Tenho uma lista enorme de tarefas profissionais para dar resposta e para isso tive de activar este meu modo que não aprecio. Com o modo adrenalina activado sinto que os dias passam sem os sentir, que não consigo apreciar de forma adequada os pequenos momentos e que nem tenho pausas para agradecer aquilo que tenho na minha vida. Não me interpretem mal, adoro tudo o que estou a fazer a nível profissional, mas ridiculamente disse que sim a demasiada coisa em Janeiro. Talvez por não querer dar parte fraca às chefias. Talvez por não querer demonstrar que ser mãe me obriga a reduzir a carga profissional. Talvez por querer agarrar o mundo de uma só vez. Talvez apenas porque tudo eram coisas que queria realizar no meu caminho profissional e todas combinaram num único mês. Talvez fui só ridícula a dizer a tudo que sim. Apesar de tudo, é ridículo dizer que gosto disto? Não gosto da correria a que me obriga, nem às horas presas ao computador, mas que adoro fazer isto tudo?
Sei que Janeiro, além do frio, trouxe-me uma carga de trabalho enorme, mas também sei que Janeiro tem só cinco semanas e como todos os meses há de passar. Vamos lá a um dia de cada vez.