Minimalism: A Documentary about the important things
(Imagem retirada daqui)
Um dos meus objectivos para estas férias era ver o tão falado documentário de Joshua e Ryan sobre o Minimalismo. Ainda não tinha tido oportunidade e apenas, recentemente, é que adquiri a Netflix e por isso sabia que as férias seriam a desculpa perfeita para me dedicar a ver um documentário sobre uma temática que tanto tem mexido comigo. Quando comecei a ler mais sobre o Minimalismo, há cerca de um ano, procurava uma forma de me reorganizar. De reorganizar o meu espaço, as minhas coisas e a minha vida, mas foi algum tempo depois que compreendi que o Minimalismo me levou a reorganizar também interiormente e foi quando me apercebi da influência que as coisas físicas têm no nosso bem estar e equilíbrio interior.
Durante as minhas primeiras pesquisas The Minimalists surgiram várias vezes, mas só mais tarde compreendi que eram dois amigos que tinham dado uma nova visão a este modo de vida. Assim, apesar de já me ter envolvido no Minimalismo há mais tempo, apesar de querer continuar a colocá-lo em prática, achei que seria a altura ideal de fazer um refresh na minha mente sobre este tema que tanto gosto e decidi ver o documentário mais conhecido sobre a temática.
Minimalism: A Documentary about the important things é exactamente isso, um documentário sobre as coisas que realmente importam na vida. O documentário não se foca na necessidade de nos separarmos de tudo aquilo que temos, não fala sobre vivermos apenas com uma t-shirt e uma camisa e nem nos faz compreender que o objectivo maior é terminar numa tenda ou numa casa com 10m2. O que este documentário transmite é que a felicidade está além de tudo aquilo que compramos, que está além de todas as coisas que vemos na televisão e que queremos comprar, faz compreender que a felicidade está nas pessoas que gostamos, nas experiências, na natureza, nos pequenos prazeres que nos fazem levantar todos os dias e que os bens materiais excessivos são apenas para preencher um vazio que existe dentro de nós. Para mim esta foi uma das mensagens mais fortes que o documentário conseguiu transmitir. Joshua e Ryan tiveram dinheiro, tiveram a grande carreira profissional e conseguiram tudo isso durante a casa dos 20 anos, mas não eram felizes, e só depois de uma epifania é que o compreenderam. A sociedade está cada vez mais consumista, cada vez mais materialista e as publicidades influenciam-nos de tal forma que consideramos que apenas seremos felizes ao ter o telemóvel XPTO, o carro da moda e a casa com cinco assoalhadas, mas a verdade é que nada disso nos garante a felicidade, nada disso nos dará a felicidade, será apenas uma ilusão momentânea. E foi isso que o documentário destes dois amigos transmitiu de tão importante, todos os testemunhos, todas as pessoas que falaram das suas experiências, em momento nenhum disseram ' serás feliz se deitares tudo fora', apenas transmitiram que a felicidade não está na quantidade de coisas que tens, mas sim no tempo que reservas para ti, nas tuas experiências e nas pessoas que te rodeiam, as coisas são apenas adereços, são para serem utilizados, mas não poderão influenciar a tua felicidade.
Este documentário voltou a fazer-me compreender a importância do Minimalismo e porque o quero manter na minha vida, foi uma espécie de refresh à minha mente para me lembrar das coisas que realmente são importantes e só por isso já valeu a pena. Mas a verdade? É que é um documentário que valerá sempre a pena, para Minimalistas, para não Minimalistas, para consumidores, para todas as pessoas, pois pode ser uma espécie de acordar da dormência desta sociedade para uma felicidade criada por si próprio. Este é sem dúvida um documentário que todos deveriam ver.