Habemus terreno!
(Imagem retirada daqui)
Finalmente, depois de uma saga enorme, eu e Ele temos um terreno.
Chegar até aqui não foi fácil. Os preços, as pesquisas, a localização e as papeladas foram coisas que nos atormentaram a todo o momento. A nossa cabeça até hoje (e provavelmente continuará assim até ao próximo ano) fez mil e quinhentas contas de soma e subtracção. Em Setembro, quase como por milagre, um dos terrenos que mais namorávamos tinha voltado a ficar disponível para venda. Esta espécie de milagre fez-nos desistir de pensar em apartamentos, casas e outros locais. A localização do terreno era perfeita, bem na nossa terrinha, com muita área, uma paisagem de chorar por mais e ao preço da chuva. Apalavrado tinha então ficado de que nos comprometíamos a comprar o terreno, a alguém nosso conhecido, a alguém que consideramos nossos amigos. Assim, durante os meses seguintes Ele só se preocupava com o terreno. Se os metros estariam correctos, como é que comprovávamos a forma do terreno se este estava todo cheio de silvas e ervas, como iríamos lidar com a vizinhança, como íamos tratar da papelada e quanto dinheiro iríamos gastar em todo este processo. Tudo eram e ainda são dúvidas. Durante meses a escritura do terreno foi sendo adiada, de Dezembro para Janeiro e de Janeiro para Fevereiro, até que, finalmente, hoje demos o passo final. Eu e Ele temos (quase) oficialmente um terreno (pequenas questões burocráticas que faltam). Depois de nos limparem as carteiras nas finanças e no notário, demos finalmente um dos passinhos que mais desejávamos. O terreno é nosso.
Os pequenos receios não desapareceram, longe disso, mas hoje, só hoje, sinto-me mais leve (e não é só na carteira). Finalmente dei um dos maiores passos da minha vida, hoje iniciou-se o caminho para a construção da casa dos nossos sonhos. Este sonho poderá demorar anos, mas o primeiro passo já está, que venham os próximos.