Eu interpreto, tu interpretas
(Imagem retirada daqui)
A comunicação através da escrita tem milhentas maravilhas. Há quem a veja como um facilitador para a comunicação. É através da escrita que partilhamos coisas nas redes sociais, é através da escrita que lemos as notícias dos jornais e, a minha maior paixão, os livros. Mas a verdade é que a escrita pode ser um 'pau de dois bicos'. A escrita e a utilização das palavras pode ser o ponto das maiores confusões. A forma como lemos e interpretamos as coisas pode criar problemas entre as pessoas, criar guerras e situações bastante constrangedoras que nunca aconteceriam se tivessem sido transmitidas cara a cara. Quem é que nunca foi mal interpretado sobre algo que escreveu?
As palavras em si só são apenas palavras, são os sentimentos, as emoções e a conotação que lhes transmitimos que fazem delas fontes poderosas da comunicação. No caso da escrita, a pontuação é o maior aliado na transmissão de informação, no entanto não é suficiente para por vezes ser explicito. Por vezes queremos escrever algo divertido que é interpretado como critico. Outras vezes queremos escrever sobre um assunto sério e quem nos lê acaba por ver nele a maior das piadas. É difícil através da escrita sermos cem por centro compreendidos. Se isso já acontece quando estamos fisicamente ao lado de alguém a conversar, agora imaginem num contexto um pouco mais abstracto como é o da escrita. A forma como lemos, como interpretamos as palavras tem tudo a haver com os nossos sentimentos na hora, com os nossos conhecimentos e até mesmo o pré-conceito (e não preconceito) que temos sobre a pessoa em questão.
A escrita é realmente uma forma sensacional para comunicar, contudo é necessário termos certos cuidados. Os emotions vieram a ajudar a coisa, dando uma conotação e um determinado sentimento ao texto, no entanto é necessário termos em atenção outras vertentes. Ao lermos algo não podemos tirar ilações imediatas, não podemos criticar e muito menos pensar que a pessoa se sentiu assim e assado, principalmente se conhecemos pouco a pessoa. A questão aqui não é só quem lê, mas quem escreve deverá também compreender que pode ter sido mal interpretado, que a sua escolha de palavras e pontuação poderá ter levado a uma interpretação diferente da sua. Ou até mesmo que os seus sentimentos naquele momento não eram os que pretendia dar a conhecer.
Comunicar pela escrita é, para mim, das melhores formas de verbalizar o que me vai na alma, mas lembro-me sempre, que aquilo que escrevo poderá não ser lido no 'tom' que pretendo.
Eu interpreto assim, tu interpretas diferente, não estamos errados, apenas falhou a comunicação e para melhorar basta esclarecer ou dizer-se o que se sente.
Vamos descomplicar.