Efemeridade da vida
(Imagem retirada da Internet)
É nestas alturas mais escuras em que me questiono sobre a efemeridade da vida. É na altura de perda e de dor que me volto a questionar sobre o sentido da vida, qual a sua função e o seu objectivo. É neste dia mais sombrio que me apercebo de como a vida é passageira, de como num momento estamos aqui e no outro passamos a deixar de ter a nossa alma no mundo. A perda, a dor, as lágrimas, as memórias fazem todas parte destes momentos negros. Estes próprios momentos fazem parte da vida de qualquer um, mas as questões percorrem-me a cabeça de forma inevitável. A sensação de vazio acaba por preencher todo o sentimento e pensamento, acabando por apenas querer adormecer e só acordar depois da tempestade. Quão efémera é esta vida e tão pouco conseguimos levar connosco, deixando mais por cá do que aquilo que podemos imaginar. A vida é realmente passageira e só me lembro disso quando a morte bate 'na porta ao lado'. Hoje é um dia escuro, um dia negro, em que se tenta pensar 'Já viveu tanto, agora chegou a sua hora', mas é difícil conseguir compreender esse conceito de 'tanto' quando na verdade não faço a mínima ideia de qual o nosso prazo de validade enquanto seres humanos. Hoje volto a lembrar-me da efemeridade da vida e hoje volto a perder alguém. Acredito que assim será melhor para seu próprio bem, mas as questões filosóficas do sentido da vida vêm agarradas a estes acontecimentos e fazem-me questioná-las de forma mais vigorosa.
Hoje e amanhã e ainda depois será difícil, mas sei que o tempo ajudará tudo e todos.