E parece que sou uma pessoa de Yoga
(Imagem retirada daqui)
Ao longo da minha vida fui tentando praticar desporto de forma, minimamente, regular. Quando andava no ciclo praticava com regularidade badminton e andebol, fazia parte de uma equipa de andebol praticando mais de três vezes por semana. No secundário ainda mantive alguma rotina com o andebol, no entanto quando chegou a altura de me preocupar com a entrada na faculdade o desporto desapareceu da minha vida e assim continuou ao longo da faculdade. Só quando comecei o meu primeiro trabalho senti a necessidade de me dedicar novamente ao desporto, demasiado tempo sentada, algum stress à mistura e sabia que a minha melhor cura seria praticar algum desporto.
Sempre adorei desportos mais mexidos, com maior movimento, mas admito que não foi fácil encontrar aquilo que realmente gostava de praticar. Iniciei-me com o zumba em 2013 e era uma desgraça, além de não gostar muito da música a minha descoordenação era tamanha (apesar de ter melhorado com a prática), devo tê-lo feito durante 1 ano e acabei por desistir tamanha era a minha desmotivação. Depois decidi experimentar a piscina, onde consegui manter-me, minimamente, regular durante dois anos. Ia sozinha em regime livre e acabava por me desafiar a mim própria, obtendo resultados óptimos com o desaparecimento da celulite e com o aumento da coordenação respiratória, no entanto voltei a parar devido a otites que comecei a fazer (mesmo utilizando os tampões). Entretanto, mesmo enquanto praticava piscina decidi experimentar yoga pela necessidade de fazer alongamentos, sentia que já tinha uma boa musculatura, uma boa coordenação respiratória, mas a piscina não me dava a parte de alongamentos que necessitava. Admito que ao início a yoga me foi bastante custosa, considerava-a demasiado parada, a parte de meditação era uma tortura entre o tentar manter-me acordada e o pensar "isto nunca mais acaba?". No entanto, o local onde frequentava a yoga deixou de ter aulas e voltei a parar de praticar, só retomei em 2019. E porque retomaste se não estavas a gostar? Porque apesar de estar a encontrar demasiados "senãos" encontrei um bem estar físico com este tipo de exercício, a minha elasticidade foi gradualmente aumentando e isso foi suficiente para continuar a praticar. Então em 2019 retomei e entrei num ginásio onde descobri o circuito e novamente a yoga e foi a partir daí que comecei a sentir-me mais atraída pela yoga, a professora era espectacular, nem demasiado lenta, nem demasiado rápida e sempre com uma leveza na pele que me deixava cheia de inveja. Até hoje nunca mais parei com a yoga e porquê?
Desde de Setembro de 2019 que comecei a praticar de forma mais regular e comecei a sentir-me melhor neste exercício, já chegava bem com as mãos ao chão, já tentava fazer posições invertidas e atingir coisas que jamais imaginava dava-me a motivação necessária para continuar. Veio a pandemia e senti a necessidade de continuar a fazer yoga em casa, foi então que encontrei a Downdog App e nunca mais larguei. Encontrei nesta App a resposta às minhas necessidades, aumentei o ritmo de exercício, faço no horário que quero e no final da minha prática sinto-me a pessoa mais leve deste mundo. Durante estes dois últimos anos de prática de yoga desmistifiquei muitos dos pré-conceitos que tinha sobre a yoga e vejo nela um exercício completo de corpo e mente. Sou capaz de fazer uma prática que me deixa exausta, vermelha que nem um pimento e com a t-shirt toda molhada, como posso simplesmente desejar por um exercício de relaxamento e que exija menos do meu corpo. É esta variação, é esta combinação de competências que a yoga exige que me faz adorar esta prática, não só trabalho o meu equilíbrio, a minha força, como a minha atenção a minha coordenação respiratória e a minha mente. A yoga é uma das práticas mais completas que já experimentei e tem-se alinhado com aquilo que ambiciono para mim própria, tranquidade. Quem diria que um dia viria a ser uma pessoa de yoga!