E o tempo abrandou...
(Imagem retirada daqui)
Se o dia-a-dia é de loucos, em que o tempo se torna escasso para tudo e mais alguma coisa, durante as férias tenho a necessidade de desligar o botão do tempo. Na impossibilidade de o fazer, tento pelo menos ignorá-lo. Evito estar sempre a olhar para o relógio, evito ter horários definidos e adoro o facto de não ter horas para seja o que for, nem para as refeições. Durante as férias tenho a real necessidade de não prestar atenção ao tempo e tento fazê-lo da melhor maneira possível, tentando equilibrar com as coisas que quero fazer.
Regressei ontem ao trabalho depois de uma semana, parcialmente, desligada do mundo, não houve blog, não houve postagens no Facebook nem no Instagram e até pouca atenção liguei ao Whatsapp. Foi uma semana de recuperação dos últimos meses, dormi, vi séries, descansei, fiz uma daquelas fascinas à casa e ainda cumprimos algumas obrigações que já prolongávamos há algum tempo, como comprar roupa, ir ao médico de família e investigar empreiteiros. As férias serviram para me obrigar a parar um pouco, a pele do rosto melhorou, as noites de sono também e até a paciência ficou um bocadinho mais reestabelecida. Este desacelerar das obrigações fez-me bem ao corpo e à mente, sentia que estava a chegar a um limite indesejado e até mesmo desconhecido e estes dias transformaram-se num momento de recuperação de mim mesma.
As férias não foram perfeitas, longe disso, mas permitiram orientar a vida e organizar tudo o que parecia estar num estado caótico, além do corpo e da mente. O 'vegetar' em frente à televisão pode fazer milagres para quem tão pouco tempo tem disso. O desligar das redes sociais traz um novo fulgor de sanidade mental. E até o dormir dá uma nova disposição que já tinha saudades. Os horários? Esse não foram minimamente cumpridos, mas o que importa? O descanso sobrepôs-se a tudo o resto e admito que termino as férias mais tranquila, mesmo que o olho já esteja a piscar ali ao mês de Julho, até porque até lá o caos irá-se avizinhar.