E disse 'sim', outra vez
(Imagem de Just Smile)
Nunca fui menina de querer alianças de namoro, mas sempre sonhei com o anel de noivado. Talvez por a minha mãe ter um dos mais bonitos anéis de noivado que já vi, talvez por ser algo que nem toda a gente tem ou simplesmente por querer algo que simbolize a preparação de um dos maiores passos da nossa vida. Ele sabia disso e sempre lho tinha pedido que um dia, antes de começarmos a tratar das coisas para o casamento, antes de o anunciarmos, eu queria o anel. Nada extravagante, não o comum solitário e nada demasiado caro. Mas o tempo foi passando, os anúncios foram feitos e começamos a tratar do casamento e no fundo fui perdendo a esperança de que o anel chegasse. Aliás, eu própria já lhe tinha 'resmungado' a dizer que agora que as coisas estavam a ser tratadas Ele que poupasse o dinheiro do anel, mas Ele gosta de me surpreender.
No dia em que cheguei à casa dos 26 embarcamos num avião rumo a Amesterdão para festejar o meu aniversário, prenda d'Ele (e a nossa prenda de Natal, aniversário de namoro e afins) mas não imaginava o que me esperava. Chegamos a Amesterdão fomos caminhar pela cidade, passear durante horas, num momento de encanto e puro relaxamento. Adoro sempre a sensação de estar numa nova cidade e de mapa na mão. Passamos por pontes, visitamos o mercado das flores (onde Ele insistia em comprar-me uma túlipa por ser o meu aniversário, mas que eu não deixava), passamos pelo Palácio Real e ao passar em lojas de diamantes chamei-lhe à atenção de que a única coisa que lhe tinha pedido, um anel de noivado, ainda não me tinha sido concedida. Já ao anoitecer jantamos num pequenino restaurante italiano e foi só em conversa ao telemóvel com a mãe d'Ele que algo despertou a minha atenção, "Ele tem uma surpresa para ti!". Ele ao perceber o que a mãe d'Ele tinha dito ficou imediatamente aborrecido e foi então que fiquei na dúvida se não deveria ter tocado no assunto do anel durante a tarde. No entanto, o momento passou e no fim da noite ainda tentamos ir ver alguns parques, mas o frio intenso e a escuridão da cidade empurraram-nos para o hotel. (Diga-se de passagem que Ele andava à procura do local perfeito para fazer o pedido).
Já no Hotel, um local em que nos sentimos demasiado chiques, já sentada na beira da cama a ver os emails do dia Ele ajoelhou-se, tirou do casaco uma caixa e agarrou-me na mão. Quando o vi assim só pensei "oh não e eu que andei a gozar com Ele!", foi então que ouvi, vindo da sua boca um "Queres casar comigo?" pela segunda vez na minha vida. Ri-me, ri-me que nem perdida e disse um "não" nada sentido, em que de seguida só disse "senão fosse para casar contigo não andariamos preocupados com tanta coisa, é claro que sim!". Abracei-o, beijei-o e os nossos sorrimos demonstraram tudo o resto que nos ia na cabeça. Sei que não somos as pessoas mais românticas do mundo, sei que andamos aqui trocados na ordem 'natural' das coisas, mas nunca mais me irei esquecer do rosto d'Ele naquele momento e da minha reacção, sem dúvida um dos momentos mais felizes da minha vida.
Agora sim, estou oficialmente noiva (ah palavra tão estranha!) e mais do que feliz. Nunca mais esquecerei Amesterdão.
P.S.: Não tenho pé de Cinderela, mas tenho dedos de Cinderela e como tal o anel ainda terá de esperar para ser mostrado ao mundo, pois neste momento está a ser feito por medida o modelo que Ele escolheu e que podem ver na imagem.